“Até que os leões tenham
seus próprios historiadores, as histórias de caçada continuarão glorificando o
caçador” – Provérbio africano
(OBS: Este artigo tem um ano
de atraso, mas continua actual)
No ano lectivo de 2011/2012
a UNICV, universidade pública de Cabo Verde decidiu afastar das suas fileiras
docentes que julgava-se a mais no contingente universitário.
Uns falam em vinte, outros
falam em 40 professores, mas o nos interessa é que houve uma “limpeza
docêntica” universitária pela primeira vez em Cabo Verde.
No entanto, é um caso raro
no país para os menos atentos ao que se tem passado nos últimos anos no
universo universitário, senão vejamos:
Uma universidade, à
semelhanças outros (sub)sistemas de educação, do onde a contratação de “profissionais”
muitas vezes não é pelo profissionalismo nem pelo mérito, outras por situação
duvidosa, corre-se sérios riscos de com o andar da carruagem fora dos trilhos.
Temos muitos professores que, de repente voam de estagiários para supervisores
de estágios! Com que experiência leva esse “ex-estagiário” para a supervisão? Coitados
daqueles que se formam para formar cidadãos de futuro.
Ora, como uma universidade
que quer ser “de excelência” com docentes com esse gabarito!? Mas nunca é tarde
para se voltar atrás. Nesse ano em apreciação muitos foram os docentes
universitários que voltaram às suas próprias origens. É no nesse processo
obscuro de ascensão ao céu universitário, muitos subiram de foguetes e caíram
de pára-quedas. Me pergunto: quem foi o indivíduo que deixou todas aquelas “frutas”
serem apresentadas por Pinto da Costa? Nesse pomar, quem andava a colher as
mesmas “frutas”? Como Mourinho falava aos jornalistas italianos essa
”prostituição intelectual” das pessoas leva a que muitos docentes se deixam
levar pela promiscuidade de dar e receber “satisfação brasileira” nos estágios
numa autêntica reprodução em série de candidatos à docência que não farão mais
do que reproduzir os erros teóricos que os seus pseudo-mestres lhes passaram.
Quando uma pessoa não sabe
de onde vem, não sabe para onde vai.
Ricardino Rocha
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