terça-feira, 19 de maio de 2009

Teste de 10º Ano

Teste de 10º Ano
Ministério de Educação e Ensino Superior
Escola Secundária de Palmarejo
2º Teste sumativo de Língua Portuguesa –1ºtrimestre     10ºano

04/12/06
TesteA
O Fascínio da televisão
A televisão tem o seu quê de lareira. Como de facto, reúne diante do seu lume, nestas noites de Inverno, as famílias pacíficas. Mas, quando não difere da lareira acesa! Subjuga os espectadores sem lhes permitir outra ocupação ou divertimento. Não permite conversa, nem leitura, nem a meditação. Impede que se escrevam duas linhas inspiradas ou aplaudidas pelo brilho das chamas. Não permite barulho de crianças. Não querem que brinquem. Fornece-lhes brinquedos já ensalivados e manda-os para cama antes de ouvirem, da velha avó, um conto fabuloso. Obriga as mãos femininas ao repouso. Não quer que peguem em renda, bordado ou costura. Cestos e agulhas, em cada lar, começam a adquirir o aspecto de trastes reformados ou peças do museu.
Se nos limitarmos ao que sucede em nossas casas, verificaremos que a leitura já não se pratica, já se não usa como se usava antes de empenharmos a barba para adquirir televisor. O último livro comprado é mais velho que a televisão. Ficou meio virgem, isto é, por acabar de ler. Anda por aí, pelos cantos, com as capas sujas e esfarrapadas. Leia-o quem quiser. Nós não temos tempo. Ao sair do emprego, vamos abrir o receptor. Durante o jantar e depois do jantar, até à meia-noite, morremos de espanto diante do seu olho mágico. É ele o nosso livro, o nosso jornal, o instrumento único da nossa ilustração. Livro? Para quê? São muito caros e muito maçadores. De mais a mais, se fôssemos a lê-los, poderíamos perder belos programas. Hoje, então, que temos comédia e Eurovisão…Ná!
(…) Acabe-se com a televisão? Ninguém pensa nesse vandalismo. Não há bárbaro que não respeite semelhante maravilha. Mas, por amor da saúde mental do nosso povo consiga-se que reduza ao essencial os seus programas. Pode eliminar a palha e limitar-se ao grão depois de reduzido a farinha-flor. Fascinar durante longas horas o povo é atá--lo de pés e mãos para se elevar e discorrer por conta própria.
Penso, por amor de todos nós, que bastariam à televisão duas ou três horas para se libertar do seu recado. Às dez em ponto, deveria despedir-se dos espectadores, recomendando-lhes que lessem alguma coisa antes de adormecer. Diria que o milagre da televisão nunca poderá completar o milagre do livro.
João de Araújo Correia, Ecos do País (Adaptado)
Após a leitura atenta do texto, responde de forma clara e correcta às questões que te são colocadas.
I
1. O texto que acabaste de ler, constitui um exemplo de crónica.
1.1.Comprova essa afirmação, com expressões do texto que relatam episódios da vida quotidiana. Justifica a tua escolha.
1.2. Retira do texto, discurso centrado na 1ª (Primeira) pessoa.
2.Que consequência trouxe para a leitura o aparecimento da televisão?
3.Indica, justificando o tema desta crónica.
4.Por que razão é comparada a televisão a uma lareira?
5. Explica o sentido da frase:
A televisão «subjuga os espectadores.»
6. A televisão tem o seu quê de lareira.
6.1. Identifica a figura de estilo presente na expressão transcrita em 6.
II
1. Inicia a frase seguinte por:
O cronista disse que …
E faz as alterações necessárias.
«É ele o nosso livro, o nosso jornal, o instrumento único da nossa ilustração. Livros? Para quê? São muito caros e muito maçadores.»
III
Dos dois temas que se seguem, escolhe um e só um e desenvolve-o.
A – Estamos a aproximar a época festiva.
Numa composição cuidada, não excedendo 15 linhas, fala-nos um pouco das perspectivas que tens para o Natal que se aproxima.
B. “Muita gente acha que a televisão está a causar prejuízos irreparáveis: aboliu salutares hábitos de convivência, preenche todos os nossos tempos livres, estimula a passividade, a preguiça mental e até a violência.»
Dá a tua opinião sobre este modo de pensar.
Teste BApós a leitura atenta do texto, responde de forma clara e correcta às questões que te são colocadas.
I
1.É evidente a intenção crítica do cronista neste texto.
1.1.A quem se dirige?
1.2 Que crítica transmite?
2. A televisão «subjuga os espectadores.»
2.1. De que forma?
2.2. Indica as actividades que desapareceram, com o surgir da televisão.
3. Para minorar os efeitos nocivos da televisão, que propõe o autor deste texto?
4. Indica, justificando o tema desta crónica.
5. Explica o sentido da frase:
«…fornece – lhes brinquedos (…) conto fabuloso.»
6. A televisão tem o seu quê de lareira.
6.1. Classifica a figura de estilo presente na expressão transcrita em 6.
II
1. Inicia a frase seguinte por:
O cronista perguntou …
E Faz as alterações necessárias.
«Acabe-se com a televisão? Ninguém pensa nesse vandalismo. Não há bárbaro que não respeite semelhante maravilha.»
III
Dos dois temas que se seguem, escolhe um e só um e desenvolve-o.
A – Estamos a aproximar a época festiva.
Numa composição cuidada, não excedendo 15 linhas, fala-nos um pouco das perspectivas que tens para o Natal que se aproxima.
B- “Muita gente acha que a televisão está a causar prejuízos irreparáveis: aboliu salutares hábitos de convivência, preenche todos os nossos tempos livres, estimula a passividade, a preguiça mental e até a violência.»
Dá a tua opinião sobre este modo de pensar.

7 comentários:

  1. nao tem a correcçao do teste???

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  2. Tem sim. Mande-nos o seu e-mail pra ricarsir@gmail.com
    Obrigado.
    Ricardino Rocha

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  3. A correccao podemos arranjar aonde?

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    Respostas
    1. mande-me um email para ricardinorocha@yahoo.com.br

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  4. Peço saber quais são os argumentos co-orientados e anti-orientados desse texto e saber também desenvolvimento e conclusão please

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