quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mornas eram as noites: Rosa Negra


Trabalho individual sobre conto " Rosa Negra" da obra " Mornas eram as noites" de Dina Salústio
Aluna: Vanessa Varela
Professor: Ricardino Rocha
Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa com o objectivo de análise do conto “Rosa Negra”consolidando a matéria estudada na sala com a orientação do professor Ricardino Rocha.
Minha análise incide-se os seguintes tópicos:
v  Justificação do título do conto
v  Função de Linguagem
v  Níveis de Linguagem
v  Modo de expressão literária
v  Figuras de Estilo
v  Categorias da narrativa
v  Ressumo do Texto

Justificação do título do conto
O conto em questão intitulado “Rosa Negra” é uma metáfora porque está-se comparar a rosa flor com a pessoa que recebe a flor, e é uma antítese porque ao mesmo tempo “rosa flor” é negra que simboliza a vida infeliz de quem a recebe.
O título do conto adequa-se á esta história porque até se pode dizer que se trata de uma prosa poética, tendo em conto a linguagem e o estilo utilizado pela autora que se justifica pela presença da figura de estilo anáfora no 2º§: “Por serem felizes……por mentirem……por dizerem a verdade……Por serem diferentes.”

Funções de Linguagem
No texto esta presente a função expressiva ou emotiva da linguagem, pois o emissor expressa nela os seus sentimentos, mas também podemos identificar a função poética da linguagem visto que a autora brinca com as palavras de maneira que podíamos transformar o texto numa prosa poética ou numa poema.

Níveis de Linguagem
No texto o nível de língua presente é o literário, pois o texto é um conto literário e é uma ficção.

Modo de expressão literária
A narração é um modo de expressão literária predominante neste conto. Embora frequentemente interrompida por breves diálogos das personagens. A descrição presente no texto é muito subjectiva e predomina no 5º§: “Ao ouvir dizer dos olhares vazios dos loucos…no seu tempo limite.”

Figuras de Estilo
No texto estão presentes várias figuras de estilo, das quais identifiquei:
v  Antíse, elementos que sugerem oposição entre as palavras. Está presente na frase: …onde o acesso é privilégio dos que, racional e loucamente, optaram por um espaço indomável, ….
v  Comparação, quando há um elemento comparativo que pode ser por semelhança ou contraste. Encontra-se na frase: Ondulantemente louca como a própria loucura
v  Metáfora, é uma comparação sem segundo termo, baseia-se na semelhança a analogia. Esta presente na frase: “As pedras das montanhas e do coração da terra!” e “Por serem felizes no risos alugados, …”
v  Inversão, quando a frase não segue a ordem direita da língua portuguesa, SVO. Encontra-se na frase: “Como negra é a noite, a paixão e a maresia
v  Alegoria, quando numa frase há metáfora e imagem. Exemplo: “As pedras das montanhas e do coração da terra! Belas demais para servirem de balas.”
v  Personificação, é a figura que animiza o que não é humano. Exemplo: “o mundo cansado de miséria….”
v  Adjectivação, quando numa frase encontramos um conjunto de adjectivos Exemplo: “nos seus batimentos descompassados, urgentes e conflituosos.”
v  Anáfora, repetição de palavras ou expressões e início de versos ou frases. É uma figura abundante na prosa e na poesia. Exemplo; “Por serem felizes…Por mentirem…por dizerem a verdade… Por serem diferentes….”
v  Sinestesia, quando há uma associação de sensações que pertencem aos órgãos dos sentidos. Exemplo: “…cheirava a saudade. “Sabia a mar….”
Categorias da narrativa:
v  Narrador, é omnipresente e omnisciente, pois no texto demonstra a sua presença conversando com o seu receptor
v  Personagens, neste conto identificaram duas personagens: o narrador, que é o emissor no conto e o seu receptor que é Leonor, a tal Rosa Negra que o narrador tanto fala metaforicamente
v  Tempo, existem dois tempos no conto em questão. No tempo cronológico a acção localiza-se no Natal. A certeza da seguinte afirmação deve-se a uma referência do narrador sobre um cartão que este havia comprado. O tempo gramatical é o presente do Indicativo
v  Espaço, no conto não há qualquer referência da existência de um espaço concreto. O que nos leva a reforçar a primeira impressão de que o texto é uma prosa poética.
v  Acção, esta não prevalece no conto. O que existe é um desenrolar de uma conversa entre o narrador e tal Rosa Negra que é a Leonor. Assim podemos dizer que a acção desenvolve-se em dois planos: o psicológico, que se desenrola com a conversa sobre o tal cartão de Natal, em que a Leonor desdenha a ideia inicial dizendo que é parva. E o social, que baseia-se na relação entre o narrador e o Leonor.

Resumo de Texto
O texto retrata a relação um tanto complicada entre o narrador e a Leonor, que este metaforicamente refere como Rosa Negra. Assim a acção desdobra-se por encadeamento de acção desordenadas. Começando por referir a loucura da Leonor como consequência da sua própria personalidade. Retratando a seguir a maneira como a Leonor vê o mundo de uma forma diferente. Logo a seguir centra-se na relação referida anteriormente como complicada entre as duas personagens.
APRECIAÇÃO
A realização deste trabalho foi um tanto complicada, pois sendo uma prosa poética, facto que fui descobrindo a medida que analisávamos o texto, houve uma certa dificuldade em cumprir certos tópicos requisitados no texto. Houve momentos de stress e desavenças, mas fora isso foi um trabalho muito interessante que abrangeu os meus conhecimentos em relação a literatura e a língua.

Bibliografia:
Para realização do trabalho pesquisei nos seguintes livros:
v  Da comunicação á expressão, M.Olga Azeredo,M Isabel Freitas. Pinto e M.José Azevedo
v  Literatura Prática, Lilás Carriço
v  Gramática básica da Língua Portuguesa, Maria Beatriz Florido e Maria Emília Duarte da Silva
v  E a obra “Mornas eram as noites”
v  E os apontamentos no caderno e a ficha.

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