sábado, 3 de março de 2012

Crónica de Patrick Cruz

A ignorância de um cabo-verdiano

Sempre é assim, incrível, uns contra outros, porquê? Estou a falar de algumas pessoas que pensam e que acham que são superiores aos outros.  
Sou da ilha de São Vicente, algumas pessoas dizem que a ilha é pequena, mas acho que não é. Vocês sabem que cada ilha tem pessoas diferentes em termos de pensar, falar, agir e até mesmo de brincar. Estou a falar de algumas pessoas que gostam de se colocar em cima dos outros, dizem que a sua ilha é melhor, que a sua forma de falar é mais «sab» enfim…
Eu sei que cada um defende a sua ilha, mas para quê discutir se ninguém é culpado de ser assim ou que a sua ilha é diferente das outras, sabendo que ao discutir não vão ganhar nada em troca. Em Cabo Verde todos dizem que são «fortes», mas esquecem que na verdade todos nós somos iguais, nem fortes e nem fracos.
Todas as ilhas têm problemas, em termos de violência, de pobreza, de desigualdades sociais, etc., mas ninguém é culpado da sua ilha ter esses problemas, por isso não vale a pena dizer que numa determinada ilha, a forma de falar é para os «Patchitchas» ou noutra ilha as mulheres se oferecem demais, mas esquecem de que nós não somos ninguém para julgar alguém e pior ainda as ilhas de cada um e as formas que cada um escolhe para viver.

Se numa ilha é de uma forma que não apetece alguém, para quê criticar? Mas a verdade é que sempre criticam, criticam, sem saber o que estão a falar, eles ouvem alguém a dizer algumas coisas e dizem “é verdade, é assim mesmo” e no fim dizem “un teni gana di conchi bu ilha, es flam ma lá ê sabi”.

Eu não entendo porquê que todos não agem assim. Mas esquecem que todos nós somos do mesmo país e todos somos… cabo-verdianos.
Cada um devia viver na realidade e não na desigualdade e parasse com a ignorância e que experimentasse uma forma de esperança que todos possamos viver na tranquilidade. Vamos viver na verdade, na realidade, na tranquilidade e na igualdade.
Cronista: Patrick Júnior da Cruz  N´16 Turma: 10º F
Professor: Ricardino Rocha   

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