sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Programa "Conta outra vez"

O Centro Cultural Brasil Cabo Verde passou a produzir um programa destinados a todos os alunos do Ensino Básico de Cabo Verde.



De nome " Conta outra vez" o programa vai ao ar todos os sábados às 11 e 30 minutos e  tem repetição à segundas às 17 e 30 minutos.

Ainda em 2011

No final de novembro a Cidade da praia recebeu a visita da turma do Costurando Histórias na qual promoveu no Centro Cultural Brasil Cabo Verde uma formação para professores e monitores de jardim.
Foi uma experiência muito frutífera ao qual ficamos incumbidos de "semear" os conhecimentos adquiridos para os outros colegas noutras escolas.
Uma experiência deveras enriquecedora.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Um Lusófono Natal

Um Lusófono Natal, Boas festas a todos os que amam essa língua que é a  "nossa pátria..."
Cabo-verdianamente,
Ricardino Rocha

terça-feira, 11 de outubro de 2011

(A)pago os ões

(A)pago os ões
Aprendi na claridade das velas que o “ão” tem três plurais: ães, ãos e ões. Decidi então procurar nas lamparinas do meu juízo um palavrão para ver com qual eu podia ter a luz ideia de iluminar/insultar essa cidade: dei de caras com um… apagão.
Nesses dias estar sem energia elétrica da ELETRA (por favor, não confundam com Electra) É LETRA. O mais normal assunto do dia-a-dia. Agora, por exemplo, estou a escrever este “(a)pago os ões”, porém não estou certo se a eletricamania praiense me permitirá chegar até ao fim do texto. Se não conseguirem ler até ao fim é porque houve um “black out” ou… um branco!
O normal na Cidade da Praia, num verão mornal, é a falta de energia. Todos se queixam. Eletra dos fornecedores de combustível. Fornecedores de combustível da Eletra. Eletra dos consumidores. Consumidores da Eletra. Câmaras municipais da Eletra. Eletra das câmaras municipais. Governo da Eletra. Eletra do governo. Eletra de Cabo Verde. Cabo Verde da Eletra. Eletra do planeta terra. Planeta terra da eletra… e que Deus não escute mais essa meditação.
Acho que está faltando alguém aí, heim! Quem será? Hã, bomm: Os que não consomem, ou melhor, os que não pagam pelos com-sumos. Porque estes bebem noutros fornecedores. Consomem noutros com-sumo-dores. Moram noutros municípios. São governados noutros países. Residem noutras Cascas de Banana Verde.
Casa sem luz elétrica todos reclamam, todos discutem e ninguém tem luz eletra. Os infortunados pelo azar têm a sorte de serem eles que vão pagar os com-sumos da iluminação pública porque os com-sumo-dores não estão (dis)postos  a tirar o pouco da muita miséria que recebem para pagar aquilo que neles ligação ilegal na iluminação legal numa pública geral.
Quem fiscaliza a legalidade energética? Quem faz as alegadas ligações? Quem paga por elas? Quem ganha com isso? Consumidores ou com-sumo-dores?
Convenhamos que quem venha a seguir é quem está à frente. E os últimos serão sempre os últimos. E os primeiros… serão sempre os primeiros. Pago para ter luz e fico no escuro, apago a luz e lá vem a conta maior para pagar. Se não (a)pago é um (a)pagão!
“Céus! Eletra, isto é um dilema: pagar ou não pagar.” Tenho, de fato, um bilema: se não pagar, fico sem luz. Se pagar fico com apagão. Nessa empresa nada se apaga, tudo se paga… No escuro. Nessa escuridão… pago ou apago?
Se não fosse as ligações diríamos: “O último a sair apague a luz, por favor. Não! Quem sair primeiro desligue a luz e quem vier atrás… que fique no escuro” e, que no final do mês paga para não sofrer cortes, taxas de religação e juros sem pressa nenhuma.
E o que vai à frente não alumia duas vezes? Ou estou enganado, ou é a lâmpada que está fundida? Ir à frente ou não ir à frente? Eis a questão: To light or not to light? Entre “light” e “kafuka” o melhor mesmo é ter pilhas para isto porque senão… senão o quê? Ficamos sem energia!
Ricardino Rocha

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

EU CONTO UM CONTO

AIDA E A FÁBRICA DOS CHOCOLATES  
     Era uma vez uma menina chamada Aida. O sonho dela era poder entrar numa fábrica de chocolates porque afinal ela era louca por chocolates e doces, tanto que um dia ao ir dormir resolveu rezar e pedir a Deus que um dia tivesse a oportunidade de conhecer uma das fábricas que existia no seu país.
     Um dia Deus resolveu atendê-la, mas de uma forma imaginária, ou seja, ela estaria dormindo e começando uma doce aventura nos seus sonhos. Aida nem imaginara a doce aventura que a esperava ao cair da noite.
     Aida nos seus dias normais levantou-se cedo, preparou-se e foi para a escola, voltou da escola e logo perguntou à mãe:
     – Mamã, onde estão os doces? – disse Aida pousando a mochila num canto.
     – Boa tarde para ti também. E acerca dos doces estão com a Amina. – respondeu a mãe.    
     Aida com toda a sua ansiedade e fome disse à irmã:
     – Amina, onde estão os doces?
     – Dentro da última gaveta. – Respondeu a irmãzinha.
     Eram já 6:30 quando a Aida chegou à casa, logo anoiteceu. Às 10:00 a Aida deu boa noite nos pais e nos irmãos e foi-se deitar. Agora sim, a Aida estava perto da aventura.
     Aida rezou e deitou-se, fechou os olhos e começou a tão esperada aventura.
     Aida acabou de fechar os olhos e, de repente, estava numa fábrica de chocolates de todas as cores, mas só que a Aida não estava sozinha, ela estava acompanhada de um amigo que não é bem bem um humano, era um camaleão de nome kiko. A nossa aventureira começou a bisbilhotar a fábrica para tentar encontrar alguém com quem falar, ela sentiu um barulho das máquinas e pensou «Será que pode ser alguém a trabalhar? Tomara que seja simpático.» Ela avançou passando os olhos grossos e negros em todos os cantos.
    Ela chegou num lugar gigantesco onde, de facto, estava pessoas a trabalhar, todas as pessoas que lá havia estavam muito ocupadas a desempenhar a sua função. Aida estava esbarando em todos até que por sua sorte chegou um animal estranho, era um suricate que lhe disse:
     – O que uma menina linda como tu está a fazer aqui nesta fábrica tão esquecida pelo tempo? – Disse suricate.
     – Quem…quem és tu?
     – Oh, esqueci-me de me apresentar. Chamo-me Timon. – disse o suricate beijando a mão da jovem.
     – Prazer, o meu nome é Aida. Porquê estão todos a trabalhar assim no domingo?
    – Filha, esqueces que as pessoas lá fora comem chocolates no domingo?
    – Podes mostrar-me a fábrica? Gostava muito de o conhecer melhor.
     – Claro, minha pequena.
     A Aida foi seguindo atrás do seu mais novo amigo Timon, eles entraram numa sala maior do que a primeira onde somente estava duas pessoas a fazer chocolates com as mãos para poder fazer a forma redonda, eles se aproximaram da Aida e se apresentaram uma delas se chamava Kate e o rapaz se chamava Christian.
     De repente um sino tocou Aida curiosa perguntou:
     – Que sinal é esse?
     – Não fiques assustada é só o sinal de que começou o jantar, vamos!
     – Não estou com muita fome.
     – Nem eu. – Respondeu Christian.
     – Tenho uma ideia. Porque não mostras a fábrica para a Aida, Christian? – Sugeriu Timon.
     – É. Pode ser. – Disse Christian.
     Então a Kate e o Timon saíram da sala e foram jantar. A Aida e o Christian começaram a andar e chegaram num corredor sem fim, a Aida para quebrar o gelo meteu conversa dizendo o seguinte:
     –Então, qual é a tua função aqui, que fazes?
     – Eu sou encarregue de empacotar os chocolates. Como vieste parar aqui?
       – Não sei de repente, fechei os olhos e quando dei por mim estava aqui. Podias explicar-me porque trabalham aos domingos porque a explicação que o Timon deu não me convenceu.
     É verdade, ele não disse a verdade. Trabalhámos nos domingos porque um homem muito mau quer lucrar mais, para poder comprar umas bombas nucleares para destruir uma parte da Terra e como os chocolates dele é conhecido pelo mundo inteiro fez-nos trabalhar o quádruplo para ganhar mais dinheiro e além de ser dono desta fábrica ele é empresário. – Explicou o Christian.
     – Nós não podemos deixá-lo fazer isso, temos de arranjar um plano infalível.
     – Há meses que tentamos fazer isso mas não temos tido muito êxito.
    – Amanhã vou ver se consigo arranjar um plano.
    – Não achas que estás a arriscar demais por nós? – Perguntou o Christian admirado com a coragem da menina.
     – Não há nada que eu não faça para ver os meus amigos bem.
     – Alguém já te disse que tens os olhos mais lindos do mundo?
     – Não mas obrigada.
     – Vamos comer agora já me deu fome. – Propôs o Christian.
       – Okay, a mim também a fome já bateu à porta. – Concordou a Aida.
       Eles puseram-se a caminho da cantina quando esbararam com o chefe deles.
     – Que venha a ser isso? Quem és tu? – Perguntou o chefe chamado Bob.
     Num ápice a Aida respondeu pronta e convicta de que o chefe Bob ia acreditar nela:
    – Sou, pois meu senhor nova funcionária deste estabelecimento.
     – Ai é? E que função desempenha, senhorita?
     – Hã…minha fun…função?
     – É, por acaso ficaste surda?
     – Meu senhor ela trabalha na mesma área que eu, empacota os chocolates. – interveio Christian.
     O chefe olhou-os desconfiados mas deu a volta e foi. A Aida e o Christian olharam-se e desataram a rir.
     – Acabaste de conhecer o nosso chefe, n0va funcionária. – Gracejou Christian.
     – Nossa, essa foi por pouco quase que me pega.
     Acabaram de conversar e foram directos para a cantina onde se sentaram e comeram.
    Pouco tempo depois anunciou-se o toque da recolha, todos se levantaram e começaram a andar rumo aos seus quartos. Aida mais uma vez perguntou de que toque se tratava e Kate respondeu:
     – É o toque de recolha.
     – Mas eu não tenho um quarto! – Gritou desesperadamente a Aida.
     – Tinha-me esquecido desse pormenor. Mas não te aborreças podes dormir comigo no meu quarto. – Disse a Kate.
-Ainda bem vão mas é dormir. – Concluiu Timon.
 Rápido fez-se noite, a noite era tão calma que até podia ouvir-se o canto dos grilos que fez companhia à Aida durante a noite que não pregou os olhos a tentar fazer um plano para deter o chefe. No meio da noite ouvia-se uns rabiscos feitos pela Aida no papel eram, tantos rabiscos que a Aida deu conta de que tinha acordado a amiga Kate.
-Mas com mil caraças que estás tu a fazer?-perguntou Kate esfregando os olhos.
-Estou a montar um plano para deter o teu chefe.
 -Mas tinha que ser à noite? Não podias ter usado o dia para tal?
-Deixa-te de palermices sabe bem que se o fizer durante o dia vai dar muita bandeira. Agora cala-te e põe-te a dormir que já se fez tarde. – Repostou a Aida.
-Está bem. Boa Noite.
A Kate respeitou a vontade da amiga e deitou-se.
Amanheceu num estalar de dedos e a Aida eufórica correu em direcção da amiga e disse: 
-Cocorocó, já amanheceu.
-Ah não já? Ué, porquê estás tão satisfeita sonhaste com um príncipe encantado de nome CHRISTIAN?
-Deixa-te de idiotices estou assim porque arranjei um plano.
-Ai é?! Conta-me o teu PLANO que dizes ser espectacular.
-Não, nem pensar minha menina conto-vos a todos lá na cantina quando formos tomar o pequeno-almoço, agora despacha-te.
-Está bem. Em 10 minutos estou pronta.
Enquanto a Kate arrumava-se, a Aida estava já a dar os últimos retoques no plano.
O Timon e o Christian já estavam na cantina quando apareceram a Aida e a Kate já prontas para contar o sucedido.
-A Aida tem uma coisa para contar-vos. – Anunciou Kate.
-Andei a noite inteira a planear isto. – Disse a Aida pousando o papel na mesa onde estavam.
Eles puseram a examinar se de facto o plano era bom, até que responderam.
-Cá para mim parece-me um bom plano falta ver se realmente funciona. – Observou o Christian.
-Sempre a defender a AMADA não é Christian?-brincou a Kate.
-Isso não se trata de defender mas sim de observar e olha eu sou muito bom observador por acaso. – Rematou Christian.
 -Vamos mas é comer que a minha barriga está a andar às rodas. – Disse Timon.
-Tens razão. – Responderam em coro.
Enquanto estavam a comer, via-se ao longe uma pessoa a chegar, todos ficaram perplexos: era o seu chefe que chegara com uma das funcionárias arrastada pelo cabelo e ensanguentada. Ele logo anunciou:
-É isso o que vos acontece quando tentam fugir daqui, que isto vos sirva de exemplo.
Um dos funcionários levantou-se e foi socorrer a moça mas já estava morta. A Kate cheia de medo olhou para a Aida e comentou:
-Não sei se consigo fazer isto. Já imaginaram o que nos acontece se tentarmos fugir?
A Aida pegou na mão da menina e disse:
-Estamos juntos nessa, ninguém vai se machucar prometo-te. Por favor confia em mim.
 Ela concordou e todos deram as mãos como se fizessem uma corrente de fé. Mas Aida queria saber com quem estava a lidar e sussurrou ao ouvido do Christian:
-Porque é que não saem desta fábrica mesmo sabendo que correm perigo de vida?
-Não dá para sairmos da fábrica porque senão ele nos mata e mata também os nossos familiares. Mas se tivermos uma fuga organizada saímos com os nossos parentes do país e ele não nos encontra mais e é isso que tenciono fazer amanhã, escapar desta fábrica e fugir desse país. – Explicou o Christian.
Os funcionários retiraram o cadáver dali e reuniram de novo para terminarem o pequeno-almoço e claro que alguns não tiveram estômago para continuarem a comer.
O pequeno-almoço já tinha terminado, os jovens levantaram-se e dirigiram aos seus postos. Quando estavam a levantar para sair da cantina Christian lembrou à Aida de que trabalhava agora com ele e se tencionasse manter o seu disfarce tinha de ir para a sala para empacotar os chocolates, Aida afirmou que não se tinha esquecido e que se encaminhava para lá agora mesmo. Lá foram eles seguindo para a sala de empacotar os chocolates.
Passou a hora de almoço e rapidamente chegou a hora de jantar. Reuniram-se numa mesa e puseram a falar:
-É hoje às 4:30 de madrugada. – Disse ansiosamente a Kate – mas nós não temos o
 Mapa?
-Deixa que eu trato dessa parte. – Disse Aida.
-Ai é? E como vais fazer isto? Olha que ainda te vais sair mal. – Comentou Christian.
 -Não te agonies, vou sair bem.
Terminado de dizer isto, a Aida encaminhou-se para a sala do chefe Bob onde entrou de fininho e começou a procurar o bendito mapa. Vasculhando assim em todas as gavetas, em todos os armários finalmente encontrou um mapa, abriu-o e viu logo que se tratava do mapa pelo qual estava à procura. Acabou de mexer, fechou as gavetas e os armários e de repente pareceu-lhe ter ouvido a maçaneta a rodar: de facto não ouviu mal a porta tinha-se aberto, com medo de ser vista com o mapa guardou-o dentro das calças. Era o chefe Bob que tinha entrado na sua sala e logo que viu a Aida perguntou:
-Mas que é que estás a fazer na minha sala menina Aida?!
-Meu senhor vim cá à procura do senhor. – Respondeu Aida sem pensar no que disse.
-Muito bem, cá estou eu. Em que posso ser-lhe útil?-perguntou curioso o Bob.
-Preciso que o senhor me conceda um…um…
 -Um, o quê?
-Um dia de folga porque estou com dores nas costas.- Disse Aida o mais depressa possível para não levantar mais suspeitas.
-Desejo concedido. Não quero que nenhum dos meus trabalhadores mal disposto. Podes ir.
Aida retirou-se da sala rapidamente para que não houvesse mais tumultos. Entrou no quarto onde tinha-se estabelecido e lá encontrou os amigos que a aguardavam ansiosos por saber como correra a aquisição do mapa.
-Encontrou o mapa? – Perguntou o Timon muito apreensivo.
-Foi um sucesso. – Respondeu Aida.
Dizendo isso todos a fitaram. Ela acabou por concluir:
-Na verdade, o Bob chegou a pegar-me e perguntou-me o que fazia aí e respondi-lhe com uma mentira simples mas tirando isso correu lindamente.
-Como passamos pelos guardas? – Perguntou Kate.
-Usas o teu charme, atrai-os e leva-os até um lugar onde estaremos eles viram-se de costas e acertamo-los.
-Entendi. – Afirmou a Kate.
-Aí passamos pelo portão e estamos livres. Falta sairmos do país mas isso o Timon cuida.
-Tens algum familiar Kate e Timon? – Perguntou Christian.
-Eu não tenho. Minha mãe faleceu há dois anos e o meu padrasto é um bêbado, descuidado que vive nos bares dos arredores da casa.- Respondeu Kate.
-Eu sou órfão, meus pais morreram quando tinha dois anos num acidente de avião. – Disse Timon. 
-E tu Christian? Vives sozinho? – Perguntou Aida a armar-se em detective policial.
-Eu sou hã…digamos “aventureiro”, tenho espírito de pássaro ou seja sou livre, leve e solto.- Disse Christian por sua vez.
-Eu moro num lugar muito distante daqui. – Proferiu Aida
Eles estavam a terminar o plano quando tocou as nove badaladas. Os rapazes saíram do quarto e recolheram-se nos seus quartos.
Nessa noite nenhum dos jovens pregou os olhos, tanto que a hora marcada estava perto, sentia-se as palmas das mãos assuadas, um friozinho na espinha e mais.
                           FINALMENTE CHEGOU A HORA MARCADA: 4:30 
Mesmo em cima da hora, os rapazes bateram à porta e entraram logo depois saíram todos de fininho para não acordar quem quer que fosse.
A Kate seduziu os guardas como planejado e acertaram-os na cabeça com muita força.
Pegaram as chaves e foram aos portões, para o seu espanto depararam com o chefe Bob que lhes falou:
-Vais-te arrepender de ter feito isso Aida, infiltrares-te na minha fábrica, ajudar na fuga dos funcionários… Vais pagar com a tua vida – acabou de dizer isto e mirou uma espingarda no peito da Aida.
O Bob estava tão fora de si que estava disposto de fazer isto. Christian tentando salvar a amiga disse ao Bob o seguinte:
-Vamos resolver isso com calma assim não magoamos ninguém. Dizendo isto o Bob ficou mais fora de si.
Por sorte dos jovens aventureiros apareceu um homem que tinha assistido a cena até então e atirou uma faca nas costas do Bob. Quando a faca penetrou o Bob ele soltou um tiro antes e atingiu no braço do Christian, logo que a Aida viu foi socorrer o amigo.
O Bob morreu na hora e Aida levou o amigo ao hospital, chegou a hora de visitas a Aida foi ver o amigo e felizmente não foi nada grave.
-Como se sente?-perguntou a Aida cheia de preocupação.
-Bem. Vais voltar para casa hoje?
-Sim.
-Então é melhor despedirmo-nos. Obrigado por tudo, se não fosses tu não estaria aqui agora, obrigado.
-Não tem de quê foi um prazer menos aquela parte da espingarda. OK agora tenho de ir para casa-Aida deu um beijo no amigo fechou os olhos e quando os abriu já se encontrava em casa. Aida levantou ligeiramente correu as escadas abaixo e disse à irmã:
-Amina não vais acreditar no que aconteceu, eu estava numa fábrica de chocolates conheci um rapaz, um senhor e uma menina, eles eram meus amigos e eu…
-Mamã os doces de ontem fizeram a cabeça da Aida, ela agora anda a inventar coisas.- Interrompeu a Amina.
-Não foi simplesmente um sonho era como se estivesse lá.
-Deixa-te de tretas e vai-te vestir.
De repente veio a imagem dos amigos, uma imagem muito agradável. Daí a Aida teve a certeza de que não foi apenas um sonho.
                                                                           
 Autora: Aida Genabú Rodrigues De Sów Valdez (Nº2/9ºI)
                         
                                                                                                  

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Novo Ano letivo

Nós lhe damos as boas-vindas ao novo ano letivo, com o novo acordo ortográfico.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Crónica de Rubem Alessandro

Estudar para o dia de “amanhã”
Como melhorar as minhas notas?
Essa é uma das perguntas que os adolescentes fazem hoje em dia. Não é de admirar que as notas escolares sejam uma das principais fontes de ansiedade entre os estudantes.
As notas podem significar a diferença entre formar-se e ficar para trás, entre receber os elogios dos pais ou  incorrer na ira deles.
O aluno consegue notas para passar de ano por “chutar”, decorar a matéria, ou até por colar, jamais aprende a raciocinar. E para que serve uma nota alta em matemática se, mais tarde verifica-se que não se consegue uma planta de uma casa ou até mesmo uma empresa?
Mas que dizer quando tiver notas baixas?
Eu simplesmente apresento a minha mãe as minhas notas de manhã, quando ela está prestes a sair para o trabalho. Alguns até mesmo forjam notas falsas em seus testes.

Que dizer de “colar” em provas de matemática ou de leitura?
Se os alunos não conseguirem dominar as matérias, entretanto, talvez, o que se verifica futuramente é que se “afundam” no mercado de trabalho! E um diploma conseguido por “colar” não servirá muito como salva-vidas.

Suponhamos que uma pessoa formada na área de engenharia aeronáutica numa entrevista de emprego, talvez seja aceite para esse cargo.
Mas, será que ele consegue se manter nesse emprego?
Certamente que não. Porque não se pode ter algo que não se tem, nem obter algo sem lutar por ele. Na realização de um projecto aeronáutico um erro de cálculo causado por ele pode levar a um acidente levando a morte de pessoas ou até mesmo a uma lesão corporal.
O que aconteceria com ele?
Primeiro, perderia o emprego e seria processado pela empresa e segundo, esse diploma não mais garantiria o êxito no mercado de trabalho. Portanto, a obtenção de tesouros por meio duma língua falsa é uma exalação impelida para longe, porque seria muito melhor se nós, os alunos, empenhássemos a fundo e estudássemos, em vez de “colar” para se conseguir formar.

Infelizmente, isso não se tem visto dentro da escola. Durante os intervalores podemos observar os alunos a fazerem cábulas e até mesmo durante o teste o uso da “cola” é frequentemente utilizado.

Por isso, eu como aluno, alerto a todos os que cometem um acto de desonestidade académica correrá sério risco de prejudicar futuras oportunidades.

Vejamos se nós trapacearmos num curso de natação, certamente não desejaríamos ser deixado em terra firme quando todo mundo estiver divertindo na água!

Assim, é importante que se encare as notas, não como um fim em si, mas como meio útil de avaliar seu progresso na escola.


                                                                                     Cronista: Ruben A. V. de Oliveira

   

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Boas Férias!

Estamos de férias!
A todos um bom descanso e que o retorno seja com as baterias recarregadas para um ano letivo de muitos sucessos.
Não se esqueçam: este ano o retorno é mais cedo! As aulas começam no dia 14 de Setembro.
Boas férias!!!

Crónicas do 10º G

Crónicas da turma 10º G

Os escolhidos da escola
Há professores que ajudam os alunos nos seus estudos em casa, preocupam mesmo com eles. Se algum faltar a aula ficam preocupados porque vão perder a matéria, vão ter falta, mas há outros professores que nem se preocupam com os alunos, dizem quem faltar vai perder a matéria e que não vão explicar mais». Às vezes, há alunos que tem problemas em casa, chegam a escola atrasados, por vezes, há motivos de atrasos, mas os professores não precisam saber, não deixam entrar e nós, os alunos, perdemos mais uma matéria.
Também na direcção, os funcionários não servem pra nada. Aliás, só servem para levar os alunos de classe mais pobre para o Conselho de Disciplina. Por exemplo, os denominados «copo leti» ficam sentados aí na escada da Direcção a ouvir música, a falar, dançar e não os retiram daí. Quanto aos alunos pobres que chegarem ao mesmo local, esses funcionários proclamam: «quês rapaz dja bem» nem precisam saber, interpelam as pessoas como se fôssemos animais «ei nhos labanta de la». Isso ainda não é nada.
 Agora vou falar-vos das casas de banhos. No segundo piso da escola, as casas de banho cheiram mal, sanita não tem água, urinóis com tubo partido. Um dia fui fazer chichi nele não vi se o tubo estava partido a urina ficou toda no chão.
Os lavatórios que eram para lavar a mão agora ficaram como uma sanita cheio de urina, não dá nem para entrar de tanto cheirar mal. São os alunos que fizeram aquilo, mas a culpa de casa de banho estar suja é culpa dos funcionários e da direcção da escola. Os alunos foram fazer urina encontraram a sanita suja, urinório partido, urinaram no lavatório. Mas isso não pode.
Nas casas de banho das meninas há dois barris de água, mas na casa de banho dos rapazes não há nenhuma. Algumas salas como B3 estão em péssimas condições para assistir as aulas. Estão sujas, sem cortinas. O sol aí é muito forte, às vezes, os alunos pedem aos professores para mudarem de lugar, eles nem os dão ouvidos.
Há, também, professores que mandam nos vestuários dos alunos, no seu style.
Este é uma metade do que se esta a passar nesta escola.

O cronista: Alector Cardoso



sábado, 4 de junho de 2011

Crónicas da Turma 10º E


Preocupação
Preocupo-me com o modo de relacionamento dos alunos na minha sala. Na minha sala somos 15, mas valemos 40, porque na hora de começar a aula nós perdemos 5 a 10 minutos, na medida em que é bagunça que não acaba mais: é arrastar das cadeiras, é gritaria dos alunos, é som no telemóvel, enfim...
Todos os professores queixam-se da nossa turma: que não estamos a deixá-los dar a aula.
Na minha escola há uma forma de organizar as salas, é cada aula numa sala, quando sairmos de uma sala temos que deslocar para o outra. Neste deslocar, às vezes, chegamos atrasados e... se for aula de Português temos de chegar mais cedo, porque assim que entramos o professor já manda um aluno para ver se fizemos o tpc e se já escrevemos o sumário. Se não fizermos o tpc e não escrevermos o sumário, o professor marca-nos menos ou falta. Na aula de Português se fizermos algumas coisas erradas o professor manda-nos para fora e nos obriga a trazer o encarregado de educação, na aula seguinte. Um dia, emprestei o meu telemóvel a uma colega e ela colocou a música e entrou na sala e me deu para parar a música, e o professor pensou que era eu quem tinha a música e mandou-me para rua e no dia seguinte tive que trazer minha mãe.Todos os professores fazem a marcação do teste muito tempo antes, mais eu tenho um professor de Física que nos faz o teste surpresa! Ele chega na sala e diz: «Temos teste na próxima semana.» Nós não sabemos qual dia da semana, mais como ele diz «na próxima semana temos teste», nós vamos preparar para qualquer dia da semana.             
Acho que os alunos da minha turma devem mudar, deixar os professores dar as suas aulas e que o professor de Português que deixe das suas atitudes de chamar os pais, porque qualquer coisinha como por exemplo, se entrar com a música na sala o professor manda chamar os pais, e também que o professor de Física deixe as suas manias de fazer testes surpresas e aprender a marcar teste, porque assim vamos saber o dia certo para prepararmos melhor.

Cronista: Alex Fernandes     10º E
Professor: Ricardino Rocha


A sociedade afrontada com grupos thugs na cidade da Praia?
Agora nós vivemos afrontados com os thugs, já não temos paz na nossa própria casa. Ouvimos tiros, barulho de pedras e garrafas. Isso é muito mau para a sociedade cabo-verdiana.
Hoje em dia não podemos andar à noite com tranquilidade porque podemos ser alvos de um “casu-bodi”. Thugs é sinónimo de brigas, “casu-bodi”  também é muitas pessoas que não devem, pagam pelos outros. Na minha escola há também muitos grupos thugs como “GSP” e nesta mesma escola já morreu o meu grande amigo Andy, numa briga entre thugs. Isso é triste, gente. Às vezes, os jovens em vez de irem trabalhar, vão brigar para defender a sua zona. Há muitos thugs que já morreram por levarem uma vida de gangster. Na minha zona, Calabaceira, há muita briga entre grupos thugs rivais “XL” e “GT”. Ouço tiros e frequentemente, à noite, oiço gritos de pessoas a serem assaltadas. É triste vermos jovens que não podem ir a uma outra zona senão são agredidos ou até mortos. Seria melhor que acabassem com esta disputa de thugs e ficar como antigamente, quando podíamos andar à noite sem sermos assaltados, andar noutras zonas sem ter medo de uma bala perdida. A sociedade cabo-verdiana quer viver em paz sem a problemática “thug”.
A minha visão para este problemática e muito triste: ver um país tão lindo e pequeno a ser alvo de jovens delinquentes.

Cronista: Alexsandro Ramos
Turma: 10 E
Professor: Ricardino Rocha  

Violência em Cabo-Verde
 Eu vou falar-vos sobre violência em Cabo-Verde.
Nos últimos anos a violência está a aumentar cada vez mais no nosso país, graças aos chamados grupos de “THUGS” afectando gravemente a imagem do mesmo. Agora nem próprios polícias estão a conseguir enfrentar os grupos de” THUGS” na medida em que estes não estão com medo de morrer ainda pra mais sem medo de matar. Para ver que eles não têm medo de morrer e nem matar as pessoas ficam a atirar-se contra os outros grupos sem medo de apanhar. E quando isso acontece, eles não importam se são crianças ou não.
Quando são apanhados pelos polícias, as mães ficam a apoiá-los: “O meu filho não faz isso nem aquilo”. Outras há que até escondem os seus filhos para não serem apanhados pelos polícias.
 Entretanto, já estão acostumados com calcetadas que para eles isso não significa nada.
Os grupos “THUGS”, pelo seu comportamento de risco,  vários jovens que já foram a baleados, outros já perderam um olho, um braço, uma perna e por aí vai…
Entretanto, não sei porque que eles não aprendam com os exemplos do que aconteceu. E Eu pergunto-me será que os grupos de “thugs “vão acabar?
Eu creio que não, porque está-se a levantar cada vez mais grupos de thugs, eles dizem que é preciso mais empregos, mais placas desportivas, alguma coisa para eles se ocuparem nos seus tempos livres, mas eles não querem trabalhar, não querem fazer nada. Só roubar e/ou matar. Exemplo disso é que na minha zona, Ponta d’Água, o nosso Primeiro-ministro ofereceu-lhes escola gratuitamente, com aula de música na medida em que alguns que têm talento para cantar, dançar ou até mesmo pintar. Mas eles não sabem aproveitar o que a vida lhes oferece, só querem vender rosto na rua. Não sei como fazer para acabar com os grupos de “THUGS”.
Eu acho que eles deveriam fazer era aproveitar o que a vida lhes oferece.
Cronista:Carla Andreia Silva
Turma – 10º E
Professor: Ricardino Rocha


O uso e abuso de álcool na sociedade cabo-verdiana
 O álcool é tão antigo como a humanidade, é uma droga aceite pela sociedade. O consumo de bebidas alcoólicas é praticada e enraizada em Cabo Verde, não há eventos ou celebrações que não tenha bebidas alcoólicas e tudo se justifica para beber.                                
Por isso, o homem pode cair no uso e abuso de bebidas alcoólicas pela influência que os falsos conceitos e virtudes do álcool exercem sobre si.                                                                                 
Todavia, o aumento de consumo de bebidas alcoólicas nos adolescentes e nas mulheres torna-se preocupante. O álcool é um dos males sociais que vem afetando actualmente todos as sociedades, particularmente, a cabo-verdiana. É neste sentido que todas as instituições públicas, privadas e associações da sociedade cívis devem estar motivadas e engajadas no combate a esse flagelo social.         
Neste sentido, as consequências do consumo de álcool para a saúde dos indíviduos e mesmos das famílias deverão conduzir a uma reflexão mais profunda dessa problematica e sobretudo quando são conhecidas as suas repercussões negativas para o ben-estar social. A ingestã do álcool, mesmo em pouca quantidade, prejudica.                                                            
«Não podemos andar olhando as estrelas quando temos uma pedra no sapato.»  O governo, preocupado com essa problematica do consumo de álcool legislou no sentido da proibição da venda, oferta e ou fornecimento a qualquer  título, a menores de 18 anos. Do mesmo modo legislou a condução sobre oefeito do álcool com o propósito de minimizar os riscos desse mal.
«A natureza nos deu uma língua e duas orelhas para escutarmos o dobro do que dizemos.»escutem mais os outros . Por isso, acho que a sociedade deve colocar em prática o que o governo legislou, a proibição da venda oferta ou fornecimento aos menores de 18 anos e a proibição de condução sobre o efeito do álcool, reduzir a produção de álcool e controlar a entrada de bebidas nas mercearias. E os alcoólatras têm de combater contra a ansiedade de usar álcool, e cada pessoa pode fazer actividades dentro da sua sociedade para alertar as pessoas que mal o álcool traz para nossa sociedade e a família, em particular, e só assim podemos límitar o uso e abuso de álcool na nossa sociedade.
Cronista: Cleusa Soraia Ramos  Nº 4     /    10º E
 Professor: Ricardino Rocha
Violência, o que você ganha com isso?
 Em que mundo estamos? Esta é uma pergunta que muitas pessoas estão a fazer a si mesma. Estamos num mundo onde a violência está a alastrar-se por toda a parte onde os polícias não têm meios para poderem controlar esta situação.
É um drama que se passa um pouco por toda a parte e Cabo Verde não foge a regra. Nos últimos anos, a violência tem vindo a aumentar muito na Cidade da Praia, onde grupos de jovens dos bairros da periferia estão em constantes brigas entre si, e, muitas vezes, pergunto-me o que estão a ganhar com isso? 
Pergunta esta que eu não encontro uma resposta. A sociedade cabo-verdiana está a viver momentos de pânico onde você não sabe a que hora da noite ou de dia em que vais ser assaltado no que eles chamam de “caçu-bodi”. Muitas vezes, com esses confrontos alguns indivíduos do grupo perdem as suas vidas e aquele que matou ou vai para a cadeia ou fica em liberdade pronto para praticar mais um assassinato.
Esses grupos, denominados “thugs”deveriam ter mais responsabilidade dos seus actos, não fazer coisas erradas que prejudicam a si mesmos e nem a sociedade, por causa disso fica um apelo: pensem duas vezes antes de cometerem uma violência.
 Na minha humilde opinião, esses jovens que se encontram envolvidos nessas práticas deveriam ser punidos rigorosamente, e não simplesmente deixados na cadeia por dois ou três dias e depois sair livremente sem culpa e nem receio nenhum pronto para cometerem mais um acto de violência. Deveriam ser presos e condenados a cinco ou mais anos de prisão para poderem pensar, reflectir nos seus actos e ver o que eles ganham com a violência e não ter uma ficha bem extensa nas esquadras policiais.
Por isso pensem no assunto: Com violência você nada ganha.
Cronista: Dulce Helena Monteiro Cardoso      Nº 6   Turma: 10º E
Professor: Ricardino Rocha
                                                               Desorganização
A escola de Palmarejo tem trinta salas: sala de computadores, sala de Desenho, cantina, laboratórios, biblioteca, sala de Actos, sala dos Professores, Secretaria, etc.
Nessa escola acontecem coisas estranhas nos dias em que costumam fazer palestra, actividades dentro do ginásio… Sempre que se faz actividades, estas terminam antes da hora por causa dos inimigos. Começa-se o conflito com pedras, garrafas, troca de tiros. Ainda dizem: “N ta matau”.
Desse conflito, os estudantes ficam a correr de um lado para o outro, às vezes, acabam ferindo aqueles que não devem. Depois dos conflitos os policiais chegam, apanham os inocentes e levam para prisão. Disto tudo, de quem é a culpa?
Quando vinha para a aula sempre eu encontrava guardas da escola e dois policiais de segurança, no portão. Andam de um lado para outro a pegar os que não sabem aproveitar, os que querem fazer conflitos, os que têm coisas perigosas e tomam, dão cacetadas e fecham na prisão. Isto a polícia faz bem.
Entretanto, agora, as polícias não estão a verificar no portão a ver os delinquentes que estão dentro da escola. Uns dos exemplos são nos intervalos. Os alunos ficam a empurrar uns aos outros, atiram giz, garrafas de sumo e pastilhas. Isso tudo acontece quando os que estão nos pisos de cima dão aos que estão em baixo. Uma outra situação é quando, depois do sino, os que tem folga ficam a interromper os que estão nas aulas.
Para falar a verdade essa escola está “mais ou menos” bem organizada: como nós sabemos “mais ou menos” dá menos…Por isso nós temos que organizar essa escola para estar mas bem organizada, como exemplo, ajudar uns aos outros…
Cronista: Danielson Lopes     10º E
Professor: Ricardino Rocha  
                                                                    
Os adolescentes em Cabo Verde influenciados pela delinquência.
-“Thugs” em Cabo Verde-
No nosso país havia menos violência, mas os nossos jovens e adolescentes ao verem o que se passava noutros países, acabaram por enveredar pelo que viam e assimilaram o fenómeno “thug” aqui em Cabo Verde. Começaram então, os assaltos denominados de “kasu bodi”, furtos, e divergência entre os grupos. Daí o índice da mortalidade aumentou, por causa dos assassinatos, actos de violência, e a imoralidade dos homens. Isso tudo através das séries, filmes, que vêem a passar na televisão ou noutras sociedades.
 Neste momento, todos reclamam desses grupos delinquentes. Sair de casa agora tornou-se algo para se pensar meticulosamente, principalmente à noite quando se quer ir a uma discoteca, restaurante ou mesmo um passeio Todo o cuidado é pouco. Ninguém quer ficar prejudicado.
Por mais que os agentes policiais tentem impedir que isso não aconteça, estes fazem de tudo para não serem impedidos de actuar, e agora estão a morrer vítimas da sua própria violência. E a nossa comunidade está a caminhar para a escuridão, em vez da clareza, da paz. Ah! Paz? os jovens não estão a preocupar com a sociedade, mas sim com as discussões, brigas, insultos entre os inimigos, por isso vamos proteger-nos a nós mesmos.
Cada pessoa cuide do ar que respira todos os segundos, ou fica tudo do avesso. O melhor é proteger a nossa vida e aos que estão do nosso lado, ao invés de ficarmos na convivência e sociedade dos “thugs”. Aparentemente, estes serão bem vistos, a personalidade, o seu comportamento pessoal, a forma de agir com os outros que se encontram ao nosso redor, o respeito que tem por si e pelos outros.
Os” thugs” não têm a mesma visão de vida, nem perspectiva igual a uma pessoa responsável , ou seja, os que não influenciam a sociedade dos thugs como ela é vista. As pessoas responsáveis têm responsabilidade pela sua vida e os seus bens, embora muitas vezes não respeitem a oportunidade e prioridade que lhes aparecem na vida.                                                                   
Quarta-feira, 16 de Março de 2001
Cronista: Ilisângela Martins Moreira        10º E  Nº 8            
Professor: Ricardino Rocha
 

“Thugs”: o todo-poderoso
Eu vou-vos falar sobre os grupos de “thugs”.Os “thugs” são grupos de jovens que fazem tudo que querem, é como uma doênça que está a afectar todas a sociedade cabo-verdiana, mais precisamente, os jovens entre os 13 aos 18 anos.
Hoje em dia, são eles quem manda na sociedade, ou seja, nas suas zonas, eles fazem o que querem ninguém diz nada porque tem medo deles. A polícia está em todas as zonas para combatê-los, mas eles não têm medo da polícia.
Eu estou cheio dessa injustiça que está a acontecer.O povo não fala nada pelo mesmo motivo – medo.
O que eles pensam que são? Imperador, dono do mundo ou um Deus? Muitos deles são de família pobre e não estudam. Eles têm paixão por essa vida, essa vida não tem piada nenhuma.Não saiem da sua zona porque os outros grupos vão atacá-los. Que vida é essa? É uma vida de porcaria uma droga de vida.
“Thugs” é uma droga entre os jovens cabo-verdianos. Eles se drogam, dão “casu bodi”. Muitos acabam na cadeia, outros na Várzea. 
Acho que o governo deve fazer uma cadeia na Santa Luzia para colocar apenas os “thugs”. Agora temos uma certa hora para ficar na rua. Hoje em dia ouvir “tiro” é normal, é como uma festa onde se escuta foguete! Os grupos de “thugs” são uma profissão onde encontramos muitos trabalhadores. É uma profissão onde o salário é muito justo: A prisão ou a morte.
Entretanto, Deus deu-nos a vida para viver, não para destruí-la. Acho uma burrice essa forma de viver. Um dia eles vão arrepender-se, mais vai ser tarde demais.
Ninguém é melhor que ninguém, ninguém é superior. Somos todos iguais.

Cronista: Gadine Fonseca     10º E
Professor: Ricardino Rocha

 

Será que música de Cabo Verde não tem valor?
Uma das componentes mais importantes da cultura em Cabo Verde é a música.
Durante vários anos Cabo Verde esteve sob o domínio estrangeiro, a nível político, cultural, social e económico, o país colonizador ignorava a força da cultura dos cabo-verdianos e negavam a existência dos nossos valores culturais, ou seja, queriam liquidar a cultura africana, ou seja, de Cabo Verde.
Os combatentes da luta de libertação nacional tomaram consciência da grave situação vivida em Cabo Verde tais como seca, fome, miséria isolamento e abandono e começaram a contestar e sentiram necessidade de ter sua própria identidade e dignidade, então houve resistência por parte dos combatentes ao colonialismo principalmente através da cultura nomeadamente a música que retractava a situação vivida em Cabo Verde seca, fome, etc. como objectivo de respeitar e preservar os valores culturais.
Hoje em dia música de Cabo Verde não esta a ser valorizada e preocupo-me com as músicas que os adolescentes, crianças, jovens até os adultos estão a ouvir em suas casas e nas ruas.
O CABO VERDE MUSIC AWARDS [CVMA], desempenhou um papel extraordinário ao dar o verdadeiro valor a música cabo-verdiana, aos artistas cabo-verdianos, por exemplo na escola onde eu estudo não vejo nenhum aluno a dizer que gosta de morna, coladeira, funaná, ou seja, os nossos ritmos tradicionais, isto tem a ver com a influência que a música estrangeira reflecte na nossa música, por exemplo, antes era coladeira agora é cabozuok/cabolove .Quem é o culpado disso?
Não vou obrigar ninguém a ouvir musica da nossa terra à força, mas deveríamos ter mais um pouco de respeito pelas nossas músicas porque são elas, por onde passam deixam um rastro de Cabo Verde. “EL E SABIM’’.
Qual é a sentença? Qual é o castigo de ouvir uma boa morna, ou funaná. Não há nenhum mal em uma pessoa dizer a você se pode ouvir um pouco de música no teu mp3 e encontrar Cesária Évora, Lura ou  Tito Paris se ele fizer pouco de você não lhe ligue pois a melhor resposta é o silêncio. A música da nossa terra foi considerada como uma das músicas mais apropriadas para tirar o stress.
Se você disser, agora, ao seu vizinho[a], filho[a], ou até mesmo o seu vizinho[a] para lhe deixar ouvir música com  certeza não vai encontrar Ildo Lobo  ou outros, mas sim vais encontrar 50cent,, Eminem ,até os de Cabo Verde como Rei Assassino ,Nelson Freitas. Não tenho nada contra aqueles que tem essa escolha, mas se viermos a comparar os dois tipos de mensagens que os artistas enviam à sociedade, são duas gerações diferentes, mas acho que os dois artistas da geração mais jovem e muitos aqui em Cabo Verde estão a perder seu tempo em escrever músicas só ensinam prostituição, pornografia e outras coisas. Com respeito não as escrevo, peço perdão aos dois, mas a verdade tem que ser dita e se ninguém não disser nada vamos continuar assim nessa pobreza deste mundo sem músicas boas, com boas mensagens.
Pára e considera música cabo-verdiana porque foi Deus quem criou música para falar sobre ele e enviar boas mensagens. Valoriza a música da tua terra CABO VERDE.
‘’O QUE SERIA DO MUNDO SEM MÚSICA DE CABO VERDE?’’         
 CRONISTA: MAGIK SANTIAGO      TURMA-10ºE/ Nº 12
Professor: Ricardino Rocha