O Centro Cultural Brasil Cabo Verde (CCBCV) organiza nesta Quinta. feira, 31 de maio, uma conferência/debate subordinado ao tema "Vida e obra de Jorge Amado".
A referida atividade realizar-se-á no Auditório do próprio Centro, às 18 horas.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
A vencedora do Concurso Nacional de Redacção Coca Cola
Para a aluna Erica Fonseca, este prémio apanhou-a de
surpresa porque não esperava ter ganho, visto que no concurso estavam
colegas de todas ilhas.
“Por isso, o sentimento é de muita alegria”, comentou.
Quando instado qual foi a sua inspiração para escrever a sua
redacção, Erica Fonseca disse que a poluição ambiental é um assunto que lhe
preocupa e por isso pensou em “escrever algo” sobre o tema para demonstrar a
sua inquietação, na medida em que gosta “muito deste planeta”.
“Escolhi o tema ‘vamos salvar o nosso planeta’, como forma
de chamar a atenção dos mais velhos de que é preciso fazer algo e urgente para
salvar o planeta, e espero que isso venha acontecer para o bem de todos nós”,
afirmou Erica Fonseca.
domingo, 27 de maio de 2012
Concurso Regional de Literatura: Escola Amor de Deus na final
A Escola Secundária Amor de Deus apurou-se para a final do Concurso Regional de Literatura produzido pelo Centro Cultural Brasil Cabo Verde.
Recorde-se que a ESAD de Terra Branca tornou-se a quarta e última finalista do concurso onde encontrará, na final à quatro, a ESAD de Palmarejo, escolas secundárias Manuel Lopes da Calabaceira e Cónego Jacinto da Várzea.
A finalíssima será no dia 23 de junho, Sábado, na Praça Café Sofia, no Plateau.P.S.: Agradecíamos aos professores e alunos da ESAD de Terra Branca que tivessem o logotipo dessa escola que nos enviasse.
Endereço de e-mail: ricarsir@gmail.com
sábado, 26 de maio de 2012
Vencedora do concurso Redação Coca Cola
Esta é a Érica Fonseca, aluna do 8º Ano que ficou em 1º lugar no concurso Nacional Redacção Coca Cola:
Ela é da Escola Secundária da ilha do Maio
Nossos parabéns!
Esperamos ter o seu texto para que todos os nossos estimados leitores possam ver e apreciar.
Crónica de João da Luz Ramos
25 DE MAIO - DIA DA ÁFRICA
HOJE DIA DA ÁFRICA
Hoje todos os rumos aportam à ÁFRICA, multinacionais
investem em peso nesse continente, os mais espertinhos já mudaram de mala e
cuia para a casa da mamãe ÁFRICA.
Dizem que Africa é futuro.....se calhar, mas precisamos
acabar com ondas de fomes e miséria e golpes de estado, que atinge alguns
países africanos, precisamos acabar com a ideia de mandar a ferro e fogo.....de
governar à força, ...ou seja precisamos respeitar a democracia, as crianças as
homens e mulheres humildes desse continente, para que todo o povo africano um
dia possa sorrir num só quórum sentir e viver o básico, ou seja o direito de ir
e vir e se manifestar livremente.
Lembro-me o que diz Nelson Mandela:
"Ainda há gente que não sabe, quando se levanta, de
onde virá a próxima refeição e há crianças com fome que choram."
Por outro lado, e não menos importante, é acabar com a
Xenofobia social o contra negros e mestiços, casos que diariamente acontecem pelo
mundo.
Africa é o Futuro vamos acreditar, até porque no FILME 2012,
que retrata o fatídico fim do mundo, ( aliás dizem que será em Dezembro
próximo), de todos os continentes, no final só permanecerá intacto à África,
onde se salvaram alguns sortudos e diga-se de passagem não eram africanos.
Bom, o filme termina aí, e nesse caso então, África é o
futuro continuemos a luta visando um futuro risonho para o bem do povo desse
sofrido continente, Mamãe ÁFRICA
Termino esta reflexão reportando novamente o ídolo africano
que todos conhecem ou ouvem falar;
" Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e
compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos." Nélson Mandela
JLR@mos
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Concurso de Literatura: Amor de Deus x Miraflores
É
já neste fim de semana ( Sábado, 26 de maio, às 16 horas) o concurso
que põe fim à quarta fase do Campeonato Municipal de Literatura. Frente
a frente Escola Secundária Amor de Deus de Terra Branca e Centro Educativo Miraflores.
Recorde-se
que na primeira fase estiveram frente a frente o Liceu Domingos Ramos do Plateau e
a Escola Secundária Cônego Jacinto, da Várzea, na segunda Escolas
Secundárias Manuel Lopes, da Calabaceira e a Constantino Semedo,
da Achada S. Filipe e na terceira fase, Escolas Secundárias Abílio Duarte do Palmarejo e Pedro Gomes de Achada Santo António.
O
concurso vai acontecer na Praça do Café Sofia e vai ter a transmissão
direta da rádio Praia FM2-Radiu Kultura. Os participantes são estudantes
do 11º ano da área de Humanística das duas escolas. O desafio é
responder a perguntas sobre literatura portuguesa.
Depois
das Escolas Secundárias Cónego Jacinto, Manuel Lopes e Abílio Duarte garantirem as suas passagens para
a próxima edição, nesta, é apurada a quarta e última escola que vai participar
da finalíssima, em Junho, onde as quatro escolas ganhadoras de cada
edição vão disputar o primeiro prémio com base num tema específico de
literatura de um país de língua oficial portuguesa, neste caso, a
literatura brasileira.
A
próxima edição do concurso, a finalíssima, vai decorrer nos finais de junho e vai colocar frente
a frente todas as quatro escolas vencedoras das edições anteriores.
Ricardino Rocha
Dado recolhidos do site: www.ccb.cv
Horários do programa "Literatura nas Ondas da Rádio"
Concurso Municipal de Literatura
Escolas em disputa: Amor de Deus e Miraflores
Escolas em disputa: Amor de Deus e Miraflores
Programa Literatura nas Ondas da Rádio
Quarta edição (Literatura Portuguesa)
Terças: 8h20, 15h, 19h20
Quartas: 10h10
Quintas: 20h30
Sextas: 15 h
Sábados: 15h e 19h30
Domingo: 10h e 16h
O coordenador,
Ricardino Rocha
terça-feira, 22 de maio de 2012
Crónica de Esmael Borges
Desabafo
Faz hoje uma semana que eu fiquei ferido na cabeça por causa de uma brincadeira que tive com um amigo. Bem, quem disse que não devemos ter um amigo? Devemos sim, mas só que na amizade devemos saber controlar as emoções e os impulsos, pois já presenciei e já brinquei brincadeira que acabou mal. Hoje em dia, as pessoas levam as amizades e as brincadeiras à sério. Normalmente tudo isso pode ser falso e traiçoeiro.
Podemos fazer brincadeiras com uma boa intenção e as consequências depois podem causar problemas tal como conflitos e desentendimentos. Tudo na vida tem um porquê e uma explicação, não há nada em vão. Brincar não é só divertir, dar gargalhadas e fazer o outro rir, mas sim temos que respeitar o gosto, a sua privacidade e, sobretudo, como e quando devemos brincar. Porque algo pode ser divertido para nós e irritante para os outros, nós devemos brincar dentro do respeito e na medida certa.
Devemos valorizar o que temos e lutar por aquilo que nós não temos.
Cronista: Esmael Borges
Aluno da ESAD (Escola Secundária Abílio Duarte) - Palmarejo, Cidade da Praia.
CCBCV - CONCURSO REGIONAL DE LITERATURA
CONCURSO REGIONAL DE LITERATURA
REGULAMENTO
Do Objetivo
O Concurso Regional de Literatura – Santiago Sul é um concurso que tem por finalidade estimular o gosto pela literatura e, paralelamente, promover uma disputa saudável entre as escolas do ensino secundário sediadas na região Santiago Sul.
Critérios de Participação
1 – O concurso Regional de Literatura é de caráter competitivo e classificatório;
2 – O concurso é organizado em duas fases, a primeira é a inter-escolas, com duas escolas a serem submetidas a disputa, e a segunda é a finalíssima, onde as vencedoras da primeira fase farão todos contra todos;
2 – O concurso é destinado, exclusivamente, a alunos do 11º ano da área de Humanística das escolas públicas e semi-públicas;
3 – Caberá a professores de língua portuguesa ou coordenadores da disciplina organizar a participação da escola e a lista dos participantes;
4 – Cada equipe, de cinco alunos, terá um porta-voz, responsável pela apresentação das respostas durante a disputa entre escolas;
4- Os conteúdos para o concurso serão transmitidos na rádio Praia-FM 2 - Rádio Kultura, no Programa Literatura nas ondas do rádio;
5 – A fase de disputa entre escolas do concurso terá por base um questionário de 10 perguntas – 5 para cada equipe;
6 – As perguntas serão feitas de forma alternada para cada uma das equipes.
7– As equipes terão dois minutos para responder cada pergunta;
8 – O porta-voz pode discutir com a equipe a resposta no tempo estimulado.
9 - O presente concurso começa em Fevereiro, com a disputa da primeira dupla, e termina em Julho, na semi-final;
10 - A participação neste concurso implica na aceitação total e irrestrita de todos os itens deste regulamento.
Critério de desempate:
Caso houver empate, no final das 10 perguntas, optar-se-á pela morte súbita. Deste modo, pode haver perguntas extras (suplentes).
Da Premiação:
Computadores, impressora e uma biblioteca para os três melhores classificadas.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Teste de 12ºAno - Humanística
Ano Lectivo 2006/07
Ministério da Educação e Ensino superior
Escola Secundária do Palmarejo
1° Teste Sumativo de Língua Portuguesa – 3° trimestre 12º ano Humanística03/05/2007
Lê as perguntas e responde, com clareza e correcção, às questões seguintes:
I
1. “ A Questão Coimbrã marcou o início do Realismo em Portugal. Nela manisfestou-se, pela primeira vez, o protesto da Geração de 70 contra o exagero do gosto romântico.” (6 valores)
1.1. Desenvolve a ideia expressa na afirmação dada, destacando:
· O objectivo da Questão Coimbrã;
· O papel da Geração de 70 na implementação do Realismo em Portugal;
· Conceito do realismo;
· As características do Realismo;
II
1. Segundo Manuel Ferreira, “ Tirante um Pedro Corsino de Azevedo, um Pedro Cardoso e um Eugénio Tavares, os escritores de Cabo Verde jamais tinham pensado na sua terra em termos de recriação artística… toda a cultura se manifestava era tecida no húmus da raiz metropolitana (…)”Explica a afirmação dada, não te esquecendo de apresentar as principais características da produção literária da Pré-Claridade. (5 valores)
2. Lê as afirmações que se seguem e trancreve para a folha de teste as que consideras como verdadeiras: (3 valores)
a) Os claridosos aderiram à Negritude;
b) Baltazar Lopes, Manuel Lopes e Jorge Barbosa foram os precursores da Claridade;
c) A expressão “fincar os pés na terra” expressa a ideia da cabo-verdianidade;
d) A expressão “fincar os pés na terra” expressa a ideia da cabo-verdianitude;
e) O grupo do Suplemento Cultural defendia os valores da cultura negra.
2. Lê as afirmações que se seguem e trancreve para a folha de teste as que consideras como verdadeiras: (3 valores)
a) Os claridosos aderiram à Negritude;
b) Baltazar Lopes, Manuel Lopes e Jorge Barbosa foram os precursores da Claridade;
c) A expressão “fincar os pés na terra” expressa a ideia da cabo-verdianidade;
d) A expressão “fincar os pés na terra” expressa a ideia da cabo-verdianitude;
e) O grupo do Suplemento Cultural defendia os valores da cultura negra.
3. Refere-te à importância do movimento claridoso para a cultura cabo-verdiana. (6 (valores)
Teste de12º Ano - Humanística 2º trimestre
Ano Lectivo 2006/07
Ministério da Educação
Escola Secundária do Palmarejo
2º Teste Sumativo de Língua Portuguesa – 2° trimestre 12º ano Humanística 21/03/2007
Insônia
Ó retrato da Morte, oh Noite amiga!
Por cuja escuridão suspiro há tanto!
Calada testemunha de meu pranto,
De meus desgostos secretária antiga!
Pois manda Amor que a ti somente os diga,
Dá-lhes pio agasalho no teu manto;
Ouve-os, como costumas, ouve, enquanto
Dorme a cruel, que a delirar me obriga.
E vós, oh cortesãos da obscuridade,
Fantasmas vagos, mochos piadores,
Inimigos, como eu, da claridade!
Em bandos acudi aos meus clamores;
Quero a vossa medonha sociedade;
Quero fartar meu coração de horrores.
Bocage, Sonetos
I
1. Refere ao tema tratado no poema.
1.1. Explica, por tuas palavras e com exemplos do poema, como é que o poeta desenvolve esse tema ao longo do Soneto.
1.2. Diz qual é o estado psicológico do sujeito poético e as causas que o justificam.
2. Neste Soneto denota-se que há uma relação positiva entre o poeta e a noite. Fundamenta esta afirmação, exemplificando com versos do poema.
3. Identifica e define dois (2) recursos estilísticos presentes no poema.
4.1. Exemplifica os recursos identificados em 4 com versos do poema.
5. Enquadra Bocage na(s) tendência(s) literária(s) a que pertence, salientando as características dessa(s) tendência(s) no poema.
II
1. Escolhe uma das opções a seguir apresentadas e desenvolve-a com base nos conhecimentos adquiridos nas aulas e nas leituras que tenhas feito.
A - O Romantismo em Portugal conheceu duas fases: uma fase de investigação das suas raízes e uma fase de implementação das influências românticas propriamente dita. Tendo em conta esta afirmação, explica o aparecimento do romantismo em Portugal.
B - Numa pequena composição, relaciona o Neoclassicismo e o Romantismo, não te esquecendo de mencionar os seus principais precursores.
I
1. Refere ao tema tratado no poema.
1.1. Explica, por tuas palavras e com exemplos do poema, como é que o poeta desenvolve esse tema ao longo do Soneto.
1.2. Diz qual é o estado psicológico do sujeito poético e as causas que o justificam.
2. Neste Soneto denota-se que há uma relação positiva entre o poeta e a noite. Fundamenta esta afirmação, exemplificando com versos do poema.
3. Identifica e define dois (2) recursos estilísticos presentes no poema.
4.1. Exemplifica os recursos identificados em 4 com versos do poema.
5. Enquadra Bocage na(s) tendência(s) literária(s) a que pertence, salientando as características dessa(s) tendência(s) no poema.
II
1. Escolhe uma das opções a seguir apresentadas e desenvolve-a com base nos conhecimentos adquiridos nas aulas e nas leituras que tenhas feito.
A - O Romantismo em Portugal conheceu duas fases: uma fase de investigação das suas raízes e uma fase de implementação das influências românticas propriamente dita. Tendo em conta esta afirmação, explica o aparecimento do romantismo em Portugal.
B - Numa pequena composição, relaciona o Neoclassicismo e o Romantismo, não te esquecendo de mencionar os seus principais precursores.
Bom Trabalho!
OBS: Teste elaborado pelos estagiários da ECVP do ISE
terça-feira, 15 de maio de 2012
segunda-feira, 14 de maio de 2012
As novas tecnologias: unem as pessoas ou não?
A grande facilidade com que os
usuários do Facebook podem agregar "amigos" a seu perfil, a
simplicidade com que as pessoas podem conversar através dos diversos chats com
outros "amigos" ou "seguidores", muitas vezes espalhados
pelo mundo inteiro, e outras realidades, pareceriam inclinar pelo
"sim" à pergunta de se as novas tecnologias facilitam as relações
humanas.
Entretanto, um olhar crítico sobre essas amizades cibernéticas,
realizada por uma psicóloga, professora do Instituto Técnológico de
Massachussets - MIT, nos indica o espaço examinador de todos estes
intercâmbios.
No inteligente editorial publicado na edição digital do New
York Times de 21 de abril, SherryTurkle invoca sua experiência na matéria para
opinar: "Nos últimos 15 anos, tenho estudado tecnologias de conexão móvel
e conversei com centenas de pessoas de todas as idades e circunstâncias sobre
as suas vidas "conectadas". Eu aprendi que os pequenos dispositivos
que carregamos são tão poderosos que podem mudar não só o que fazemos, mas
também quem somos", disse.
O que que foi dito parece uma banalidade, pois, tudo o que o
homem faz, de alguma maneira, o transforma. Entretanto, não é banal de maneira
nenhuma a profundidade dessas mudanças, particularmente no que se refere ao
relacionamento com nossos semelhantes.
"Nós nos acostumamos a uma nova forma de estar "a
sós".
Tecnologicamente habilitados, somos capazes de estar um com
o outro, e também em outros lugares, conectados onde queremos estar. Queremos
personalizar nossas vidas. Queremos entrar e sair de onde estamos porque a
coisa que mais valorizamos é o controle sobre onde focamos nossa atenção.
Nós nos acostumamos com a ideia de estar em uma tribo de um,
fiel ao nosso próprio partido": Uma dissertação muito interessante.
A tecnologia nos permite então, com maior ou menor
facilidade, pensar e dedicar preferentemente nossos sentidos à aquilo que nos
interessa ou nos agrada.
De fato, não cremos ser os únicos que experimentaram a
tentação (e talvez caído nela) de perguntarmo-nos e olhar o que nos chegou no
e-mail enquanto estamos em uma reunião de trabalho, social ou familiar, ou até
inclusive enquanto escutamos algum sermão dominical não muito ameno.
Mas isto que os antigos poderiam qualificar como falta de
educação -não dedicar os 5 sentidos ao interlocutor, ou ao expositor- é
qualificado por muito de nossos jovens nativos digitais como uma
"skill" a ser conquistada. Assim constatou nossa psicóloga:
"Meus estudantes me falam sobre uma nova e importante
habilidade: trata-se de manter contato visual com alguém enquanto escreve uma
mensagem, é difícil, mas pode ser feito", lhe dizem os alunos a Sherry.
Pessoalmente o autor destas linhas teve essa experiência em
mais de um jantar ou encontro, e posso dizer com toda a certeza que meu
interlocutor ainda não havia adquirido a destreza suficiente para que eu não me
sentisse desprezado. Mas enfim, devem ser minhas características de não nativo
digital, mas de migrante digital, que ainda me encarceram nesses sentimentos.
Uma das mais finas, e interessantes observações que faz a
professora do MIT é a da qualidade da "doação pessoal" e de outras
características específicas que se patenteiam nas conversas digitais. Vejamos:
"No silêncio da conexão, as pessoas são consoladas por
estar em contato com um monte de gente - cuidadosamente mantidos à distância.
Nós não podemos ter o suficiente do outro se temos a capacidade de usar a
tecnologia para manter o outro a distâncias que podemos controlar: não muito
perto, não muito longe, apenas na distância correta (...) Em mensagens de
texto, e-mails e postagensapresentamos o que queremos ser. Isto significa que
podemos editar. E se quisermos, podemos excluir. Ou retocar: a voz, a carne, o
rosto, o corpo. Não muito, não pouco".
Esse contato não pleno que ocorre no ciberespaço, é
introduzido de maneira sugestica por Turkle com a expressão o ‘silêncio da
conexão'. Quer dizer, poderemos ‘falar' muito por chat ou comunicar-nos até a
saciedade por e-mail, mas sempre haverão elementos que não se transmitem e
sobre os quais se faz silêncio. Não se transmitem porque os retocamos ou
silenciamos, ou simplesmente porque as próprias limitações do canal o impedem.
Mas além disso, um uso abusivo ou exclusivo deste tipo de comunicação pode
atrofiar as capacidades que temos de dar-nos por completo aos demais na
conversa ou no contato pessoal, e esse risco o correm particularmente os
jovens.
"Um menino de 16 anos, que se baseia em mensagens de
texto para quase tudo, disse, quase melancólico, ‘Algum dia, algum dia, mas
certamente não agora, eu gostaria de aprender a ter uma conversa'", relata
Turkle.
"No trabalho de hoje, os jovens que cresceram temendo
conversar aparecem usando fones de ouvido. Caminhando através de uma biblioteca
da faculdade ou de um campus de alta tecnologia se vê a mesma coisa: estamos
juntos, mas cada um de nós está em sua própria bolha, furiosamente conectado a
teclados e telas sensíveis a toque minúsculos", continua.
"Jovens que crescem temendo conversar". Outra
espressão muito bem encontrada, Encerrados em seus tanques cibernéticos, não
são poucos os que terminam não conhecendo bem seus vizinhos mais próximos, seja
no escritório ou na escola, pois uma mistura de temor e "falta de
tempo" os inibe a abrir sua alma ou a peregrinar em almas alheias. Isso em
moral cristã tem um nome talvez um pouco forte para aplicar a esta realidade
mas que consideramos que não deixa de ser adequado e se chama egoísmo: sou eu,
com meus desejos, com minha música e meus vídeos, com os amigos que eu quero
frequentar, e na medida e intensidade que eu queira, mostrando só o que eu
quero e quando quero.
Entretanto, e foi bem destacado na metafísica cristã
recente, o ser humano é um ser ‘donal', não só um ser ‘em relação', mas uma
criatura que está chamada por natureza a "dar-se". O risco do egoísmo
cibernético é que tem conexos com os deleitáveis e venenosos prazeres do
egoísmo. Mas o egoísmo, qualquer que seja, inclusive se se disfarça de iphones,
ipads, ou smartphones, cedo ou tarde, termina enfastiando, termina tornando
amarga a existência.
E a solução segue sendo hoje como sempre, o dar-se, o
entregar-se, o abrir-se, a imitação dAquele que há 2.000 anos na Palestina
disse que não há quem demonstre mais amor que o que dá a vida por seus amigos.
Por Saúl Castiblanco
Traduzido por:
Emílio Portugal Coutinho
domingo, 13 de maio de 2012
Crónica de Elmira Pereira
Tempo a tempo
Certo
dia, a minha amiga me pediu um tempo, porque lhe disseram que nós não nos
dávamos bem. Ela pensou e disse a mesma coisa, também eu disse para mudar o seu
comportamento perante a sociedade. Ela não conseguia, e é muito difícil. Pois é
como uma droga que experimentamos e gostamos de sair, mas o vício não nos deixa.
Eu entendi a situação dela, mas ela tem que entender a minha que é um pouco
grave. A minha família sabendo dela... Depois de uma semana perguntei-lhe se o
tempo já acabou, porque o tempo é traiçoeiro e a fila anda. E ela não me
respondeu. Mas na tua opinião o que farias provavelmente se souberes que nós
somos amigas, iríamos conversar e chegar a uma conclusão que é ficarmos amigas.
E penso. Nada melhor, ela algum dia vai ver que realmente nossa amizade nunca
foi em vão. Mas eu que não volto a ser sua amiga.
É
que cada família tem de aceitar amizades com fizemos, mesmo com pessoa pobre ou
rica, branca ou preta ou que tem uma má característica na sociedade… se o nosso
amigo, por exemplo, é alcoólico ou drogado a família não deve impedirmos de
estar com aquela pessoa, mas sim de juntar e ajudar aquela pessoa. Porquê que
muitas famílias nos impedem de associarmos com este tipo de pessoas? Acho que
eles podem ter medo de nós cairmos juntos com eles. Mas nem todo o amigo é
assim. No meu caso, em vez de me juntar a eles para fumar ou ingerir bebidas
alcoólicas, vou fazer contrário juntar a outros que querem ajudar aquelas
pessoas. Mas nem todos eles querem ter uma vida saudável, mas alguns podem
querer ser ajudado. É isso, minha gente, é com uma mão na outra que se forma
uma grande corrente.
Cronista:
Elmira Pereira, aluna da Escola Secundária Abílio Duarte
Professor: Ricardino Rocha
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