No baú das minhas recordações encontrei este texto(história) recriada pelos meus alunos a quando da tarefa de continuar um texto do manual do 10º ano...
A Misericórdia Inesperada
Autores:
Karine de Jesus Nº23
Laurentina Pires Nº24
Sara Melany Gomes Nº35
Shauna Rogers Nº36
Editor: Ricardino Rocha
Escola Secundária Abílio Duarte
Introdução
No decorrer
da disciplina de Português, nos foi selecionado a capacidade de criatividade,
originalidade, novidade e interesse pelo Professor Ricardino Rocha. Neste
trabalho vamos dar a continuidade a história acerca de um pai e duas filhas.
Esperamos ser compreensivos e acessíveis a vossa
disposição.
A misericórdia
inesperada
Certa
ocasião havia grande fome na terra. Desde dois anos o mês de outubro não dera um
pingo de água para refrescar a planta já amorrinhada do leu-leu escasso de setembro.
Um homem de Fajã de baixo vivia na sua casinha com duas filhas, já raparigas na
vida castigada da pobreza. Vocês sabem que pobre é como cama de chão, todos
passam por cima. Um dia assim que os galos deram a última pousa (tinham
dormido sem cear), saiu com as filhas furar a vida onde Deus fosse servido de
mostrar a sua misericórdia. Andou, andou, passou a Assomada do Mancebo, e ali
por endireitura de Fragatinha encontrou grande estencial de batata conteira num
fundo de quebrada. Encheram os balaios, mas o homem, com a voz cheia de
respeito, recomendou ás filhas:
-Ó
minhas filhas, vocês não deem a ninguém conta desta senhora comida!
E retornaram á casa com uma enorme
satisfação pela misericórdia recebida. Alguns dias depois tornaram a voltar
para a lugar onde se encontra a 'senhora comida' encheram os balaios e voltaram
para casa, mas sem dizer a ninguém o que sucedera com a família.
Mas como havia de ser, começaram a
reparar neles, pois encontrava-se numa época de grande fome todos desconfiavam
da fartura ou ao menos não muito trabalho na parte deles em conseguir comida.
Eles colhiam e para garantir que a
fome jamais lhes bateria à porta começaram a cultivar a batata, e como o solo era
fértil e propicio a pratica de agricultura, começaram a cultivar tudo que fosse
possível.
E era estranho que a visitas da
casa, de um dia para o outro, tivessem aumentado, como se toda a gente soubesse
ou adivinhasse que a fome já não se atacava
ou perfurava aquela família.
–
Onde arranjam a comida? Quem
lhos dá? Para onde vão o encontrar?
E eles respondiam
sempre:
- São restos da colheita passado que guardamos pensando em épocas de
fome pela qual viéssemos a passar e pelo que veem aqui estamos.
Mas nem todos acreditavam naquela
história. Mais tarde a escassez de alimentos começou a piorar ainda mais, ao
ponto de as pessoas desanimarem, e ficarem doentes ou até a morrer.
A fama desta família começou a
alargar por toda a aldeia, ao ponto de serem os proprietários mais conhecidos
da região dando entrada a uma nova realidade das duas filhas.
Romance
Ao longo do tempo a fama tornou-se uma forma
essencial até chegar aos ouvidos de dois grandes proprietários de uma aldeia
vizinha cujo eram:
O
Senhor António e o Sr. João, possuíam as maiores herdades de cultivação da
época e sobretudo eram os verdadeiros donos da grande estencial de batata
conteira.
Essa
família vivia em Fajã de Baixo e os dois grandes proprietários viviam numa
cidade vizinha «Assomada do Mancebo». Em que era surpreendente de beleza e parecia
que a Natureza caprichou em ali demonstrar a capacidade das suas deslumbrantes
fantasias. Com rochas enormes pela ação da humidade resultante de permanente
nuvens que lhe circundam. Possui-a as condições que seriam necessárias a boa
pratica da agricultura e a sobrevivência dos vizinhos.
Mas, os dois proprietários já não se
preocupavam com a existência daquele estencial de batata e, contudo, passou a
ser cultivada pela família.
As duas filhas chamavam-se: Maria e Mariana; (Família
Oliveira)
Os
dois proprietários chamavam-se: António e João. (Família Fernandes)
Passado algum tempo a família Oliveira decidiu
viver na Assomada do Mancebo devido à grande riqueza possuída na mesma
propriedade. Através dessa mudança levou com que conhecessem a família
Fernandes durante a distribuição de donativos que eram feitas por fileira.
Ali encontrava vários senhores de diferentes
regiões para assinarem contratos de negócios a nível alimentar. Os grupos
sociais eram variantes com diversas ambições e cobiça.
A Maria e a Mariana eram já
raparigas com tudo gêmeas de dezoito anos e tinham uma formosura aos olhos da
família Fernandes. A Maria conheceu o António e a Mariana conheceu o João.
E para festejarem as boas vindas
deram uma grande festa a todos os moradores da aldeia com a participação da
família Oliveira e Fernandes. No decorrer da festa houve ´troca de olhares' por
ambos, as gêmeas e os irmãos estavam ligados por um mesmo sentimento e no fim
da festa o pai das duas filhas (Nhô Morgado), considerou tudo e apresentou-as a
família Fernandes mas ele ainda considerava as duas filhas sendo as suas
crianças e contudo ele não possuía uma mulher que pudesse lhe ajudar a
enfrentar os desafios da vida.
Naquele tempo demonstrava-se o amor
através do casamento e para isso tinham que viver juntos construindo a sua
própria família. Pois a mãe dos proprietários era viúva em que o marido morrera
a dez anos atrás e a mãe da família Fernandes não se sentia preparada para
viver sozinha tal como o pai das gêmeas.
Por causa do respeito que as filhas
e os irmãos tinham para os seus pais eles decidiram não casar ate seus pais se
prepararem, tiveram privilegio de comunicarem através de negócios e
aproveitavam os momentos para declararem e aumentando cada vez mais o amor.
A riqueza cobiçada
Alguns tempos depois eles entraram num negocio com um
senhor chamado Bruce Lee. Ele tinha um caráter ambicional tendo a cobiça em
suas mãos. Porem a Família Oliveira e Fernandes não conheciam essa
personalidade.
O contrato consistia em exploração de terra e
que quem conseguisse tornar a propriedade do estencial em terreno fértil
poderia ficar com ele, mas se for caso a contrario perderiam tudo. Aquele
terreno foi cultivado a muito tempo pela família Oliveira. Num certo dia a
provisão alimentar em casa tinha esgotado e tinham de regressar ao estencial.
No caminho do estencial os irmãos viram as gêmeas e decidiram seguiram-nas numa
distancia respeitável. Quando elas chegaram e começaram a colher a batata, os
irmãos lembraram que aquela terra era deles. Todavia a terra não era propicia
para agricultura e com isso ficaram muito felizes, eles aproximaram-se das
gêmeas revelando tudo e agradecendo a força e o esforço da família.
O Imperador Bruce Lee
consentia-se em deixa-los com o terreno e com cobiça em saber que a terra já
foi trabalhada pela família Oliveira tentou formular uma estratégia para
possuir a herdade. Com o plano tudo organizado ele chamou os irmãos para
revelar que as meninas tinham roubado aquele estencial das suas mãos. Quando os
Fernandes ouviram isso, não acreditaram que elas poderiam fazer isso, contudo
não tinha outra opção em acreditar nele.
Para vingar Bruce
arranjou um produto de esterilização para infertilizar a terra. No dia seguinte
a Isabel (mãe dos irmãos) passava por outro lado do estencial em coincidência
viu o Imperador destruindo e infertilizando a terra do estencial. E logo foi
avisar a família Oliveira, Nhô Morgado, quando ouviu isso correu ate o
estencial juntamente com a Dona Isabel para apanhar o Bruce. Felizmente eles
chegaram a tempo conseguindo uma terça parte do estencial. No meio de tudo isso
chegaram os policiais fazendo a justiça e ordem familiar.
Bruce foi preso e
mandado para China com a prisão perpétua.
A batalha vencida
Depois de tudo que aconteceu a mãe e o pai chegaram a
decidir que não precisavam dos seus filhos para cuidar deles o tempo todo. E
que era necessário para as meninas crescerem e possuírem suas vidas próprias ao
lado dos irmãos. Assim eles organizaram o casamento, convidando toda a gente.
No dia da grande festa maravilhosamente receberam uma
grande dádiva do céu, a grande chuva caiu em toda ilha de São Nicolau pela
primeira vez em quatro anos acabando com a fome e a seca na terra, alegrando a
natureza. E tomaram o nome de Família Oliveira- Fernandes.
Tal como isso não era
suficiente, a Isabel e Nhô Morgado viveram junto com a intenção de casar nos
próximos anos.
E
assim eles viveram felizes até a morte.
FIM
Conclusão
Este trabalho foi
interessante e com bom objectivo. Nós aprendemos ter mais respeito pelos autores
porque nesta experiencia vimos que para criar uma história não é uma coisa
fácil.
Lição de moral: A
humildade e a modéstia foram premiadas com um saco de dinheiro e felicidade
(casamento) enquanto que a cobiça arrogante era castigada com um açoite de pau
de tamarindo (prisão perpetua).