quarta-feira, 28 de setembro de 2011

EU CONTO UM CONTO

AIDA E A FÁBRICA DOS CHOCOLATES  
     Era uma vez uma menina chamada Aida. O sonho dela era poder entrar numa fábrica de chocolates porque afinal ela era louca por chocolates e doces, tanto que um dia ao ir dormir resolveu rezar e pedir a Deus que um dia tivesse a oportunidade de conhecer uma das fábricas que existia no seu país.
     Um dia Deus resolveu atendê-la, mas de uma forma imaginária, ou seja, ela estaria dormindo e começando uma doce aventura nos seus sonhos. Aida nem imaginara a doce aventura que a esperava ao cair da noite.
     Aida nos seus dias normais levantou-se cedo, preparou-se e foi para a escola, voltou da escola e logo perguntou à mãe:
     – Mamã, onde estão os doces? – disse Aida pousando a mochila num canto.
     – Boa tarde para ti também. E acerca dos doces estão com a Amina. – respondeu a mãe.    
     Aida com toda a sua ansiedade e fome disse à irmã:
     – Amina, onde estão os doces?
     – Dentro da última gaveta. – Respondeu a irmãzinha.
     Eram já 6:30 quando a Aida chegou à casa, logo anoiteceu. Às 10:00 a Aida deu boa noite nos pais e nos irmãos e foi-se deitar. Agora sim, a Aida estava perto da aventura.
     Aida rezou e deitou-se, fechou os olhos e começou a tão esperada aventura.
     Aida acabou de fechar os olhos e, de repente, estava numa fábrica de chocolates de todas as cores, mas só que a Aida não estava sozinha, ela estava acompanhada de um amigo que não é bem bem um humano, era um camaleão de nome kiko. A nossa aventureira começou a bisbilhotar a fábrica para tentar encontrar alguém com quem falar, ela sentiu um barulho das máquinas e pensou «Será que pode ser alguém a trabalhar? Tomara que seja simpático.» Ela avançou passando os olhos grossos e negros em todos os cantos.
    Ela chegou num lugar gigantesco onde, de facto, estava pessoas a trabalhar, todas as pessoas que lá havia estavam muito ocupadas a desempenhar a sua função. Aida estava esbarando em todos até que por sua sorte chegou um animal estranho, era um suricate que lhe disse:
     – O que uma menina linda como tu está a fazer aqui nesta fábrica tão esquecida pelo tempo? – Disse suricate.
     – Quem…quem és tu?
     – Oh, esqueci-me de me apresentar. Chamo-me Timon. – disse o suricate beijando a mão da jovem.
     – Prazer, o meu nome é Aida. Porquê estão todos a trabalhar assim no domingo?
    – Filha, esqueces que as pessoas lá fora comem chocolates no domingo?
    – Podes mostrar-me a fábrica? Gostava muito de o conhecer melhor.
     – Claro, minha pequena.
     A Aida foi seguindo atrás do seu mais novo amigo Timon, eles entraram numa sala maior do que a primeira onde somente estava duas pessoas a fazer chocolates com as mãos para poder fazer a forma redonda, eles se aproximaram da Aida e se apresentaram uma delas se chamava Kate e o rapaz se chamava Christian.
     De repente um sino tocou Aida curiosa perguntou:
     – Que sinal é esse?
     – Não fiques assustada é só o sinal de que começou o jantar, vamos!
     – Não estou com muita fome.
     – Nem eu. – Respondeu Christian.
     – Tenho uma ideia. Porque não mostras a fábrica para a Aida, Christian? – Sugeriu Timon.
     – É. Pode ser. – Disse Christian.
     Então a Kate e o Timon saíram da sala e foram jantar. A Aida e o Christian começaram a andar e chegaram num corredor sem fim, a Aida para quebrar o gelo meteu conversa dizendo o seguinte:
     –Então, qual é a tua função aqui, que fazes?
     – Eu sou encarregue de empacotar os chocolates. Como vieste parar aqui?
       – Não sei de repente, fechei os olhos e quando dei por mim estava aqui. Podias explicar-me porque trabalham aos domingos porque a explicação que o Timon deu não me convenceu.
     É verdade, ele não disse a verdade. Trabalhámos nos domingos porque um homem muito mau quer lucrar mais, para poder comprar umas bombas nucleares para destruir uma parte da Terra e como os chocolates dele é conhecido pelo mundo inteiro fez-nos trabalhar o quádruplo para ganhar mais dinheiro e além de ser dono desta fábrica ele é empresário. – Explicou o Christian.
     – Nós não podemos deixá-lo fazer isso, temos de arranjar um plano infalível.
     – Há meses que tentamos fazer isso mas não temos tido muito êxito.
    – Amanhã vou ver se consigo arranjar um plano.
    – Não achas que estás a arriscar demais por nós? – Perguntou o Christian admirado com a coragem da menina.
     – Não há nada que eu não faça para ver os meus amigos bem.
     – Alguém já te disse que tens os olhos mais lindos do mundo?
     – Não mas obrigada.
     – Vamos comer agora já me deu fome. – Propôs o Christian.
       – Okay, a mim também a fome já bateu à porta. – Concordou a Aida.
       Eles puseram-se a caminho da cantina quando esbararam com o chefe deles.
     – Que venha a ser isso? Quem és tu? – Perguntou o chefe chamado Bob.
     Num ápice a Aida respondeu pronta e convicta de que o chefe Bob ia acreditar nela:
    – Sou, pois meu senhor nova funcionária deste estabelecimento.
     – Ai é? E que função desempenha, senhorita?
     – Hã…minha fun…função?
     – É, por acaso ficaste surda?
     – Meu senhor ela trabalha na mesma área que eu, empacota os chocolates. – interveio Christian.
     O chefe olhou-os desconfiados mas deu a volta e foi. A Aida e o Christian olharam-se e desataram a rir.
     – Acabaste de conhecer o nosso chefe, n0va funcionária. – Gracejou Christian.
     – Nossa, essa foi por pouco quase que me pega.
     Acabaram de conversar e foram directos para a cantina onde se sentaram e comeram.
    Pouco tempo depois anunciou-se o toque da recolha, todos se levantaram e começaram a andar rumo aos seus quartos. Aida mais uma vez perguntou de que toque se tratava e Kate respondeu:
     – É o toque de recolha.
     – Mas eu não tenho um quarto! – Gritou desesperadamente a Aida.
     – Tinha-me esquecido desse pormenor. Mas não te aborreças podes dormir comigo no meu quarto. – Disse a Kate.
-Ainda bem vão mas é dormir. – Concluiu Timon.
 Rápido fez-se noite, a noite era tão calma que até podia ouvir-se o canto dos grilos que fez companhia à Aida durante a noite que não pregou os olhos a tentar fazer um plano para deter o chefe. No meio da noite ouvia-se uns rabiscos feitos pela Aida no papel eram, tantos rabiscos que a Aida deu conta de que tinha acordado a amiga Kate.
-Mas com mil caraças que estás tu a fazer?-perguntou Kate esfregando os olhos.
-Estou a montar um plano para deter o teu chefe.
 -Mas tinha que ser à noite? Não podias ter usado o dia para tal?
-Deixa-te de palermices sabe bem que se o fizer durante o dia vai dar muita bandeira. Agora cala-te e põe-te a dormir que já se fez tarde. – Repostou a Aida.
-Está bem. Boa Noite.
A Kate respeitou a vontade da amiga e deitou-se.
Amanheceu num estalar de dedos e a Aida eufórica correu em direcção da amiga e disse: 
-Cocorocó, já amanheceu.
-Ah não já? Ué, porquê estás tão satisfeita sonhaste com um príncipe encantado de nome CHRISTIAN?
-Deixa-te de idiotices estou assim porque arranjei um plano.
-Ai é?! Conta-me o teu PLANO que dizes ser espectacular.
-Não, nem pensar minha menina conto-vos a todos lá na cantina quando formos tomar o pequeno-almoço, agora despacha-te.
-Está bem. Em 10 minutos estou pronta.
Enquanto a Kate arrumava-se, a Aida estava já a dar os últimos retoques no plano.
O Timon e o Christian já estavam na cantina quando apareceram a Aida e a Kate já prontas para contar o sucedido.
-A Aida tem uma coisa para contar-vos. – Anunciou Kate.
-Andei a noite inteira a planear isto. – Disse a Aida pousando o papel na mesa onde estavam.
Eles puseram a examinar se de facto o plano era bom, até que responderam.
-Cá para mim parece-me um bom plano falta ver se realmente funciona. – Observou o Christian.
-Sempre a defender a AMADA não é Christian?-brincou a Kate.
-Isso não se trata de defender mas sim de observar e olha eu sou muito bom observador por acaso. – Rematou Christian.
 -Vamos mas é comer que a minha barriga está a andar às rodas. – Disse Timon.
-Tens razão. – Responderam em coro.
Enquanto estavam a comer, via-se ao longe uma pessoa a chegar, todos ficaram perplexos: era o seu chefe que chegara com uma das funcionárias arrastada pelo cabelo e ensanguentada. Ele logo anunciou:
-É isso o que vos acontece quando tentam fugir daqui, que isto vos sirva de exemplo.
Um dos funcionários levantou-se e foi socorrer a moça mas já estava morta. A Kate cheia de medo olhou para a Aida e comentou:
-Não sei se consigo fazer isto. Já imaginaram o que nos acontece se tentarmos fugir?
A Aida pegou na mão da menina e disse:
-Estamos juntos nessa, ninguém vai se machucar prometo-te. Por favor confia em mim.
 Ela concordou e todos deram as mãos como se fizessem uma corrente de fé. Mas Aida queria saber com quem estava a lidar e sussurrou ao ouvido do Christian:
-Porque é que não saem desta fábrica mesmo sabendo que correm perigo de vida?
-Não dá para sairmos da fábrica porque senão ele nos mata e mata também os nossos familiares. Mas se tivermos uma fuga organizada saímos com os nossos parentes do país e ele não nos encontra mais e é isso que tenciono fazer amanhã, escapar desta fábrica e fugir desse país. – Explicou o Christian.
Os funcionários retiraram o cadáver dali e reuniram de novo para terminarem o pequeno-almoço e claro que alguns não tiveram estômago para continuarem a comer.
O pequeno-almoço já tinha terminado, os jovens levantaram-se e dirigiram aos seus postos. Quando estavam a levantar para sair da cantina Christian lembrou à Aida de que trabalhava agora com ele e se tencionasse manter o seu disfarce tinha de ir para a sala para empacotar os chocolates, Aida afirmou que não se tinha esquecido e que se encaminhava para lá agora mesmo. Lá foram eles seguindo para a sala de empacotar os chocolates.
Passou a hora de almoço e rapidamente chegou a hora de jantar. Reuniram-se numa mesa e puseram a falar:
-É hoje às 4:30 de madrugada. – Disse ansiosamente a Kate – mas nós não temos o
 Mapa?
-Deixa que eu trato dessa parte. – Disse Aida.
-Ai é? E como vais fazer isto? Olha que ainda te vais sair mal. – Comentou Christian.
 -Não te agonies, vou sair bem.
Terminado de dizer isto, a Aida encaminhou-se para a sala do chefe Bob onde entrou de fininho e começou a procurar o bendito mapa. Vasculhando assim em todas as gavetas, em todos os armários finalmente encontrou um mapa, abriu-o e viu logo que se tratava do mapa pelo qual estava à procura. Acabou de mexer, fechou as gavetas e os armários e de repente pareceu-lhe ter ouvido a maçaneta a rodar: de facto não ouviu mal a porta tinha-se aberto, com medo de ser vista com o mapa guardou-o dentro das calças. Era o chefe Bob que tinha entrado na sua sala e logo que viu a Aida perguntou:
-Mas que é que estás a fazer na minha sala menina Aida?!
-Meu senhor vim cá à procura do senhor. – Respondeu Aida sem pensar no que disse.
-Muito bem, cá estou eu. Em que posso ser-lhe útil?-perguntou curioso o Bob.
-Preciso que o senhor me conceda um…um…
 -Um, o quê?
-Um dia de folga porque estou com dores nas costas.- Disse Aida o mais depressa possível para não levantar mais suspeitas.
-Desejo concedido. Não quero que nenhum dos meus trabalhadores mal disposto. Podes ir.
Aida retirou-se da sala rapidamente para que não houvesse mais tumultos. Entrou no quarto onde tinha-se estabelecido e lá encontrou os amigos que a aguardavam ansiosos por saber como correra a aquisição do mapa.
-Encontrou o mapa? – Perguntou o Timon muito apreensivo.
-Foi um sucesso. – Respondeu Aida.
Dizendo isso todos a fitaram. Ela acabou por concluir:
-Na verdade, o Bob chegou a pegar-me e perguntou-me o que fazia aí e respondi-lhe com uma mentira simples mas tirando isso correu lindamente.
-Como passamos pelos guardas? – Perguntou Kate.
-Usas o teu charme, atrai-os e leva-os até um lugar onde estaremos eles viram-se de costas e acertamo-los.
-Entendi. – Afirmou a Kate.
-Aí passamos pelo portão e estamos livres. Falta sairmos do país mas isso o Timon cuida.
-Tens algum familiar Kate e Timon? – Perguntou Christian.
-Eu não tenho. Minha mãe faleceu há dois anos e o meu padrasto é um bêbado, descuidado que vive nos bares dos arredores da casa.- Respondeu Kate.
-Eu sou órfão, meus pais morreram quando tinha dois anos num acidente de avião. – Disse Timon. 
-E tu Christian? Vives sozinho? – Perguntou Aida a armar-se em detective policial.
-Eu sou hã…digamos “aventureiro”, tenho espírito de pássaro ou seja sou livre, leve e solto.- Disse Christian por sua vez.
-Eu moro num lugar muito distante daqui. – Proferiu Aida
Eles estavam a terminar o plano quando tocou as nove badaladas. Os rapazes saíram do quarto e recolheram-se nos seus quartos.
Nessa noite nenhum dos jovens pregou os olhos, tanto que a hora marcada estava perto, sentia-se as palmas das mãos assuadas, um friozinho na espinha e mais.
                           FINALMENTE CHEGOU A HORA MARCADA: 4:30 
Mesmo em cima da hora, os rapazes bateram à porta e entraram logo depois saíram todos de fininho para não acordar quem quer que fosse.
A Kate seduziu os guardas como planejado e acertaram-os na cabeça com muita força.
Pegaram as chaves e foram aos portões, para o seu espanto depararam com o chefe Bob que lhes falou:
-Vais-te arrepender de ter feito isso Aida, infiltrares-te na minha fábrica, ajudar na fuga dos funcionários… Vais pagar com a tua vida – acabou de dizer isto e mirou uma espingarda no peito da Aida.
O Bob estava tão fora de si que estava disposto de fazer isto. Christian tentando salvar a amiga disse ao Bob o seguinte:
-Vamos resolver isso com calma assim não magoamos ninguém. Dizendo isto o Bob ficou mais fora de si.
Por sorte dos jovens aventureiros apareceu um homem que tinha assistido a cena até então e atirou uma faca nas costas do Bob. Quando a faca penetrou o Bob ele soltou um tiro antes e atingiu no braço do Christian, logo que a Aida viu foi socorrer o amigo.
O Bob morreu na hora e Aida levou o amigo ao hospital, chegou a hora de visitas a Aida foi ver o amigo e felizmente não foi nada grave.
-Como se sente?-perguntou a Aida cheia de preocupação.
-Bem. Vais voltar para casa hoje?
-Sim.
-Então é melhor despedirmo-nos. Obrigado por tudo, se não fosses tu não estaria aqui agora, obrigado.
-Não tem de quê foi um prazer menos aquela parte da espingarda. OK agora tenho de ir para casa-Aida deu um beijo no amigo fechou os olhos e quando os abriu já se encontrava em casa. Aida levantou ligeiramente correu as escadas abaixo e disse à irmã:
-Amina não vais acreditar no que aconteceu, eu estava numa fábrica de chocolates conheci um rapaz, um senhor e uma menina, eles eram meus amigos e eu…
-Mamã os doces de ontem fizeram a cabeça da Aida, ela agora anda a inventar coisas.- Interrompeu a Amina.
-Não foi simplesmente um sonho era como se estivesse lá.
-Deixa-te de tretas e vai-te vestir.
De repente veio a imagem dos amigos, uma imagem muito agradável. Daí a Aida teve a certeza de que não foi apenas um sonho.
                                                                           
 Autora: Aida Genabú Rodrigues De Sów Valdez (Nº2/9ºI)
                         
                                                                                                  

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