sábado, 21 de janeiro de 2012

Crónica de Fábio Júnior


As diferenças na escola
Na minha escola (ESAD) há uma diferença entre o tratamento das pessoas que podem ser claramente notada quando se trata dos “kopu leti” e dos pobres.
Já no primeiro ano, quando entrei para a escola comecei a notar essas diferenças. Os “kopu leti” sempre são colocados nas primeiras turmas com direito aos melhores professores e os pobres são sempre colocados à tarde, mas uma das coisas mais feias que eu já vi foi quando houve uma briga entre um rapaz pobre e uma menina “kopu leti”. Foram levados a Direcção não castigaram a menina porque pagava 15.000$00 de propina, mas o rapaz queriam castigar mas graças ao seu pai que foi protestar e ele não foi suspenso. A diferença nesta escola é bem notável porque alguns professores podem se dirigir aos ricos para tirarem uma dúvida, explicam quantas vezes forem necessárias para poderem entender, mas os pobres quando vão explicar uma vez e se não entenderem eles não explica de novo.
Houve até uma vez que passaram a não suspender os alunos. Eles eram colocados a limpar o corredor. Mas isso era só para os pobres porque sempre os pais dos “kopus letis” vinham e diziam que os seus filhos pagam muito caro a propina para estarem a limpar a escola e eles não limpavam.
Outras questões são: as casas de banho são sujas, mas quando estavam limpas as continas não deixavam os pobres utilizar.
Por isso numa escola quando existem alunos de diferentes condições nunca os diferenciem, tratem todos por igual sem diferenciá-los porque todos nós somos um.
O meu conselho é este: não faça aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti. Se estivesses no lugar deles trate sempre os alunos por igual sem os diferenciar porque um dia poderás estar nesta situação e quem sabe estarás a lhes pedir ajuda.

Cronista: Fábio Júnior Rocha Duarte Nº13 turma 10ºG

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Estratégias para reduzir a ansiedade nos testes


Fonte: http://www.educare.pt/
Por: Adriana Campos

Estudar a matéria toda na véspera do teste apenas serve para aumentar o cansaço e o nervosismo e reduzir a capacidade de raciocínio para responder ao teste.

O que fazer para ajudar aqueles cuja ansiedade nos testes é geradora de insucesso?

Esta questão não pode efetivamente cair no esquecimento uma vez que a realização de testes é fonte de grande ansiedade e sofrimento para muitos estudantes.
Na redução da ansiedade nos testes é fundamental ter em consideração três fases: a fase que antecede a sua realização, o teste propriamente dito e a fase do pós-teste.
O período que antecede a realização do teste é determinante para a redução da ansiedade. Se, ao longo do processo de desenvolvimento da criança, os adultos que a rodeiam lhe forem incutindo a mensagem de que são capazes, estas mais facilmente irão ter confiança em si mesmas e desenvolverão expectativas positivas face à sua capacidade de resolver problemas. Este processo implica que os educadores deem progressivamente cada vez mais autonomia à criança. Se existir sempre um adulto (pais, explicadores) na retaguarda para resolver todos os problemas da criança, nomeadamente no que se refere a questões académicas, esta mais dificilmente desenvolverá confiança na sua capacidade de ultrapassar as dificuldades sozinha.
Um outro fator que frequentemente aparece associado à ansiedade nos testes é a não aplicação de técnicas de estudo adequadas às disciplinas e aos domínios envolvidos. Por esta razão, é fundamental ajudar os estudantes a desenvolverem estratégias nesta área, tais como preparar os testes com antecedência, distribuindo as matérias pelos dias que antecedem a sua realização. O dia anterior deve ser apenas destinado à revisão geral, através da leitura dos sublinhados, esquemas e resumos feitos nas sessões de estudo anteriores. Estudar a matéria toda na véspera do teste apenas serve para aumentar o cansaço e o nervosismo e reduzir a capacidade de raciocínio para responder ao teste. Uma prática também muito frequente entre os estudantes que apenas leva ao aumento da ansiedade e à diminuição da capacidade de resposta nos testes é a realização da última revisão nos intervalos pequenos, no dia da realização do teste, devendo por isso esta deixar de existir.
Habitualmente os estudantes com ansiedade nos testes durante os períodos de avaliação apresentam múltiplos pensamentos negativos que bloqueiam a sua capacidade de resposta. Pensamentos como: 'O teste está a correr-me muito mal', 'Vou tirar negativa', 'O teste está a correr bem aos outros colegas, só a mim é que está a correr mal' são frequentes. Ajudar os estudantes a identificar estes pensamentos negativos, parar para refletir sobre as suas causas e ajudar a substituí-los por outros mais positivos é fundamental para a obtenção de sucesso.
A má gestão do tempo é outro fator que afeta a boa realização dos testes e que pode gerar ansiedade. Para evitar que isto aconteça, é fundamental sensibilizar os alunos para a importância de ler todo o enunciado no início e distribuir o tempo disponível pelas diferentes questões em função do seu grau de dificuldade.
No período do pós-teste, é fundamental a compreensão dos resultados obtidos. Os maus resultados são frequentemente interpretados como sinónimo de incapacidade. Este tipo de interpretação só contribuiu para diminuir a autoconfiança, levando ao desinvestimento. Para que tal não aconteça é fundamental analisar as razões do insucesso e transformá-lo numa oportunidade de aprendizagem e de autoconhecimento.
Estudos realizados demonstraram que na redução da ansiedade é muito importante o treino de competências em várias áreas onde o aluno é pouco eficaz, nomeadamente o treino de competências de estudo e de preparação e execução eficaz dos testes. Por esta razão refere-se alguma bibliografia que o poderá ajudar nesta difícil missão de reduzir a ansiedade na avaliação.

Bibliografia

'Ensinar a estudar aprender a estudar'. Armanda Zenha, Carla Silva, Carlos Januário, Cláudia Malafaya, Isabel Portugal. Porto Editora.
'Área de estudo acompanhado. O essencial para ensinar a aprender'. Ariana Cosme e Rui Trindade. Edições Asa.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

(A)pago os ões (versão impressa no jornal A semana - 6 de janeiro de 2012)

Aprendi na claridade das velas que o “ão” tem três plurais: ães, ãos e ões. Decidi então procurar nas lamparinas do meu juízo um palavrão para ver com qual eu podia ter a luz ideia de iluminar essa clari-cidade: dei de caras com um… apagão.

Nesses dias de Natal “Festa de Luz”, bruma que reluz e frio que seduz estar sem energia elétrica da ELETRA* É LETRA. O mais normal assunto do dia-a-dia. Agora, por exemplo, estando eu a ouvir “ lá na céu bó é um strela qui ca ta brilhá…” fico com vontade de transportar para minha realidade “…li na tera bó é lânpida ki sa ta fitxe-fatxe, gilera ta kongela ta diskongela, motoris ta ronka funaná na rua”. Porém, duvido se a eletricamania praiense que viruscendiou pelo país me permitirá. Se não conseguir é porque houve um “black out” ou… um branco!

O normal nesta cidade, num verão (todo o ano) frio ou mornal, é a falta de energia. Todos se queixam. Eletra dos fornecedores de combustível. Fornecedores de combustível da Eletra. Eletra dos consumidores. Consumidores da Eletra. Câmaras municipais da Eletra. Eletra das câmaras municipais. Governo da Eletra. Eletra do governo. Eletra de Cabo Verde. Cabo Verde da Eletra. Eletra do planeta Terra. Planeta Terra da Eletra… e que Deus não nos escute mais essa meditação, reza ou oração.

Acho que está faltando alguém aí, heim! Quem será? Hã, bomm: Os que não consomem, ou melhor, os que não pagam pelos com-sumos. Porque estes bebem noutros fornecedores. Consomem noutros com-sumo-dores. Moram noutros municípios. São governados noutros países. Residem noutras Cascas de Banana Verde.

Casa sem luz elétrica todos reclamam, todos discutem e ninguém tem luz eletra. Os afortunados pelo azar têm a buena-dicha de serem eles que vão pagar os com-sumos da iluminação pública porque os com-sumo-dores não estão (dis)postos a tirar o pouco da muita miséria que recebem para pagar aquilo que neles é ligação ilegal na iluminação legal numa pública geral.

Quem fiscaliza a legalidade energética? Quem faz as alegadas ligações? Quem paga por elas? Quem ganha com isso? Consumidores ou com-sumo-dores? Hão-de (as)sumir com a questão.

Convenhamos que quem venha a seguir é quem está à frente. E os últimos serão sempre os últimos. E os primeiros… serão sempre os primeiros. Pago para ter luz e fico no escuro, apago a luz e lá vem a conta maior para pagar. Se não (a)pago sou um (a)pagão!

“Céus! Eletra, isto é um dilema: pagar ou não pagar.” Tenho, de fato, um bilema: se não pagar, fico sem luz. Se pagar fico com apagão. Nessa praga nada se apaga, tudo se paga… No escuro. Nessa escuridão… pago ou apago?

Se não fosse as ligações diríamos: “O último a sair apague a luz, por favor. Não! Quem sair primeiro desligue a luz e quem vier atrás… que fique no escuro” e, que no final do mês paga para não sofrer cortes, taxas de religação e juros sem pressa nenhuma.

E o que vai à frente não alumia duas vezes? Ou estou enganado, ou é a lâmpada que está fundida? Ir à frente ou não ir à frente? Eis a questão: To light or not to light? Entre “light” e “kafuka” o melhor mesmo é ter pilhas para isto porque senão… senão o quê? Ficamos sem energia!

Ricardino Rocha, 27.12.2011
http://www.9e10dejunho.blogspot.com/  ou no jornal impresso Asemana do dia 6 de janeiro de 2012.

*Não confundir Electra com Eletra: Segundo o NAO (Novo Acordo Ortográfico). Eu concluo como vocês. Como sou uma pessoa muito positiva, prefiro o SIM (Sempre Interpretando Mal)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Formação para professores de língua portuguesa

Olá pessoal do " Tá de quanto".
Não se esqueçam que na próxima semana vai haver aquela formação  para professores de língua portuguesa, principalmente a turma que foi pro Brasil no âmbito do PLLN, em Fortaleza.
Divulguem essa mensagem a todo o pessoal e a outros interessados.
a formação terá lugar no Centro Cultural Brasil Cabo Verde ( CCBCV), Palmarejo de 9 a 13 do corrente mês, provavelmente das 17 às 20 horas.
Ricardino Rocha

Boas entradas em 2012

O nosso bogue nesses  dois anos conseguiu ser um dos blogues mais acessados em Cabo Verde e, como blogue sobre língua portuguesa mais acessado no país com  3255 acessos. É obra! Graças a vocês que fazem parte deste nosso mundo cibernético.A todos os ciernautas e amigos, professores e alunos um feliz 2012!
Ricardino Rocha