sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Limpeza docêntica na UNICV



“Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçada continuarão glorificando o caçador” – Provérbio africano

(OBS: Este artigo tem um ano de atraso, mas continua actual)
No ano lectivo de 2011/2012 a UNICV, universidade pública de Cabo Verde decidiu afastar das suas fileiras docentes que julgava-se a mais no contingente universitário.
Uns falam em vinte, outros falam em 40 professores, mas o nos interessa é que houve uma “limpeza docêntica” universitária pela primeira vez em Cabo Verde.
No entanto, é um caso raro no país para os menos atentos ao que se tem passado nos últimos anos no universo universitário, senão vejamos:
Uma universidade, à semelhanças outros (sub)sistemas de educação, do onde a contratação de “profissionais” muitas vezes não é pelo profissionalismo nem pelo mérito, outras por situação duvidosa, corre-se sérios riscos de com o andar da carruagem fora dos trilhos. Temos muitos professores que, de repente voam de estagiários para supervisores de estágios! Com que experiência leva esse “ex-estagiário” para a supervisão? Coitados daqueles que se formam para formar cidadãos de futuro.
Ora, como uma universidade que quer ser “de excelência” com docentes com esse gabarito!? Mas nunca é tarde para se voltar atrás. Nesse ano em apreciação muitos foram os docentes universitários que voltaram às suas próprias origens. É no nesse processo obscuro de ascensão ao céu universitário, muitos subiram de foguetes e caíram de pára-quedas. Me pergunto: quem foi o indivíduo que deixou todas aquelas “frutas” serem apresentadas por Pinto da Costa? Nesse pomar, quem andava a colher as mesmas “frutas”? Como Mourinho falava aos jornalistas italianos essa ”prostituição intelectual” das pessoas leva a que muitos docentes se deixam levar pela promiscuidade de dar e receber “satisfação brasileira” nos estágios numa autêntica reprodução em série de candidatos à docência que não farão mais do que reproduzir os erros teóricos que os seus pseudo-mestres lhes passaram.
Quando uma pessoa não sabe de onde vem, não sabe para onde vai.
                                                                                                             Ricardino Rocha

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