sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Balanço 2010


A ser publicado brevemente

quinta-feira, 24 de junho de 2010

10 de Junho

10 de Junho: Dia de Camões.
 10 de Junho: comemora-se neste dia o dia de Portugal e dia de Camões/ dia da Língua Portuguesa.
Este é o nosso propósito: divulgar esta língua neste país. Obrigado!
Língua portuguesa: a língua de Camões, Eça, Garett, Pessoa, Saramago,...

9 de Junho

9 de Junho
Meu aniversário:
«Obrigado Senhor por me teres dado a vida e uma vocação. Chamas todos os dias a ser Tua testemunha no mundo e entre os irmãos. Chamas-me a viver com os outros, a encontrar-Te e a amar-Te nos outros. Tu que vês a minha a minha vida e conheces o meu todo o meu ser, ajuda-me a descobrir e a viver plenamente a minha vocação.»
Ricardino Rocha

Faleceu José Saramago

17/06/2010


Faleceu esta sexta-feira Saramago
José Saramago faleceu esta sexta-feira, pelas 12h45, aos 87 anos, na sua casa de Tias, na ilha de Lanzarote, no arquipélado das Canárias (Espanha), vítima de doença prolongada.
O escritor português, galardoado com o prémio Nobel da Literatura em 1998, é Sócio Honorário do Benfica, há onze anos, desde 14 de Junho de 1999. A cultura portuguesa perdeu um vulto notável, cidadão do mundo e um dos expoentes máximos da literatura mundial contemporânea.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Claridade + Canibália = Claridália


Claridade + Canibália = Claridália
Neste dia 2 de Junho, a cantora Daniela Mercury, o sanfoneiro pernambucano Targino Godim e o músico cabo-verdiano Tito Paris estão juntos no show Claridalia. A apresentação ocorre às 21horas, em Gamboa.
O próprio nome do espectáculo é uma forma de brindar as relações culturais entre o Brasil e Cabo Verde, visto ser “Claridália” é a junção de “Canibália”, nome da actual digressão de Daniela Mercury, e “Claridade”, importante movimento cultural cabo-verdiano de meados do século XX.
E da mesma forma que Claridade, com o mote “pés fincados na terra”, foi um movimento de emancipação cultural, social e política da sociedade cabo-verdina, a Canibália é, segundo a própria Mercury, a celebração da mestiçagem brasileira, um trabalho que vai para além da música.
As raízes de Claridália estão ligadas a Tropicália, movimento de afirmação e renovação cultural brasileira que marcou os anos de 1960. Por seu lado, Claridade tem, também, influências do Brasil, mais especificamente da região nordeste onde, à semelhança do que acontecia no Sul, nas décadas de 20 e 30 do século passado, apostava-se numa cultura-literatura, sobretudo, voltada para a realidade local.
O espectáculo se insere também nas comemorações dos 550 anos da descoberta do arquipélago por navegadores portugueses (1460) e dos 35 anos da independência do país. O espectáculo, no palco montado para o Festival da Gamboa, realizado há duas semanas na praia homónima da capital cabo-verdiana, ocorre no momento em o país recebe a visita oficial do ministro da Cultura do Brasil. O ministro brasileiro vai entregar à Cidade Velha, 15 quilómetros a oeste da capital cabo-verdiana, o certificado de Património Mundial da Humanidade, anunciado, em Junho do ano passado, pela UNESCO.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

23 de Abril – Dia do Professor cabo-verdiano

Profissão ProfessorEntre a (des) avaliação e a (re) classificação –

«Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» (Mt 22,21)
Uma das coisas mais reconfortantes em qualquer profissão é o mérito e o reconhecimento pelo trabalho realizado. E, no trabalho de um professor maior satisfação é ver os seus alunos serem alguém na vida, pessoas que passaram pelas nossas mãos e hoje estão nas universidades, ou em diversos ramos de actividade. E isso não tem preço, muito menos uma avaliação sumativa.
Bento XVI na Quaresma de 2010, na sua mensagem, falou sobre «dare cuique suum», ou seja, dar a cada um aquilo que é seu. Esse «seu» devia ser para cada um. Todos (nós, os professores) sabemos que avaliar é uma tarefa axiologicamente muito complexa. Difícil é avaliar, muito difícil é ser avaliado. Mas porquê?
Todavia, é mais fácil ver o arqueiro nos olhos nos outros que ver a trave nos seus. Avaliar para além de ser axiologicamente complexo, porque exige emitir-se um juízo de valor, é preciso ser também instrumental. Aplicar métodos procedimentos e instrumentos para tal. Mas será que o avaliador sabe aplicá-los?
Muitos, poucos ou alguns não. Por ser uma tarefa complexa, na avaliação não se pode limitar a ter avaliador «tuxaua*» como amazonicamente se diz. É preciso que esse mesmo avaliador tenha conhecimentos especializados, com enorme sensibilidade, com capacidade analítica e comunicativa, com experiência de ensino e de elevada responsabilidade social.
Ora, se para avaliar é preciso tudo isso e muito mais e, quanto não se tem um pouco disso quem fica a perder (ou a ganhar!) é o próprio professor porque a sua avaliação não se resume apenas à sala de aula ou a tão desejada «percentagem de positivas». O avaliador não só trabalha com ele como profissional, mas também como pessoa. Porém o avaliado não tem participado no processo da sua avaliação.
Entretanto, é frustrante ver o professor, objecto de avaliação, chegar ao fim do ano lectivo e ver que ela não corresponde ao fruto produzido. Por um lado, não se avaliação e quando é assim, a Lei considera que seja qualitativamente Bom e fica-se por aí. Por outro lado, ela tem sido episódica e descontinuada para uns e fundamental para outros.
Episódica e descontinuada porque não se tem revelado útil para a Promoção e fundamental porque apenas sob bajulação e meretrício intelectual se é bem avaliado. Infelizmente é assim. Cala-te boca, senão acarretas o processo (em) disciplina. Falar a verdade é uma das coisas mais fáceis. Das coisas fáceis, falar a verdade é a mais difícil.
No entanto, o que se pede é que se dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus porque não se pode pedir a Deus que faça aquilo que o César pode fazer, nem exigir que César faça aquilo que só Deus pode fazer.
Por outro lado e por mesma razão, temos a questão da (re)classificação. Se são os professores que «derramam água sobre as mãos» do ministério, este tem contribuído para o sucesso profissional dos «seus»?
Constate-se, por exemplo, a discussão tanto na ilha do Sal como noutros pontos do país que muitos começam professores, passados alguns aninhos já são profissionais noutros ramos de actividade.
Ora vejamos: se um licenciado trabalhar numa empresa, logo é pago como tal, mas se esse licenciado for um professor, este terá que esperar 2, 3, 4 ou mais anos para o ser (reclassificado). Entretanto, se esse mesmo licenciado, por exemplo, nunca deu aulas é (re)classificado como tal. Onde está o «dare cuique suum»? Sumiu? Sim. Sumiu.
Efectivamente, essa questão vem sendo protestado de uma forma tímida e as decisões tomadas são no sentido de que «do ano que vem não passa» e, quando o «ano que vem» vier, deixemos isso para o próximo ano.
Nesta semana caboverdeanamente professora, nós os professores apenas conclamamos a sociedade cabo-verdiana a se solidarizar com quem dignamente faz da sua actividade docente um instrumento da construção da cidadania e do desenvolvimento nacional porque se se faz assim ao ramo verde o que se fará ao seco?

Ricardino Rocha
ricarsir@hotmail.com
www.9e10dejunho.blogspot.com
* tuxaua – líder.