quinta-feira, 19 de maio de 2022

3 limeriques

1. Meu irmão

Coitado do meu irmão

Com medo duma injeção,

Que rejeita a pomada,

Ontem ele caiu na escada

E parou no rês do chão.

 

2. Meu cãozinho

As coisas do meu cãozinho!,

Bebeu grog, cerveja e vinho

E pensando que viu um osso

Se atirou dentro do poço

E saiu machucadinho.

 

3. Mulher

Mulher eu te amo e te temo,

Por esta paixão eu tremo

Sempre que olho pra você

Uma e outra vez,

Mata-me com teu veneno.

 Vicente Ricalo

terça-feira, 10 de maio de 2022

III ENCONTRO CABO-VERDIANO DE LÍNGUA PORTUGUESA

 
As atividades decorrerão no Auditório n.º202, no edifício n.º8, no Campus de Palmarejo Grande da Universidade de Cabo Verde.
A Sessão de Abertura terá início às 09h00, no dia 09 de maio.
Sob o tema: A Língua Portuguesa em Contextos Multilingues e Multiculturais, decorrerão comunicações proferidas por Docentes e Investigadores que exercem funções em Cabo Verde, no Brasil, na Costa do Marfim, na Guiné Equatorial, na Itália, na Nigéria, em Portugal, na R.A.E. de Macau e no Senegal. O programa é híbrido - integra atividades presenciais e atividades em linha, via ZOOM.
- Amália de Melo Lopes | Universidade de Cabo Verde;
- Daniel Medina | Universidade de Cabo Verde;
- Eleutério Afonso | Universidade de Cabo Verde;
- Hulda Costa | Universidade de Cabo Verde;
- João Rocha | Universidade de Cabo Verde;
- José Esteves Rei | Universidade de Cabo Verde;
- Maria de Fátima Fernandes | Universidade de Cabo Verde;
- Maria Goreti Freire | Universidade de Cabo Verde;
- Mariana Faria| Universidade de Cabo Verde & Camões, I.P.;
- Merlina Correia | Universidade de Cabo Verde;
- Naduska Palmeira | Universidade de Cabo Verde & CAPES Brasil;
- Salif Diallo Silva | Universidade de Cabo Verde;
• Adji Diouma Diouf | Universidade Cheikh Anta Diop;
• Charles Kouassi | Camões, I.P. & Universidade Félix Houphouët-Boigny;
• Dalila Custódio | Universidade Nacional da Guiné Equatorial;
• Elisabete Gonçalves | Ministério da Educação de Cabo Verde;
• Francisco Lopes | CEDEAO & Camões, I.P.;
• Incanha Intumbo | Instituto Internacional da Língua Portuguesa;
• Joaquim Ramos | Instituto Português do Oriente;
• José Horta | Universidade Cheikh Anta Diop;
• Juliana Andrês da Rosa | Université Félix Houphouët-Boigny;
• Nélia Alexandre | Universidade de Lisboa;
• Paul Latte Angoli | Universidade Félix Houphouët-Boigny;
• Rafael Pontuschka | UNICEF;
• Ricardino Rocha | Centro Cultural Brasil – Cabo Verde;
• Samuel Gonçalves | Academia Cabo-verdiana de Letras;
• Serafina Martins | Universidade de Lisboa.

Esta iniciativa é organizada pela Universidade de Cabo Verde, pela Cátedra Eugénio Tavares de Língua Portuguesa, pelo Centro de Língua Portuguesa na Cidade da Praia e pelo Ministério da Educação de Cabo Verde, num djunta-mon estratégico com parceiros que se dedicam à educação e à investigação em língua portuguesa.

 
Crédito:  Site da UNICV

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Oficinas de Escrita Criativa nas II Jornadas Júnior da Língua Portuguesa/2022, no Mindelo

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Inhame na cultura nigeriana – Forchu Ifeanyi Husayn

 Inhame na cultura nigeriana 

Por Forchu Ifeanyi Husayn*

 

Inhame é um alimento muito significativo na Nigéria. Ele tem funções diferentes na minha cultura. É cultivada na estação das chuvas. Antigamente, costumava ser o alimento básico na minha cultura. É consumido de manhã, à tarde e à noite. Pode ser triturado e comido com sopa, frito ou assado e comido com óleo de palma ou feito como mingau. É uma refeição deliciosa!

Fonte: https://globalfoodbook.com/recipes/roasted-yam-and-palm-oil-sauce-how-to-roast-yam-with-charcoal

Nessa época, o inhame também era usado como símbolo de status na sociedade. Um homem rico era conhecido pelo número de inhame em seu celeiro. Os homens cultivavam inhame enquanto as mulheres cultivavam inhame-coco e vegetais.

Há um grande festival – o mais importante na minha cultura – chamado “Festival do Inhame Novo”. É celebrado, todos os anos, após a estação chuvosa. Marca o início de uma nova temporada. A cerimônia é realizada pelos homens mais velhos na comunidade. Eles oferecem o inhame aos deuses para comer para mostrar gratidão pela colheita e pedem as bênçãos nas colheitas subsequentes. O rei é o primeiro a comer inhame colhido. O mesmo dá ordem para o início do festival que é marcado por danças, comidas e exibições de máscaras. É um período alegre.

Fonte: https://trilhasdacidadaniablog.wordpress.com/meu-pais-e-minha-cultura/

O inhame também é importante nas cerimônias do casamento na minha cultura porque é um dos elementos importantes no dote pago aos pais da noiva pelos família do noivo.

 * É nigeriano e estuda no CCB-CV

O arroz é a vida - Manisha Thill

 O arroz é a vida - Manisha Thill *

O arroz é o alimento mais importante da cultura asiática incluindo no meu país: as Filipinas. Mais de 90% do arroz é produzido e consumido na Ásia. É o alimento básico para a maioria da população em todas as classes sociais. Ele tem um imenso significado histórico e cultural para os filipinos fazendo das Filipinas, apesar de ser um país produtor desse produto, o segundo importador de arroz a nível mundial.


Fonte: https://relocationsutoronto.wordpress.com/2020/07/02/rice-and-its-significance-within-filipino-culture/

Antes da chegada dos espanhóis, os filipinos nativos acreditavam que os espíritos residiam nos grãos de arroz, portanto, tratavam-nos com respeito. Rituais religiosos também eram realizados em torno das colheitas de arroz, especialmente para os Igorots (povo indígena de Luzon). O arroz nem sempre foi o alimento básico para os filipinos. Ele era produzido em quantidades limitadas, e considerado um “alimento de prestígio” porque era consumido principalmente entre os ricos e as elites. À medida que os métodos agrícolas avançavam especialmente com a ocupação espanhola, o arroz estava disponível durante todo o ano, então acessível a todos. O arroz excedente foi usado até como forma de pagamento (por exemplo, para aluguel). Ele também é uma fonte de renda para as famílias filipinas, especialmente os agricultores que trabalham duro apenas para fornecer alimentos, e não apenas para sua própria família, mas para todos aqueles que dependem dele para sustentar suas necessidades nutritivas.

O arroz é muito respeitado até hoje, as pessoas não podem desperdiçá-lo. Depois de comer, o restante é guardado para outro dia ou dado aos animais. Ele está presente em todas as refeições – pequeno-almoço, almoço e jantar, por isso grande parte dos pratos filipinos são feitos com arroz.

Fonte: https://relocationsutoronto.wordpress.com/2020/07/02/rice-and-its-significance-within-filipino-culture/

 Em suma, os espanhóis deixaram pratos que os filipinos continuam a consumir como parte da sua cultura. Por exemplo, o champurrado é originalmente feito com farinha de milho e agora é feito com arroz. É um mingau de arroz doce que pode ser consumido no pequeno almoço ou como lanche. O prato nacional, o adobo, um tipo de guisado e cozido de certa forma com ingredientes-chave, tornou-se o prato nacional devido aos imigrantes filipinos. O prato também tem raízes espanholas, mas os filipinos integraram o arroz ao prato, destacando a importância do arroz e como os filipinos absorvem outras abordagens culinárias por meio de processos globais (por exemplo, colonização, imigração) e as adaptam aos seus gostos e práticas culturais.

* É luxemburguesa e estudante de PLE no Centro Cultural Brasil-Cabo Verde

quinta-feira, 5 de maio de 2022

5 de maio é Dia Mundial da Língua Portuguesa

 
No Mês da Língua Portuguesa vamos partilhar os textos de alguns alunos estrangeiros que aprendem o português em Cabo Verde no Centro Cultural Brasil-Cabo Verde (CCB-CV) 

 

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Uma comida típica do meu país - Eloïse Ramos

 Por  Eloïse Ramos*


Fonte: https://static.750g.com/images/622-auto/00992e41972aad892eec4a647cb43fac/baguette-tradition-versus-baguette-classique.jpg

 Hoje gostaria de falar sobre um alimento francês típico: “la baguette”. Em todas as casas francesas há baguetes! É um pão longo, feito com trigo e fermento ou levedura. A principal diferença em relação a outros pães é o seu peso. Ela pesa 200 gramas enquanto outros pães pesam 400 gramas.

A origem da baguette não é certa, mas alguns dizem que foi inventada no início do século XX porque os grandes pães não permitiam ter pão fresco todos os dias e os ricos burgueses queriam pão fresco todos os dias.

Depois da Segunda Guerra Mundial, o governo estabeleceu um preço baixo da baguete para que todos - ricos e pobres - pudessem compra-la todos os dias. Hoje, trinta milhões de baguetes são vendidas todos os dias.

Diz-se que os Franceses compram sempre duas baguettes na padaria: uma para a casa e outra para comer no caminho.

Todos os anos, há um concurso para a melhor baguete na França e um outro para a melhor em Paris. A padaria que ganhar este concurso fornecerá este pão ao “Elysée” (palácio presidencial) durante um ano.

Desde 2018, a UNESCO reconheceu as habilidades artesanais e culturais de “la baguette” como parte do Patrimônio Cultural da França. Este reconhecimento foi importante para proteger os padeiros franceses da globalização.

Há alguns meses, a França decidiu apresentar a baguete como Patrimônio Mundial da Unesco. O resultado será conhecido dentro de alguns meses.

  

 * É francesa  e estuda no Centro Cultural Brasil-Cabo Verde . Nível A2