sexta-feira, 30 de março de 2012

UFPB do Brasil internacionaliza seus cursos

A Universidade Federal da Paraíba-Brasil em parceria com a Cátedra da UNESCO está  disponibilizando cursos de Extensão e de Especialização no âmbito da EJA.
Dois pólos - um na Cidades da Praia (e não Cidade do Cabo -África do Sul, como vi na internet) e outro em Mindelo constituem os centros  de todo esse processo no país.
Depois de uma semana presencial , segue-se o periodo da modalidade à distância. De referir que os alunos aprenderam o modelo ou o sistema moodle como ferramenta fundamental para a concretização desse processo.
Sucessos a todos!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Centro Cultural Brasil Cabo Verde organiza concurso de literatura

É já neste fim de semana ( Sábado, 31 de março, às 16 horas) o concurso que põe fim à segunda fase do Campeonato Municipal de Literatura. Frente a frente Escola Secundária Manuel Lopes de Calabaceira e Escola Secundária Constantino Semedo da Achada S. Felipe.
Recorde-se que na primeira fase estiveram frente a frente o Liceu Domingos Ramos e a Escola Secundária Cônego Jacinto, daVárzea.
O concurso vai acontecer na Praça do Café Sofia e vai ter transmissão direta da Radiu Kultura FM. Os participantes são estudantes do 11º ano de Humanística das duas escolas. O seu desafio é responder a perguntas sobre literatura angolana.
Nesta edição é apurada a segunda escola que vai participar da finalíssima, em Junho, onde as quatro escolas ganhadoras de cada edição vão disputar o primeiro prémio com base num tema específico de literatura de um país de língua oficial portuguesa.
A próxima edição do concurso começa já em abril e vai colocar frente a frente as Escolas Secundárias Abílio Duarte e Pedro Gomes. O tema sobre o qual os participantes vão se debruçar é literatura moçambicana.

Dado recolhidos do site: www.ccb.cv

domingo, 25 de março de 2012

MED despresa formação para seus professores

Mais uma vez o nosso ministério de educação(escrito em minúsculas, peço desculpas pelas circunstâncias) nem deu à mínima à formação dos professores especialista da Universidade Estadual do Ceará.Também os professores comportarem à mesma medida Disso falo mais adiante.
Esses donos da (des)educação em Cabo Verde mostraram que educação é conversa fiada e que quando a sua gente vai aos meios de comunicação pra falar dos projetos é "conversa pra boi dormir".
O ministério ridiculamente se desenteressou do Projeto José Aparecido de Oliveira (sigla: PJAO) e professores vindos voluntariamente de Fortaleza para ministrar ficaram com as mãos a banar de não ter a oportunidade de se expor as suas comunicações.
Triste papel o nosso ministério prestou a Educação do país.
Depois vem a ministra com as suas tropas dizer "estamos a melhorar a educação, vamos implementar as olimpíadas de português, de matemática, blá, blá e mais blá".
Um outro aspecto mais triste foi o facto de professores não mostrarem interesse nenhum pela formação desculpando que não têm dinheiro, não sabem ou até mesmo lhes interessa.
Ora, para ir a Fortaleza com transporte aérea de ida e volta, hotel 5 estrelas tudo pago pelo Brasil todo o mundo quer e gosta, todos estão disponíveis. É di graça, é ka pa paga.
Um vexame à crioula! Mais um mau serviço prestado por Cabo Verde a Cabo Verde.
Estou enojado, envergonhado com a situação!

Por Ricardino Rocha

quarta-feira, 21 de março de 2012

*-PROGRAMA DAS LETRAS E DOS NÚMEROS PROJETO JOSÉ APARECIDO DE OLIVEIRA CRONOGRAMA PALESTRAS – PRAIA-CABO VERDE MARÇO 2012



LOCAL
PARTICIPANTES
DIA
DOCENTE
MÓDULO
PRAIA-CABO VERDE

·   Ana Célia Clementino Moura
·   Cloris Porto Torquato
·   José William Craveiro Torres
·   Maria Claudete Lima
·   Maria Ednilza Oliveira Moreira


16 de março
Ana Célia Clementino Moura




Aprendendo com o outro, pelo outro, para o outro: metodologia da Aprendizagem Cooperativa.
19 de março
Maria Ednilza Oliveira Moreira



“Lidando bem com as palavras”: um relato de experiência.


20 de março
José William Craveiro Torres
O texto literário em sala de aula.
21 de março
Cloris Porto Torquato
Biletramentos: práticas de uso das línguas portuguesa e cabo-verdiana.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Atividades de leitura para a infância e a juventude


Por: Armanda Zenhas 

Quando se sabe ler bem e se desenvolveu o hábito, ler é um prazer que sabe bem ter cultivado. O percurso para adquirir esse hábito é igualmente um prazer e pode ser um prazer partilhado. Na leitura podem-se encontrar/reencontrar as gerações.
Quando se fala de leitura infanto-juvenil, penso que será pertinente falar-se de leitura, de leitura para e de leitura com, cada um dos três tipos com atividades específicas.
Chamaria leitura, simplesmente leitura, a todas as atividades de leitura autónoma, seja recreativa, para investigação, para estudo ou para qualquer outro fim. Leitura para e leitura com implicam a intervenção e a colaboração de pelo menos duas pessoas: a criança e um adulto (professor ou familiar). Leitura para, como o nome pressupõe, é uma atividade em que alguém lê para outra(s) pessoa(s). Leitura com, tendo a participação de um mínimo de duas pessoas, implica uma participação ativa de todas. Qualquer destes três tipos de leitura pode ocorrer em diferentes idades, desde o nascimento até à adolescência, tendo em conta apenas as faixas etárias a que nos referimos neste artigo.
Então pode começar-se a ler autonomamente desde que se nasce? Como, se não se conhece o código escrito? Quando um bebé brinca com um livro de pano e se diverte a experimentar as diferentes texturas ou a produzir os vários sons que ele proporciona, está a manipular um livro, a virar as suas páginas, a utilizá-lo para criar sentido e o tornar significativo. Com o passar do tempo, a criança vai conseguir ver as figuras de um livro e criar uma história a partir delas, o que é, à sua maneira, e de forma adequada para o nível etário, ler. Se esse livro já foi lido para ela, por exemplo, pelos pais, ser-lhe-á ainda mais fácil recriar a história que já ouviu e ir-se apercebendo de que aqueles caracteres que ainda não consegue descodificar transportam essa narrativa. Com a entrada na escola e a aprendizagem da leitura, a criança poderá, finalmente, começar a fazer uma leitura no sentido tradicional do termo. Existe uma grande variedade de livros, com texto mais ou menos longo, ou até mesmo apenas com palavras associadas a imagens ou com pequenas frases. Uma seleção cuidada dos livros a oferecer a uma criança poderá ajudar a que ela consiga ler autonomamente, o que, além do prazer associado à leitura, contribuirá para a tornar uma leitora mais motivada e mais competente, sendo cada livro, com texto cada vez um pouquinho mais longo, um novo desafio.
Ler para é uma atividade que pode ser iniciada mesmo antes do nascimento, com a mãe a ler para o filho que sente dentro de si. Quando a criança nasce, desde pequena que aprecia ouvir ler e contar histórias. As histórias tradicionais, as lengalengas, as rimas têm vindo a passar de geração em geração e continuam a encantar os mais miúdos e os mais graúdos (nos quais me incluo). Quando a criança começa a aprender a ler, pode deixar de ser o sujeito passivo da atividade de "ler para" e passar a ser um sujeito ativo, lendo para os seus pais. É essencial escolher bem o texto, para que o grau de dificuldade seja adequado e o desafio não seja excessivo. Ler alto para ouvintes interessados e carinhosos é uma atividade enriquecedora que pode contribuir para o desenvolvimento de competências de leitura, como por exemplo a fluência e a entoação.

Ler com pode acontecer também desde muito cedo e, frequentemente, mistura-se com "ler para". Quando lemos uma história aos mais pequenos, tendemos a solicitar a sua participação, fazendo-lhes perguntas ou pedindo-lhes que reproduzam o som das personagens: "Então apareceu um cão: Como faz o cão?", "Nesse momento, apareceu o lobo mau. O que é que ele disse ao porquinho do meio?". Quando a criança começa a aprender a ler, ou se for mais velha e tiver ainda dificuldades na leitura, estas atividades podem ajudá-la a desenvolver competências de leitura e autoconfiança nas suas capacidades. Se a mãe ou o pai se sentarem com o seu filho em torno de um texto curto, podem desenvolver algumas atividades lúdicas de leitura: cada um lê uma frase da história; o adulto lê primeiro uma frase e a criança repete-a; o adulto lê uma frase com um erro e a criança repete-a corrigindo o erro (Ex.: O adulto lê "O boi cruzou-se com o cão." A criança repete e corrige "O boi cruzou-se com o cavalo."); as duas atividades anteriores, sendo feita a leitura de várias frases ou de um parágrafo; recorte dos parágrafos de uma história e reconstrução da história, lendo cada elemento da família o(s) parágrafo(s) que lhe coube(ram).
Quando se sabe ler bem e se desenvolveu o hábito, ler é um prazer que sabe bem ter cultivado. O percurso para adquirir esse hábito é igualmente um prazer e pode ser um prazer partilhado. Na leitura podem-se encontrar/reencontrar as gerações. Pais e filhos, avós e netos, para todos há espaço no mundo das letras e dos livros.

terça-feira, 13 de março de 2012

Crónica de João Alves


A minha Escola 

Na minha escola há muito desordem na sala, no corredor da escola e na rua.
Agora o que está na moda é roubar materiais do outro e atirar giz uns nos outros.
Na sala, os professores passam uma aula inteira a pedir para os alunos comportarem e eles nem ligam. Continuam com a mesma história. Professor traz giz para a sala e no final da aula não tem nem um para passar TPC. Os alunos quando saiam começam a atirar uns nos outros. Também quando entram é só na aula que os professores “ta da pa manso, fixe” que os alunos fazem bagunça: por dia os alunos furtam mais de 100 canetas, sem falar noutros materiais despercebidos sem alguém dar conta.
O director de turma resolveu tomar medidas, depois de muita queixas recebidos dos alunos, pegou nos alunos mais criticados da turma marcou uma reunião entre pais, alunos e professores. Os professores falaram com os alunos, deram conselhos e os alunos concluíram que não estavam a fazer bem, que eles serviam como de exemplo para as crianças quando virem uma criança a brincar esse tipo de brincadeira é para aconselhar e dar opinião sobre essas brincadeiras. Os professores foram muito importantes porque aconselharam os alunos sobre essas brincadeiras sabendo que a escola é muito importante para o nosso futuro.
    “Não furtar e nem causar danos, no corpo ou na alma nem a si mesmo nem ao próximo”.  

 
Cronista: João Alves Nº 16 T: 10ºD
 Professor: RicardinoRocha                                                                                                                                                                                                               


   

sábado, 3 de março de 2012

Crónica de Patrick Cruz

A ignorância de um cabo-verdiano

Sempre é assim, incrível, uns contra outros, porquê? Estou a falar de algumas pessoas que pensam e que acham que são superiores aos outros.  
Sou da ilha de São Vicente, algumas pessoas dizem que a ilha é pequena, mas acho que não é. Vocês sabem que cada ilha tem pessoas diferentes em termos de pensar, falar, agir e até mesmo de brincar. Estou a falar de algumas pessoas que gostam de se colocar em cima dos outros, dizem que a sua ilha é melhor, que a sua forma de falar é mais «sab» enfim…
Eu sei que cada um defende a sua ilha, mas para quê discutir se ninguém é culpado de ser assim ou que a sua ilha é diferente das outras, sabendo que ao discutir não vão ganhar nada em troca. Em Cabo Verde todos dizem que são «fortes», mas esquecem que na verdade todos nós somos iguais, nem fortes e nem fracos.
Todas as ilhas têm problemas, em termos de violência, de pobreza, de desigualdades sociais, etc., mas ninguém é culpado da sua ilha ter esses problemas, por isso não vale a pena dizer que numa determinada ilha, a forma de falar é para os «Patchitchas» ou noutra ilha as mulheres se oferecem demais, mas esquecem de que nós não somos ninguém para julgar alguém e pior ainda as ilhas de cada um e as formas que cada um escolhe para viver.

Se numa ilha é de uma forma que não apetece alguém, para quê criticar? Mas a verdade é que sempre criticam, criticam, sem saber o que estão a falar, eles ouvem alguém a dizer algumas coisas e dizem “é verdade, é assim mesmo” e no fim dizem “un teni gana di conchi bu ilha, es flam ma lá ê sabi”.

Eu não entendo porquê que todos não agem assim. Mas esquecem que todos nós somos do mesmo país e todos somos… cabo-verdianos.
Cada um devia viver na realidade e não na desigualdade e parasse com a ignorância e que experimentasse uma forma de esperança que todos possamos viver na tranquilidade. Vamos viver na verdade, na realidade, na tranquilidade e na igualdade.
Cronista: Patrick Júnior da Cruz  N´16 Turma: 10º F
Professor: Ricardino Rocha   

sexta-feira, 2 de março de 2012

Dicas para uma boa leitura:


Lê de uma forma simples
Lê sem grandes pretensões, aprecia o livro, entra nele. Você vai aproveitar muita coisa, mesmo sem saber.

História não é só na hora de dormir
Escolhe um bom local para a leitura, isto é, calmo, iluminado e arejado. Pode ser na sala, no parque, na praça, na praia, na escola. Não existem regras.

Sente-se bem com a atividade
Tenha concentração na hora de leitura, esquece o mundo lá fora, concentra apenas no que você lê.

Valoriza o texto com as ilustrações
Procura livros cheio de ilustrações porque isso ajuda-lhe a conhecer as histórias.

 Cria o hábito de manusear, de esfolhear o livro
Esteja sempre com um dicionário por perto, pois se caso encontrar uma palavra desconhecida poderá saber o seu significado, ajudando assim na sua compreensão. 

Lê quantas vezes você quiser
Leitura não é competição. Faça pausas de 10 a 20 minutos a cada uma ou duas horas.

A escola e a iliteracia digital


 Fonte: www.educare.pt
Por: João Ruivo  

 A educação para a utilização das TIC precisa de ser planeada desde o jardim de infância. Sem preconceitos ou desnecessárias coações, sem substituir atabalhoadamente o analógico pelo digital, mas sim reforçando a capacidade cognitiva dos alunos e guiando a descoberta de novos horizontes.
 A escola continua a ser o lugar privilegiado para a divulgação e a utilização didática e crítica das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Por isso mesmo, torna-se imprescindível que os docentes sejam formados e motivados para uso dessas novas tecnologias, concebendo-as como instrumentos que devem interagir com os projetos pedagógicos a desenvolver com os alunos.
Todavia, é importante reconhecer que, apesar da assumida necessidade de incluir todas as novas tecnologias no processo educativo, uma boa escola continua a ser o que sempre foi: um espaço em que aprendentes e educadores se encontram, num ambiente que estimula a autoestima e o desenvolvimento pessoal e que oferece janelas de oportunidade para o sucesso num mundo que gira em contraciclo, ao promover o egoísmo, o individualismo e a concorrência desregrada.
É que não há nenhuma solução tecnológica que seja capaz de induzir o milagre de transformar um espaço pobre em relações humanas num lugar interessante e adequado para gerar a construção de um cidadão com sólidos valores morais e com uma ética de respeito para com os princípios da democracia e do humanismo.
Vivemos num novo milénio que pretende reconfigurar a sociedade, atribuindo-lhe um novo formato centrado em novas formas de receber e transmitir a informação, o que implica uma busca interminável do conhecimento disponível.
Para alcançar tal objetivo, imputa-se à escola mais uma responsabilidade: a de contribuir significativamente para que se atinja o que se convencionou designar por analfabetismo digital zero. Para tal, a educação para a utilização das TIC precisa de ser planeada desde o jardim de infância. Sem preconceitos ou desnecessárias coações, sem substituir atabalhoadamente o analógico pelo digital, mas sim reforçando a capacidade cognitiva dos alunos e guiando a descoberta de novos horizontes.
Este novo movimento de rutura não deve representar a eliminação ou a fictícia substituição dos meios de comunicação de massa tradicionais. O que há de novo é a necessidade de fazer convergir todos esses meios num processo integral de formação do indivíduo, capacitando-o para descodificar as mensagens que lhe saltam em cada canto e cada esquina da sociedade do conhecimento.

Esse movimento deve ser capaz de preparar os jovens para serem leitores críticos e escritores aptos a desenvolver essas competências em qualquer dos meios suportados pelas diferentes tecnologias. Hoje, não basta que o aluno só aprenda a ler e escrever textos na linguagem verbal. É necessário que ele aprenda a "ler" e a "escrever" noutros meios, como o são a rádio, a televisão, os programas de multimédia, os programas de computador, as páginas da Internet e, até, o telemóvel...
Por tudo isso, as novas tecnologias da informação e comunicação devem obrigar à alteração dos currículos escolares e a modificação da formação e atuação do professor, que se deve sentir obrigado a atualizar-se em relação às TIC, de forma a acompanhar a dinâmica de obtenção de informação e de transformação desta em conhecimento. Nesse processo, a educação à distância assume-se como um indispensável complemento do ensino presencial, enquanto modelo de comunicação educativa que permite superar distâncias e ampliar o acesso ao conhecimento.
Os jovens foram os primeiros a descobrir que as novas tecnologias da informação e da comunicação implicam inúmeras possibilidades de aprender. Para eles há muito que elas deixaram de ter um estatuto de menoridade e de simples auxiliar da apreensão do conhecimento. Os estudantes olham-nas como outras formas de aprender que implicam a mudança dos modos de comunicação e dos modos de interação nos grupos de pares.
Importa, pois, ter consciência que este novo mundo facilita o trabalho docente, mas também acrescenta angústia e complica a vida do professor. Este, para além de necessitar possuir um conhecimento específico da área científica que leciona, deverá também ser capaz de identificar nas tecnologias digitais as múltiplas linguagens favorecedoras da apreensão da realidade.
Não é fácil, mas é esta a contribuição que as novas tecnologias podem oferecer para a consolidação de um mundo mais solidário, desde que a sociedade o queira integrar de uma forma crítica e eticamente incontestável.