quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Crónica de John Samuel Fernandes

Crónica: Benfica-Portimonense, 1-1

O presente do empate do Benfica

Se havia dúvidas quanto à luta pelo título, o onze que Jorge Jesus apresentou na noite no domingo passado já disse quase tudo e o empate diante do último classificado acabou definitivamente com as aspirações dos mais optimistas; eu acho que o  Benfica, com um onze de recurso, ofereceu um presente ao Portimonense que, depois de quatro rondas a pontuar, alcançou a Naval no fundo da classificação. Depois quatro jogos a oferecer um golo de avanço e a virar o jogo na Luz, os encarnados fixaram e permitiram o primeiro empate em mais de um ano.

As notas dos jogadores

O Benfica entrou em campo com praticamente todas as segundas opções, apresentando inclusive três estreias na presente edição da Liga - Moreira, Carole e Luís Filipe - deixando apenas Pablo Aimar como representante da equipa principal. Eu fiquei muito preocupado com esse onze de recurso e o que ia dar esse jogo. Mas, já se sabia que Jesus estava obrigado a mexer na estrutura principal, não só pelos castigos de Maxi Pereira, Luisão e Javi Garcia, mas também pela anunciada intenção do treinador de poupar jogadores para o segundo jogo com o PSG. Mas ninguém esperava que Jesus fosse tão longe, nem o Portimonense, que começou o jogo puxado para trás, com duas linhas muito próximas, junto à área de Ventura.

Este novo Benfica até teve muito espaço para ensaiar os primeiros lances, com meio-campo cedido pelos algarvios. Carole foi o primeiro a mostrar-se, abrindo caminhos com rápidas combinações com César Peixoto, mas rapidamente se percebeu que este Benfica não tinha os jogadores principais na equipa. O Portimonense, desconfiado, deixou-se ficar no seu meio-campo e raramente arriscava passar para o lado contrário.

O Benfica, sem conseguir profundidade, estava longe de estar a jogar bem, mas pior estava o Portimonense que não conseguia construir um lance que pusesse em causa os novos jogadores defensivos da Luz. Num minuto tudo mudou. Primeiro, o cabo-verdiano Lito atirou um pontapé do meio da rua onde deu um susto aos adeptos do Benfica. No lance seguinte, o cruzamento de Candeias onde o Roderick corta a bola com a mão, no limite, mas dentro da área. Grande penalidade que Ricardo Pessoa transformou em golo. Uma vantagem caída do céu que este Benfica não conseguiu desmontar até ao intervalo, apesar de todas as fragilidades que os algarvios derramavam em campo.

A voar para o empate

Ficava a sensação que com um pouco de mais velocidade, o Portimonense caía com fama. E foi isso que Jesus também sentiu, fazendo de entrar, numa assentada, Sálvio e Gaitán e comecei a dizer: agora sim, agora sim!!! Apareceu uma arrancada de Sálvio, no primeiro lance da segunda parte, confirmou as suspeitas. O Benfica ganhava asas com os argentinos e conquistava metros no terreno, levando o jogo até à linha de fundo e multiplicando as oportunidades de golo.
Jesus procurou dar mais força à equipa, trocando Aimar por Nuno Gomes, mas Carlos Azenha também foi preparando a equipa para resistir. Os minutos passavam, o Benfica carregava e arriscava tudo. Ao ponto de deixar Hélder Castro escapar para, com um chapéu que deu no poste e que deixou o Benfica no jogo e que também deu mais um susto aos adeptos do Benfica. Logo a seguir, numa jogada de insistência, Nuno Gomes (quem mais?) conseguiu, finalmente, colocar a bola na baliza e evitar o prejuízo maior.

Ainda faltavam mais de dez minutos, o jogo estava aberto e emotivo. O Benfica acreditava, até porque nos últimos quatro jogos na Luz tinha começado a perder e tinha conseguido dar a volta. Desta vez não conseguiu e, ao fim de mais de um ano, permitiu o primeiro empate.
Bom, é isso! Já está, passou, mas mesmo assim somos Benfica!!!
VIVA BENFICA!!!
 
Cronista: John Samuel Fernandes 10ºG    Nº21

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