quinta-feira, 6 de junho de 2013

Semáforo de estudo

Hoje proponho um passatempo. Quais das atividades enunciadas em seguida podem ser consideradas "estudar"?
    Fazer os trabalhos de casa.
    Ler as páginas do manual dadas na última aula e fazer um resumo da matéria.
    Fazer uma pesquisa sobre um tema na Internet.
    Conversar com um colega sobre a matéria dada na aula.
Na minha opinião, todas estas atividades podem ser estudar, mas também todas elas podem não o ser. Resposta estranha esta? Então fazer os TPC, por exemplo, não é sempre "estudar"?
Respondo:
E quando os estudantes fazem os TPC a correr antes de entrarem para a aula, muitas vezes copiando por um colega? E quando fazem os TPC em casa, mas não estudam primeiro a matéria a que eles dizem respeito e, por isso, não compreendem o que estão a fazer, pretendendo apenas mostrar que cumpriram a tarefa? E quando pedem ajuda a alguém (um colega ou um adulto) e o apoio recebido consiste apenas em lhes ser dita a solução e não em serem auxiliados a aprender a resolver a tarefa pedida? Poderíamos fazer uma análise idêntica para cada uma das outras atividades referidas.
Para ajudar a que estudar seja sempre "estudar", proponho o semáforo do estudo.
Luz vermelha: Parar para pensar, definir objetivos e planear.
Vou estudar Português. Mas... o que preciso de estudar? Palavras da mesma família? O texto narrativo? Recursos estilísticos? Onde encontro essa matéria? No livro? No caderno diário? Na gramática? Num site da Internet? De que material vou precisar? Do livro e do caderno diário? De material de escrita? Da gramática? Do dicionário? E que atividades vou fazer? Leitura da página da gramática para rever o que foi dado na aula? Um esquema com os recursos estilísticos? O TPC? E qual a melhor ordem para realizar essas tarefas?
O semáforo passa a amarelo quando todas estas decisões estiverem tomadas e o material preparado para iniciar o trabalho.
Luz amarela: Avançar devagar e com cuidado, para estudar realmente e aprender.
Nesta fase, são realizadas as tarefas definidas na primeira etapa. No caso de surgirem dúvidas, não devem ser ignoradas. A consulta do manual ou da gramática é uma estratégia de resolução possível, tal como perguntar a um familiar ou a um colega. Em último caso, anota-se a dúvida para perguntar ao professor na aula.
As tarefas estão realizadas. O estudo acabou. Verdade? Mentira!
Luz verde a aproximar-se: Avaliar o trabalho realizado e as aprendizagens efetuadas.
Terminada a realização das tarefas definidas, é necessário verificar se os objetivos traçados foram atingidos. Já sei as características de um texto narrativo? Já consigo definir e identificar os recursos estilísticos? Se as respostas a estas ou a outras perguntas correspondentes aos objetivos do estudo são afirmativas, o semáforo passa a verde e o estudo terminou. Se as respostas são negativas, o semáforo passa novamente a vermelho. É preciso saber que razões levaram a que os recursos estilísticos não tivessem ficado compreendidos. Não estive com atenção, porque queria acabar depressa? O telemóvel estava sempre a tocar e eu parava para ler os sms? Não li as definições que estão na gramática? Não analisei os exemplos? Fiz o TPC sem ter estudado primeiro a matéria? Encontrados, desta forma, os obstáculos que impediram que houvesse aproveitamento no estudo, são definidas novas estratégias para os resolver. Desligar o telemóvel. Ler a página da gramática e analisar os exemplos. Fazer novamente os exercícios e verificar se estão bem. O semáforo passa outra vez a amarelo para estas tarefas serem executadas. No fim, começa uma vez mais a passar a verde. Se nesta nova avaliação se verificar que o estudo resultou, agora sim, o semáforo pode passar a verde. A tarefa está cumprida.
O mais importante no estudo não é que ele ocupe uma grande quantidade de tempo. Esta é variável de estudante para estudante. Fundamental mesmo é que o estudo seja feito regularmente e passe por estas três fases. Estudar é uma atividade que requer implicação pessoal, concentração, reflexão...
Estudar é uma atividade que, embora possa ser feita com ajuda e até mesmo em grupo, não dispensa o envolvimento total do estudante. Estudar é bom, porque quando se aprende fica-se mais apto a ler o mundo e a intervir nele de forma consciente. É pena que, muitas vezes, estudar seja sentido como uma tarefa enfadonha (não apenas pelos jovens, mas também por muitos adultos), o que é bastante estimulado por um ensino excessivamente virado para a avaliação por testes e por exames, desde idades precoces, em que essa enriquecida e mais enriquecedora e participada leitura do mundo é difícil de vislumbrar.
Por: Armanda Zenhas
Fonte: http://www.educare.pt/        

Binômio fantástico: O sapato e o gato



O sapato e o gato
Era uma vez um sapato e um gato. Um dia, o gato foi deitar no sapato do seu dono e dentro do sapato havia duas centopeias. Quando ele pegou no sono, as centopeias atacaram-no e ele pediu ajuda para o seu dono.
O seu dono perguntou-lhe:
- O que aconteceu?
O gato respondeu:
- Eu estava a dormir dentro do seu sapato e duas centopeias me atacaram.
- O quê? – Perguntou-lhe de novo – Você estava a dormir dentro do meu sapato preferido?
O gato respondeu:
- Eu estava sim. Porquê? Você não está preocupado comigo?
O seu dono zangou-se e ralhou com ele:
- Eles não te morderam bem. Nunca mais dorme no meu sapato. Cai fora seu gato abusado! Nunca mais aparece aqui.
O gato encontrou um novo dono e nunca mais dormiu no sapato.

Lilhane Kely Tavares Semedo
Escola Luciano Garcia - Órgãos