quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mornas eram as noites: Tabus em saldo

Trabalho individual de Português

Tema: Tabus em saldo na obra " MORNAS ERAM AS NOITES"
PARTICIPANTE:  Laurentina Silva Pires Turma: 10º G
PROFESSOR: RICARDINO ROCHA

INTRODUÇÃO
Este trabalho foi proposto pelo professor Ricardino Rocha, com o objectivo de conhecermos a obra da DINA SALUSTIO, no mesmo vou abordar as categorias da narrativa, entre outros tópicos. Baseando em pesquisas e um intenso estudo sobre o tema com o intuito de transmitir de forma clara e abundante todas as informações possíveis, espero a atenção e compreensão do professor e dos colegas para que de minha parte seja feita uma boa apresentação.

DADOS BIOBLIOGRÁFICOS

DINA SALUSTIO (Bernardina de Oliveira Salústio) nasceu em Santo Antão, Cabo Verde. Professora, assistente Social e jornalista, trabalhou em Portugal, Angola e Cano Verde. Tem colaboração em prosa e poesia na imprensa cabo-verdiana e no estrangeiro.
Em 1994 foi-lhe atribuído o primeiro premio de literatura infantil em Cabo Verde e no mesmo ano publicou Mornas eram as noites, uma colectânea de trinta e cinco contos. Membro da Associação dos escritores Cabo-verdianos, participou na Antologia de Poesia Cabo-verdiana Mirabilis de Veias ao Sol e na colectânea Cabo Verde: insularidade e Literatura, tanto na versão portuguesa como na Francesa. Em 1999 ganhou o 3. Premio de literatura infantil, dos PALOP.
A estrelinha Tlim Tlim, livro infantil e A Louca de Serrano, seu primeiro romance foram editados em 1998.

Contextualização

Eu acho que o titulo do conto é “Mornas eram as noites’’ no contexto em que nas noites quentes, as famílias e vizinhos se reúnem até hoje acontece em algumas famílias, para ouvirem e contarem histórias uns aos outros tornando assim a noite ainda mais apetecível e bem aproveitada, sendo a autora do conto uma típica Cabo-verdiana não podia fugir a regra e não ter relatado esses momentos, tendo os mesmos acontecido na sua infância, além disso Mornas no contexto musical não tem nada a ver com a obra, ou melhor, com os contos dessa obra mas sim é um género musical lento, por vezes melancólico, com palavras poéticas.

CATEGORIAS DA NARRATIVA

NARRADOR: pessoa que narra, ou seja, conta a história.
Narrador quanto a:
Presença: É participante porque narra a história na primeira pessoa, sendo também participante.
EX: …elas também são de todos nos.Pag.49,1 ,2 linha.

Papel na acção:
É homodiegético porque é personagem secundária.

Ciência:
É omnisciente porque relata o que vê, ou seja, narra como se conhecesse toda a história, até o que se passa no interior das personagens, usando mais narração, comenta a intervenção directa das personagens.
EX: Se tivesse nascido macho era um rapaz, mas como nasceu fêmea e mulher.Pag.49/1 /1 linha.

Visão (focalização):

Interna: o narrador interpreta com suas palavras o pensar das personagens, como se fosse as mesmas.
EX: …vamos aos esconderijos privados desta sociedade que dolorosamente…Pag.49/2 paragrafo/.

Externa: o narrador relata apenas o que observa exteriormente, rejeitando toda a introspecção.
EX: A noite, na televisão passou um filme…Pag.50/5 parágrafo/1 linha.

PERSONAGENS: figura de narração, aquele que participa ou faz parte de uma representação.
Personagem principal: desempenha um papel relevante face as outras personagens que ficam relegadas para planos secundários.

P.Principal: as crianças.
P.Secundaria: narradora.
Referidas: grupo de meninas.

Caracterização:
C.Directa: heterocaracterizacão: a personagem é caracterizada directamente pelas palavras do narrador, ou de outra personagem.
EX. As fêmeas são sempre mulheres…Pag.49,1 Par., 2 linha.
C.Indirecta: nela o leitor deduz do comportamento da personagem (atitudes e modos de falar).
C.Física: …envolver em collants e transparências…Pag.49,3 Par., 7 linha.
C.Psicológico: …olho para o lado com medo…Pag.50,2 Par., 2 linha.

ACÇÃO:
A.Principal: é a acção mais importante da história.
EX: A observação da narradora face as realidades do dia-a-dia na sociedade.
A.Secundaria: é a menos importante, sucede a acção principal.
EX: Desiste de querer ver mais…Pag.50, 1 linha.

Sequência narrativa:
É encadeamento porque a história é linear.

Delimitação:
É aberta porque não sabemos o destino final das personagens.
Espaço físico:
Micro-espaco: liceus, escolas.
Macro-espaco: Cabo Verde.

TEMPO:
T.Cronologico:
EX: A noite, na televisão…Pag.50,5 Par., 1 linha.

T.Psicológico: …para depois ficam a luta…Pag.50,4 Par., 1 linha.
Analepse: Era o 1 dia do ano novo de 1992.
Prolepse: De repente-ou não terá sido de repente.Pag.49,2 Par., 1 linha.

Modos de expressão literária:

Narração: A noite na televisão passou um filme…Pag.50,5 Par., 1 linha.
Descrição: …desta sociedade que dolorosamente ou não…Pag.49,2 Par., 2 linha.
Monologo: Desiste de querer ver mais…Pag. 50,3 Par.

Comentário:

Este conto é muito interessante, o mesmo fala de prostituição um flagelo que se alarga cada vez mais pelo mundo e que envolve pessoas cada vez mais jovens, começando por crianças. Um cenário triste e que precisa ter um fim. Gostei muito do conto por que realça uma realidade enfrentada por todos nos dias de hoje.

Recursos estilísticos:

Comparação: estabelece uma comparação.
Barato como tudo em Cabo Verde.Pag.50,1 Par., 1 linha.
Enumeração: enumeração de coisas, expressões ou palavras.
Barato como nos, a nossa autenticidade, as ambições…Pag.50,1 Par., 2 linha.
Hipérbole: exagero a realidade para as encarecer ou atenuar.
Caçador de corpos…Pag.50,2 Par., 3 linha.
Anáfora: repetição da mesma palavra ou expressão no inicio de cada frase.
Já tem tudo para ser motivo de tudo…Pag.49,1 Par., 4 linha.
Disfemismo: realça uma dura realidade, torna-a mais cruel.
Caçador de corpos (em vez de atenuar uma realidade torna-a mais real e cruel).

Nível de língua:

O nível de língua presente neste conto é corrente: Por que é constituído por um sistema de signos e regras combinatórias próprias de uma comunidade linguística, que permitem a todos os sujeitos falantes comunicarem entre si e compreenderem-se mutuamente.

Resumo

O texto fala sobre a prostituição em que a narradora fala da sua tristeza ao ver até mesmo crianças a enveredar por esse caminho. Onde ela faz as suas observações e afirmações acerca dos homens e mulheres e sobre a sociedade em que ambos estão inseridos e os acontecimentos ocorridos na mesma e a insatisfação aos vários aspectos relacionados com a mesma.
Também aborda a sedução, a curiosidade e a exposição dos adolescentes e jovens aos instintos curiosos de outros. Fala da nossa facilidade especificando, baratéz em relação a muitos aspectos do quotidiano dos Cabo-verdianos, consequentemente ao despertar da atenção por parte dos maus intencionados, levando a prostituição não só de jovens como de muitas crianças. Neste conto assim como em muitos da mesma colectânea ela mostra a sua indignação, destacando neste a prostituição de crianças em Cabo-verde.

Conclusão
Este trabalho foi muito importante e interessante de realizar, porém o que mais gostei foi dos contos contidos na mesma obra sendo que também gostei da feitura do mesmo trabalho qual deixo a mercê do professor esperando a compreensão do mesmo na sua avaliação.

Bibliografia
Auxiliei-me nos seguintes meios para realizar o trabalho:
Manual: Técnicas de expressão oral e escrita, escrito por Estela Lamas, Jorge Pinto e Maria de Lurdes Silva, tendo como coordenadora científica pedagógica Estela Lamas.
Gramática Universal tendo como autor António Afonso Borregana.

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