quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

1000 visualizações... Parabéns!!!

Olá pessoal que curte o nosso blogue ( http://www.9e10dejunho.blogspot.com/ ) e que ama a língua portuguesa que é a pátria de todos nós.
Hoje 29 de fevereiro temos uma surpresa para vocês:
Batemos um novo recorde. depois de atingirmos um total de 4000 visualizações em janeiro desde do nosso começo em maio de 2009, eis que em finais de fevereiro atingimos um novo marco... só em fevereiro alcançamos a bonita marca de 1000 visualizações em um único mês.
Um muito obrigado a todos os nossos internautas.
Contamos sempre com vocês!!!

O que posso encontrar no texto do novo Acordo Ortográfico?


O texto oficial está organizado em 21 bases, que abarcam os seguintes tópicos:

Base I - Alfabeto e nomes próprios estrangeiros e seus derivados

Base II – Uso do h

Base III - Grafemas consonânticos

Base IV - Sequências consonânticas

Base - Vogais átonas

Base VI - Vogais nasais

Base VII - Ditongos

Base VIII - Acentuação gráfica das palavras oxítonas

Base IX - Acentuação gráfica das palavras paroxítonas

Base X - Acentuação das vogais tónicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas

Base XI - Acentuação gráfica das palavras proparoxítonas

Base XII - Emprego do acento grave

Base XIII - Supressão dos acentos em palavras derivadas

Base XIV - Uso do trema

Base XV – Uso do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares

Base XVI – Uso do hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação

Base XVII – Uso do hífen na ênclise, na tmese e com o verbo haver

Base XVIII - Apóstrofo

Base XIX - Minúsculas e maiúsculas

Base XX - Divisão silábica

Base XXI - Grafia de assinaturas e firmas

Fonte: http://www.educare.pt/

Uma dupla tarefa: ensinar e educar

Fonte: http://www.educare.pt/

Por: Sara R. Oliveira

A vida dos docentes tem sido atribulada nos últimos anos. As manifestações de desagrado com as políticas educativas sucedem-se, mas há quem continue de pedra e cal a transmitir conhecimentos. O Dia Mundial do Professor é assinalado a 5 de outubro com mais um protesto à porta do Ministério.

Os tempos não têm sido fáceis e este ano as mudanças sucederam-se. O Governo caiu, a ministra Isabel Alçada despediu-se do Ministério, o país foi a votos e a tutela foi assumida pelo matemático Nuno Crato. Pouco depois, era anunciado que os cortes na Educação atingiam os 803 milhões de euros em 2011, mais 500 milhões no próximo ano. Poupar é o verbo mais conjugado. O modelo de avaliação deu pano para mangas, as reuniões com os sindicatos do setor preencheram as agendas e, depois de algumas cedências de parte a parte, os professores serão classificados num processo menos burocrático.

Tiveram de aprender a lidar com um novo Estatuto do Aluno, a assimilar novas regras, a perceber como funciona um mega-agrupamento, a esticar as horas a Português e Matemática. Tiveram de perceber como a reorganização escolar se desenha no terreno. Nos últimos anos, os professores tiveram mãos cheias de alterações para digerir. E o desagrado saiu à rua. A 16 de setembro, as capitais de distrito juntaram professores em protesto contra o desemprego, a precariedade e a instabilidade da classe, numa altura em que cerca de 35 mil docentes tinham ficado sem escola.

A colocação de professores para este ano letivo voltou a abanar o sistema e as acusações cruzaram-se. Os professores acusaram o Ministério de trabalhar com uma plataforma que não tinha espaço para horários completos, a tutela argumentava que nada tinha mudado em relação ao ano anterior. Milhares ficaram sem escola e a revolta aumentou. Na semana passada, 18 docentes dormiram à porta do gabinete do ministro da Educação, nas instalações do Palácio das Laranjeiras, em protesto contra a forma de colocação da segunda bolsa. Tudo porque colegas com menos tempo de serviço e menor graduação tinham passado à frente por se terem candidatado a horários temporários.

O Dia Mundial do Professor é assinalado esta quarta-feira, 5 de outubro, feriado nacional, com mais uma manifestação de professores e educadores contratados no desemprego à porta do Ministério. O protesto é contra a instabilidade e o desemprego vivido pela classe e é organizado pelo Sindicato dos Professores da Grande Lisboa e pela Federação Nacional dos Professores (FENPROF).

O que é hoje ser professor? "É ensinar, mas principalmente educar", responde Ana Fraga, professora de Matemática há 11 anos. Não se arrepende da opção de ensinar até porque há desafios constantes. Continua a acordar com vontade de entrar na sala de aula. "Não existimos só para despejar a matéria, somos mais do que isso. Temos de saber ser amigos dos nossos alunos e cativá-los". E, por vezes, ensiná-los a sentarem-se nas cadeiras, a trazerem lápis e cadernos de casa. Muitas vezes é preciso explicar as regras do jogo. "Adoro aquilo que faço, gosto muito de ser professora", garante.

Manuela Mendonça deu aulas durante mais de 10 anos em várias escolas do país, conheceu várias realidades. Hoje coordena o Sindicato dos Professores do Norte e está atenta a tudo o que se passa nesse mundo. O 5 de outubro não lhe passa ao lado. "Os professores dão rosto ao futuro e é importante que a profissão seja valorizada", defende. "Ser professor hoje, como no passado, é exercer uma profissão de grande relevância social, agora num contexto de maior complexidade", sustenta.

A escola é agora uma grande casa com uma maior heterogeneidade de alunos. E, por isso, há respostas que, em seu entender, deviam ser acauteladas. "A escola não dispõe de equipas multidisciplinares que possam, com os professores, desenvolver um trabalho sistemático do ponto de vista do desenvolvimento dos alunos", repara. Não há psicólogos, assistentes sociais, educadores sociais, em muitos estabelecimentos de ensino. E, por vezes, é feito um "trabalho desadequado que não permite uma intervenção de uma forma mais consistente".

João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE), deu aulas durante 21 anos. Sempre que entra numa escola, o fascínio pela docência vem ainda mais ao de cima. Deixou de lecionar em 1994 e os tempos mudaram. "Hoje a profissão docente tem características e exigências diferentes de há 20 ou 30 anos. A sociedade transferiu para os professores responsabilidades acrescidas e problemas novos". Em seu entender, ser professor não é pior ou melhor, "cada tempo tem a sua dificuldade", os contextos é que são diferentes. A profissão é exigente e anda de mãos dadas com muitas áreas que se cruzam com os valores para o exercício de uma cidadania plena.

Quando o telefone tocar


Fonte: www.educare.pt
Por: Armanda Zenhas

O tempo passou. Alfredo continuou a faltar à escola. Começaram a surgir problemas disciplinares. As cartas continuavam sem respostas. Processo disciplinar em curso. Novo telefonema. Desta vez, a voz do pai do Alfredo (ou do próprio Alfredo?) mostrou-se preocupada...

Alfredo faltava às aulas frequentemente. A diretora de turma prevenia o encarregado de educação por carta e pedia-lhe que se deslocasse à escola, mas nunca obtinha resposta. Resolveu telefonar para o telemóvel referido na ficha do aluno - único telefone de contacto com a família, de acordo com o Alfredo. O pai (cuja voz era, estranhamente, igual à do filho) afirmou que lhe era impossível deslocar-se à escola, qualquer que fosse a hora.. Trabalhava muito!

O tempo passou. Alfredo continuou a faltar à escola. Começaram a surgir problemas disciplinares. As cartas continuavam sem respostas. Processo disciplinar em curso. Novo telefonema. Desta vez, a voz do pai do Alfredo (ou do próprio Alfredo?) mostrou-se preocupada. Que sim. Que iria à escola. Então o seu filho estava com um processo disciplinar? Tinha que saber disso, pois claro. Se ele não pudesse ir, poderia ir a esposa? Pois então ficava combinada a hora. Lá estaria sem falta.

À hora marcada, lá ficou a diretora de turma à espera, a sós com as suas suspeitas acerca daquela voz de pai, tão igual à do filho.

Eis que na história entram novas personagens: a associação de pais, que se prontificou a deslocar-se à residência do aluno. Esta é uma associação de pais de uma escola onde o absentismo dos alunos vai crescendo. Onde os problemas disciplinares se vão multiplicando. Onde os contactos com muitos encarregados de educação se vão complicando. Onde os problemas sociais das famílias encontram reflexo. Uma escola onde profissionais como assistentes sociais continuam a não existir. Onde a existência de técnicos com formação e disponibilidade para visitar as famílias e intervir junto delas não passa de uma necessidade e de um sonho. Nesta história, foi a Associação de Pais que, com boa vontade e à custa do tempo pessoal dos seus elementos, não obstante não ser essa uma das suas atribuições, contribuiu para a resolução do problema do Alfredo.

A situação familiar e social que a Associação de Pais foi encontrar não é sequer fácil de imaginar. O facto é que os pais deixaram de estar na ignorância acerca do que se passava na escola (era de facto o Alfredo quem atendia o telemóvel e era ele quem 'recebia' as cartas da escola). Tomaram consciência da necessidade de, na sua luta pela sobrevivência quotidiana, terem de encontrar tempo para estabelecer contactos frequentes com a diretora de turma, a fim de tentarem levar o seu filho a ser mais assíduo e a afastar-se de uma via de delinquência. A escola encontrou formas de estabelecer contacto, graças à intervenção da Associação de Pais. Quando o telefone tocar (para um telefone fixo), será já outra voz, bem diferente da do Alfredo, a atender.

Esta é uma história inacabada, para a qual podem ser imaginados muitos fins. A rematar, algumas pistas de reflexão que ela poderá levantar:
- Qual é o papel dos pais, da escola e da sociedade face à educação dos jovens?
- Que novos profissionais são necessários na escola de hoje e com que funções?
- Que perfil deve ter o diretor de turma e quais são as suas funções?
- Que colaboração pode e deve existir entre as escolas e as Associações de Pais?

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Pais que valorizam a aprendizagem têm filhos com melhores notas

Fonte: www.educare.pt
Por Sara R. Oliveira   

Investigador do Instituto Superior de Psicologia Aplicada quis perceber o impacto dos pais no rendimento dos alunos. Num outro estudo, concluiu que os estudantes com más notas e que nunca chumbaram têm uma autoestima mais baixa do que aqueles que já reprovaram. 
Os filhos de pais mais focados nos resultados têm piores notas do que os que se preocupam com a aprendizagem. Esta é uma das conclusões de um estudo elaborado por Francisco Peixoto, investigador do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), que quis perceber qual o impacto da atitude dos pais no rendimento dos filhos. Inquiriu 498 alunos do 7.º e 9.º anos (maioritariamente deste nível de ensino) de quatro escolas de Lisboa - 257 raparigas e 241 rapazes com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos - e dividiu os encarregados de educação em dois grupos. Os que se preocupam fundamentalmente com os resultados dos filhos e os que valorizam mais o processo de aprendizagem e não tanto as notas. A atitude dos pais tem reflexos ao nível da motivação dos jovens e nos próprios resultados escolares. O facto de os pais pressionarem os filhos para terem boas notas acaba por ter um efeito de certa forma contraproducente, uma vez que os resultados normalmente são piores do que quando os pais estão mais preocupados com o processo de aprendizagem. "Os pais devem ter mais cuidado com a pressão que colocam sobre os filhos. Essa pressão acaba por provocar níveis de ansiedade mais elevados e os resultados acabam por ser o contrário daquilo que os pais querem", refere ao EDUCARE.PT.
O investigador explica que, no entanto, esses efeitos são "relativamente pequenos" até porque há outras variáveis relacionadas com a escola que têm muita influência. Como é o caso da motivação relacionada com as matérias que se ensinam e com os próprios professores, com as metodologias que aplicam dentro da sala de aula. De qualquer forma, o estudo revela que o processo em si, a aprendizagem, acaba por ser mais motivador do que o fim em si mesmo, o resultado. Aprender como um caminho que se constrói e não aprender com os olhos postos numa recompensa. Os resultados do estudo foram apresentados na conferência "A construção do autoconceito e da autoestima na adolescência", que teve lugar no ISPA.
O professor Francisco Peixoto estudou também, numa outra pesquisa, o efeito do insucesso escolar dos jovens nos níveis de autoestima e concluiu que os alunos que tiram más notas durante o ano letivo e nunca chumbaram têm habitualmente uma autoestima mais baixa dos que os estudantes que já tiveram de repetir o ano. As comparações efetuadas demonstram que os alunos que nunca repetiram um ano e os que têm pelo menos uma reprovação têm níveis de autoestima semelhantes. A investigação envolveu 618 alunos do 7.º, 9.º e 11.º anos, de quatro escolas de Lisboa, com idades compreendidas entre os 12 e os 20 anos - 324 raparigas e 294 rapazes.
O autoconceito entra aqui em ação. Ou seja, os alunos que desvalorizam a escola têm tendência para investirem noutras áreas que consideram mais gratificantes, como o desporto, relações sociais e interpessoais. A autoestima é afetada na primeira repetência, depois passa a ser indiferente chumbar ou não porque o autoconceito estabilizou.
A autoestima baixa nos alunos que têm notas baixas durante o ano, mas que não chumbam. "Estão numa situação de algum receio se vão ou não passar", refere Francisco Peixoto. "A ideia de que vão falhar faz com que a autoestima baixe", acrescenta. A ansiedade aumenta com o aproximar do final do ano letivo. "A aproximação de um eventual insucesso provoca uma diminuição na autoestima global, por achar que se calhar vão falhar".
Esses alunos que vivem na incerteza de chumbar ou não, contrariamente aos que efetivamente não passam, dão valor à escola, às notas e aos resultados. E o insucesso escolar, aliado a uma baixa autoestima, poderá ser uma situação preocupante. Os pais devem estar atentos a esses sinais. "Durante a adolescência, a escola ocupa grande importância e o facto de estar mal na escola pode ser compensado por outras áreas da vida".
Ondina Freixo, professora de Biologia, não tem qualquer dúvida de que a pressão dos pais tem reflexos nas notas. "A pressão, mesmo sobre os bons alunos, cria uma ansiedade tal que, mesmo que tenham todas as competências e capacidades desenvolvidas, os leva a falhar", comenta. Na sua opinião, os pais devem exigir trabalho e não pressionar nos resultados. Além disso, sustenta, os alunos devem ter outras ocupações e pontos de interesse para além do estudo.
Menos autoestima nos alunos que andam na corda bamba. Ondina Freixo constata que isso acontece. "Alguns alunos não conseguem entender os resultados e acabam por passar de ano. Sabem perfeitamente que não trabalharam para passar e a autoestima não sobe", refere. E assim avolumam-se problemas e obstáculos que, não sendo resolvidos, adensam-se e dificultam a vida na escola. Os próprios pais, sublinha, que momentaneamente podem ficar contentes por os filhos passarem por uma unha negra, mais tarde percebem que "foi um erro".
Armindo Cancelinha, professor e membro da Associação Nacional de Professores, também considera que os resultados dos estudos demonstram a realidade. "Pode ser demonstrativo da motivação intrínseca dos próprios alunos para a aprendizagem", repara. E quando se dá mais atenção ao processo de aprendizagem as notas sobem. "Quando se valoriza mais a aprendizagem, as notas são melhores do que quando se pressiona em função de uma média ou até de um curso", refere.
Em relação aos níveis da autoestima, Cancelinha considera que há um certo facilitismo no final do ano. "O aluno assume consecutivamente que não atingiu determinadas competências, mas que foi sendo 'empurrado'". E aí a autoestima baixa. Na sua opinião, há que enfrentar a realidade para o próprio bem do aluno. "O processo de retenção tem de ser claramente assumido, assumindo que o aluno não foi capaz de atingir os objetivos que lhe foram propostos".

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

CAPÍTULO A misericórdia inesperada

    Certa ocasião havia grande fome na terra. Desde dois anos o mês de Outubro não dera um pingo de água para refrescar a planta já amorrinhada do leu-leu escasso de Setembro .Um homem de fajã de baixo vivia na sua casinha com duas filhas, já raparigas na vida castigada da pobreza. Vocês sabem que pobre é como cama de chão, todos passam por cima. Um dia assim que os galos deram a última pousa (tinham dormido sem cear), saiu com as filhas furar a vida onde Deus  fosse servido de mostrar a sua misericórdia. Andou, andou, passou a Assomada do Mancebo, e ali por endireitura de Fragatinha encontrou grande estencial de batata conteira  num fundo de quebrada. Encheram os balaios, mas o homem, com a voz cheia de respeito, recomendou ás filhas:

    -Ó minhas filhas, vocês não dêem a ninguém  conta desta senhora comida!

      E retornaram á casa com uma enorme satisfação pela misericórdia recebida. Alguns dias depois tornaram a voltar para a lugar onde se encontra a 'senhora comida' encheram os balaios e voltaram para casa mas sem dizer a ninguém o que sucedera com a família.
    Mas como havia de ser, começaram a reparar neles, pois encontrava-se numa época de grande fome todos desconfiavam da fartura ou ao menos não muito trabalho na parte deles em conseguir comida.
    Eles colhiam e para garantir que a fome jamais lhes  bateriam a porta começaram a cultivar a batata, e como o  solo era  fértil e propicio  a pratica de agricultura, começaram a cultivar tudo que fosse possível.
    E era estranho que a visitas da casa, de um dia para o outro, tivessem aumentado, como se toda a gente soubesse ou adivinhasse que a fome já não atacava-se   ou perfurava aquela família.
–    Onde arranjam a comida? Quem lhos dá?  Para onde vão o encontrar?
E eles respondiam sempre:
- São restos da colheita passado que guardamos pensando em épocas de fome pela qual viéssemos
a passar e pelo que vêem aqui estamos.
    Mas nem todos acreditavam naquela história. Mais tarde a escassez de alimentos começou a piorar ainda mais, ao ponto das pessoas desanimarem, e ficarem doentes ou até a morrer.
   
          A  fama desta família começou a alargar por toda a aldeia, ao ponto de serem os proprietários  mais conhecidos da região dando entrada a uma nova realidade das duas filhas.                                           
    
CAPÍTULO Romance 
     Ao longo do tempo a fama tornou-se uma forma essencial até chegar aos ouvidos de dois grandes proprietários de uma aldeia vizinha cujo eram:
      O Senhor António e o Sr. João, possuíam as maiores herdades de cultivação da época e sobretudo eram os verdadeiros donos da grande estencial de batata conteira.
 
     Essa família vivia em Fajã de Baixo e os dois grandes proprietários viviam  numa cidade vizinha  «Assomada do Mancebo». Em que  era surpreendente de beleza e parecia  que a Natureza caprichou em ali demonstrar a capacidade das suas deslumbrantes fantasias. Com rochas enormes pela ação da humidade resultante de permanente nuvens que lhe circundam. Possui-a as condições que seriam necessárias a boa pratica da agricultura e a sobrevivência dos vizinhos.

    Mas, os dois proprietários já não se preocupavam com a existência daquele estencial de batata e contudo passou a ser cultivada pela família.



     As duas filhas chamavam-se : Maria e Mariana; ( Família Oliveira)
     Os dois proprietários chamavam-se: António e João.( Família Fernandes) 

         Passado algum tempos a família Oliveira decidiu viver na Assomada do Mancebo devido à grande riqueza possuída na mesma propriedade. Através dessa mudança  levou com que conhecessem a família Fernandes durante a distribuição de donativos que eram feitas  por fileira.
        Ali encontrava vários senhores de diferentes regiões para  assinarem contratos de negócios a nível alimentar. Os grupos sociais eram variantes com diversas ambições e cobiça.
    A Maria e a Mariana eram já raparigas com tudo gêmeas de dezoito anos e tinham uma formosura aos olhos da família Fernandes. A Maria conheceu o António e a Mariana conheceu o João.
    E para festejarem as boas vindas deram uma grande festa a todos os moradores da aldeia com a participação da família Oliveira e Fernandes. No decorrer da festa houve ´troca de olhares' por ambos, as gêmeas e os irmãos  estavam ligados por um mesmo sentimento e no fim da festa o pai das duas filhas ( Nhô Morgado),  considerou tudo e apresentou-as a família Fernandes mas ele ainda considerava as duas filhas sendo as suas crianças e contudo ele não possuía uma mulher que pudesse lhe ajudar a enfrentar os desafios da vida.
    Naquele tempo demonstrava-se o amor através do casamento e para isso tinham que viver juntos construindo a sua própria família. Pois a mãe dos proprietários era viúva em que o marido morrera a dez anos atrás e a mãe da família Fernandes não sentia-se preparada para viver sozinha tal como o pai das gêmeas. 
    Por causa do respeito que as filhas e os irmãos tinham para os seus pais eles decidiram não casar ate seus pais se prepararem, tiveram privilegio de comunicarem através de negócios e aproveitavam os momentos para declararem e aumentando cada vez mais o amor.
   

CAPÍTULO A riqueza cobiçada
    Alguns tempos depois eles entraram num negocio com um senhor chamado Bruce Lee. Ele tinha um caráter ambicional  tendo a cobiça em suas mãos. Porem a Família Oliveira e Fernandes não conheciam essa personalidade.
     O contrato consistia em exploração de terra e que quem conseguisse tornar a propriedade do estencial em terreno fértil poderia ficar com ele mas se for caso a contrario perderiam tudo. Aquele terreno foi cultivada a muito tempo pela família Oliveira. Num certo dia a provisão alimentar em casa tinha esgotado e tinham de regressar ao estencial. No caminho do estencial os irmãos viram as gêmeas e decidiram seguiram-nas numa distancia respeitável. Quando elas chegaram e começaram a colher a batata, os irmãos lembraram que aquela terra era deles. Todavia a terra não era propicia para agricultura e com isso ficaram muito felizes, eles aproximaram-se das gêmeas revelando tudo e agradecendo a força e o esforço da família.
    O Imperador Bruce Lee consentia-se em deixa-los com o terreno e com cobiça em saber que a terra já foi trabalhada pela família Oliveira tentou formular uma estratégia para possuir a herdade. Com o plano tudo organizado ele chamou os irmãos para revelar que as meninas tinham roubado aquele estencial das suas mãos. Quando os Fernandes ouviram isso, não acreditaram que elas poderiam fazer isso contudo não tinha outra opção em acreditar nele.
    Para vingar Bruce arranjou um produto de esterilização para infertilizar a terra. No dia seguinte a Isabel (mãe dos irmãos) passava por outro lado do estencial em coincidência viu o Imperador destruindo e infertilizando a terra do estencial. E logo foi avisar a família Oliveira, Nhô Morgado, quando ouviu isso correu ate o estencial juntamente com a Dona Isabel para apanhar o Bruce. Felizmente eles chegaram a tempo conseguindo uma terça parte do estencial. No meio de tudo isso chegaram os policiais fazendo a justiça e ordem familiar.
    Bruce foi preso e mandado para China com a prisão perpétua.
CAPÍTULOA batalha vencida
    Depois de tudo que aconteceu a mãe e o pai chegaram a decidir que não precisavam dos seus filhos para cuidar deles o tempo todo. E que era necessário para as meninas crescerem e possuírem suas vidas próprias ao lado dos irmãos. Assim eles organizaram o casamento, convidando toda a gente.
    No dia da grande festa  maravilhosamente receberam uma grande dádiva do céu, a grande chuva caiu em toda ilha de São Nicolau pela primeira vez em  quatro anos acabando com a fome e a  seca na terra, alegrando a natureza. E tomaram o nome de Família Oliveira- Fernandes.
    Tal como isso não era suficiente, a Isabel e Nhô Morgado viveram junto com a intenção de casar nos próximos ano.

Crónica de Hélder Mendes

                                                           
A minha escola: ESAD

     Em primeiro de tudo vou falar sobre segurança que tem passado aqui nos últimos tempos. Um ano atrás houve grande violência por parte dos grupos de “THUG`s” que agrediram o senhor Saná que trabalha aqui no portão da escola e nem sequer apareceu policial algum.
     Passado algum tempo, um aluno foi morto à “facada” em frente da escola. E eu me pergunto: será que nenhuma medida vai ser tomada? É preciso colocar mais polícias aqui na nossa escola. Às vezes, aparece um ou dois polícias e dentro de 10 minutos não estão mais.
     Na minha escola também há muitas desigualdades. Os que tem mais condições económicas estão afastados daqueles que tem menos, até nas salas de aulas. Por exemplo, na aula de Educação Física encontramos desigualdades entre alunos. Existe grupo dos amigos, dos bons e dos maus. Na minha escola também nem dá para falar sobre higiene. Casas de banho dessa escola cheiram muito mal que nem dá para ficar três minutos lá dentro. Lá encontramos sanitas quebradas, falta de água e sem falar da sujeira que se encontra por toda a parte.
     Na minha escola também há discriminação por toda a parte. Às vezes, professores dão atenção aos melhores e não dão para os considerados piores. Classificam alunos pela aparência. Quando alunos vão para Direcção fazem o que bem entendem.
     Será que isto é coreto? Parecem que esquecem que somos todos irmãos. Deus não julga as pessoas pelas aparências, mas sim pelo coração. 
                       
Cronista: Hélder Mendes
Turma: 10º F
Professor: Ricardino Rocha                 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ensaio de Telma Virgínia

Onde se espera chegar uma sociedade que não se choca com o que vê? Por favor, não me venham dizer que se choca, pois não é verdade. Não existe nenhum movimento que prove o contrário disso. Não vejo as ruas lotadas por uma população que cansou de ver seus amigos, parentes e desconhecidos tratados como lixo, aliás, como lixo não, pois o lixo tem um valor de mercado e ambiental muito alto, tratada como nada, em um forte movimento que mude ou que proporcione mudanças nos seres humanos. Já que na legislação...

Não é admissível que todos os dias a gente tenha que ver e conviver com a barbárie que as ruas se tornaram. Antigamente, se esperava a calada da noite para que os delitos, mesmo os mais tolos, fossem cometidos. Hoje? Não!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! O crime acontece a luz do dia, em via pública.

As crianças se arrumam para ir ver o defunto, aparecer na TV ao lado de um cadáver. As pessoas almoçam engolindo o sangue que a TV mostra. É comum. A vida virou banal.

A legislação brasileira permite que cada cidadão cometa um assassinato sem ir parar na cadeia. Mas isso, só se você tiver moradia fixa, trabalho e bons antecedentes. Ah, e se livrar do flagrante. Esse último, muito importante para quem não tem dinheiro para pagar advogado. Porque se tiver, faz uma fitazinha preso e depois um habeas corpus de devolve para a rua de novo.

É mentira? Todos que estão lendo agora devem conhecer ao menos uma pessoa livre nessas condições. Pense.

A sociedade produz e consome atos ilegais, mas não percebe. Isto é, a não ser que na hora seja ruim para ela. Porque avisar aos outros que existe uma blitz? Porque estacionar em vagas para idosos e deficientes? Porque fazer um gato de energia e água em casa? Porque trancar o trânsito? Porque comprar objetos de origem duvidosa (para não dizer roubado)? Porque sair para brigar? Porque ser preconceituoso? A quem essa sociedade pretende livrar?

É penoso ouvir e ler e ver o sofrimento das pessoas porque seu ente querido foi morto. Não me importa a classe social, a dor e o medo de ser eu ou você a próxima vítima é grande.

É muito triste ouvir um pai dizer que prefere ver o filho morto do que ter medo das coisas que ele fazia. Onde errou a mãe, que com muita tristeza e pesar, bateu no peito e sentenciou ao seu filho, assassino confesso, que “De nada valeu ter te posto no mundo!”. Onde errou o pai que atirou no próprio filho para se proteger das agressões dele? Onde erramos nós que calamos todos os dias?

Se 2012 é a data marcada para o fim do mundo, peno em dizer a avisar a todos: O FIM DO MUNDO CHEGOU.
E sabem de quem é a culpa? É nossa.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Atividades de leitura para a infância e a juventude

Fonte: www.educare.pt 
Por: Armanda Zenhas 

Quando se sabe ler bem e se desenvolveu o hábito, ler é um prazer que sabe bem ter cultivado. O percurso para adquirir esse hábito é igualmente um prazer e pode ser um prazer partilhado. Na leitura podem-se encontrar/reencontrar as gerações.
Quando se fala de leitura infanto-juvenil, penso que será pertinente falar-se de leitura, de leitura para e de leitura com, cada um dos três tipos com atividades específicas.
Chamaria leitura, simplesmente leitura, a todas as atividades de leitura autónoma, seja recreativa, para investigação, para estudo ou para qualquer outro fim. Leitura para e leitura com implicam a intervenção e a colaboração de pelo menos duas pessoas: a criança e um adulto (professor ou familiar). Leitura para, como o nome pressupõe, é uma atividade em que alguém lê para outra(s) pessoa(s). Leitura com, tendo a participação de um mínimo de duas pessoas, implica uma participação ativa de todas. Qualquer destes três tipos de leitura pode ocorrer em diferentes idades, desde o nascimento até à adolescência, tendo em conta apenas as faixas etárias a que nos referimos neste artigo.
Então pode começar-se a ler autonomamente desde que se nasce? Como, se não se conhece o código escrito? Quando um bebé brinca com um livro de pano e se diverte a experimentar as diferentes texturas ou a produzir os vários sons que ele proporciona, está a manipular um livro, a virar as suas páginas, a utilizá-lo para criar sentido e o tornar significativo. Com o passar do tempo, a criança vai conseguir ver as figuras de um livro e criar uma história a partir delas, o que é, à sua maneira, e de forma adequada para o nível etário, ler. Se esse livro já foi lido para ela, por exemplo, pelos pais, ser-lhe-á ainda mais fácil recriar a história que já ouviu e ir-se apercebendo de que aqueles caracteres que ainda não consegue descodificar transportam essa narrativa. Com a entrada na escola e a aprendizagem da leitura, a criança poderá, finalmente, começar a fazer uma leitura no sentido tradicional do termo. Existe uma grande variedade de livros, com texto mais ou menos longo, ou até mesmo apenas com palavras associadas a imagens ou com pequenas frases. Uma seleção cuidada dos livros a oferecer a uma criança poderá ajudar a que ela consiga ler autonomamente, o que, além do prazer associado à leitura, contribuirá para a tornar uma leitora mais motivada e mais competente, sendo cada livro, com texto cada vez um pouquinho mais longo, um novo desafio.
Ler para é uma atividade que pode ser iniciada mesmo antes do nascimento, com a mãe a ler para o filho que sente dentro de si. Quando a criança nasce, desde pequena que aprecia ouvir ler e contar histórias. As histórias tradicionais, as lengalengas, as rimas têm vindo a passar de geração em geração e continuam a encantar os mais miúdos e os mais graúdos (nos quais me incluo). Quando a criança começa a aprender a ler, pode deixar de ser o sujeito passivo da atividade de "ler para" e passar a ser um sujeito ativo, lendo para os seus pais. É essencial escolher bem o texto, para que o grau de dificuldade seja adequado e o desafio não seja excessivo. Ler alto para ouvintes interessados e carinhosos é uma atividade enriquecedora que pode contribuir para o desenvolvimento de competências de leitura, como por exemplo a fluência e a entoação.
Ler com pode acontecer também desde muito cedo e, frequentemente, mistura-se com "ler para". Quando lemos uma história aos mais pequenos, tendemos a solicitar a sua participação, fazendo-lhes perguntas ou pedindo-lhes que reproduzam o som das personagens: "Então apareceu um cão: Como faz o cão?", "Nesse momento, apareceu o lobo mau. O que é que ele disse ao porquinho do meio?". Quando a criança começa a aprender a ler, ou se for mais velha e tiver ainda dificuldades na leitura, estas atividades podem ajudá-la a desenvolver competências de leitura e autoconfiança nas suas capacidades. Se a mãe ou o pai se sentarem com o seu filho em torno de um texto curto, podem desenvolver algumas atividades lúdicas de leitura: cada um lê uma frase da história; o adulto lê primeiro uma frase e a criança repete-a; o adulto lê uma frase com um erro e a criança repete-a corrigindo o erro (Ex.: O adulto lê "O boi cruzou-se com o cão." A criança repete e corrige "O boi cruzou-se com o cavalo."); as duas atividades anteriores, sendo feita a leitura de várias frases ou de um parágrafo; recorte dos parágrafos de uma história e reconstrução da história, lendo cada elemento da família o(s) parágrafo(s) que lhe coube(ram).
Quando se sabe ler bem e se desenvolveu o hábito, ler é um prazer que sabe bem ter cultivado. O percurso para adquirir esse hábito é igualmente um prazer e pode ser um prazer partilhado. Na leitura podem-se encontrar/reencontrar as gerações. Pais e filhos, avós e netos, para todos há espaço no mundo das letras e dos livros.

Crónica de John Samuel Fernandes

Crónica: Benfica-Portimonense, 1-1

O presente do empate do Benfica

Se havia dúvidas quanto à luta pelo título, o onze que Jorge Jesus apresentou na noite no domingo passado já disse quase tudo e o empate diante do último classificado acabou definitivamente com as aspirações dos mais optimistas; eu acho que o  Benfica, com um onze de recurso, ofereceu um presente ao Portimonense que, depois de quatro rondas a pontuar, alcançou a Naval no fundo da classificação. Depois quatro jogos a oferecer um golo de avanço e a virar o jogo na Luz, os encarnados fixaram e permitiram o primeiro empate em mais de um ano.

As notas dos jogadores

O Benfica entrou em campo com praticamente todas as segundas opções, apresentando inclusive três estreias na presente edição da Liga - Moreira, Carole e Luís Filipe - deixando apenas Pablo Aimar como representante da equipa principal. Eu fiquei muito preocupado com esse onze de recurso e o que ia dar esse jogo. Mas, já se sabia que Jesus estava obrigado a mexer na estrutura principal, não só pelos castigos de Maxi Pereira, Luisão e Javi Garcia, mas também pela anunciada intenção do treinador de poupar jogadores para o segundo jogo com o PSG. Mas ninguém esperava que Jesus fosse tão longe, nem o Portimonense, que começou o jogo puxado para trás, com duas linhas muito próximas, junto à área de Ventura.

Este novo Benfica até teve muito espaço para ensaiar os primeiros lances, com meio-campo cedido pelos algarvios. Carole foi o primeiro a mostrar-se, abrindo caminhos com rápidas combinações com César Peixoto, mas rapidamente se percebeu que este Benfica não tinha os jogadores principais na equipa. O Portimonense, desconfiado, deixou-se ficar no seu meio-campo e raramente arriscava passar para o lado contrário.

O Benfica, sem conseguir profundidade, estava longe de estar a jogar bem, mas pior estava o Portimonense que não conseguia construir um lance que pusesse em causa os novos jogadores defensivos da Luz. Num minuto tudo mudou. Primeiro, o cabo-verdiano Lito atirou um pontapé do meio da rua onde deu um susto aos adeptos do Benfica. No lance seguinte, o cruzamento de Candeias onde o Roderick corta a bola com a mão, no limite, mas dentro da área. Grande penalidade que Ricardo Pessoa transformou em golo. Uma vantagem caída do céu que este Benfica não conseguiu desmontar até ao intervalo, apesar de todas as fragilidades que os algarvios derramavam em campo.

A voar para o empate

Ficava a sensação que com um pouco de mais velocidade, o Portimonense caía com fama. E foi isso que Jesus também sentiu, fazendo de entrar, numa assentada, Sálvio e Gaitán e comecei a dizer: agora sim, agora sim!!! Apareceu uma arrancada de Sálvio, no primeiro lance da segunda parte, confirmou as suspeitas. O Benfica ganhava asas com os argentinos e conquistava metros no terreno, levando o jogo até à linha de fundo e multiplicando as oportunidades de golo.
Jesus procurou dar mais força à equipa, trocando Aimar por Nuno Gomes, mas Carlos Azenha também foi preparando a equipa para resistir. Os minutos passavam, o Benfica carregava e arriscava tudo. Ao ponto de deixar Hélder Castro escapar para, com um chapéu que deu no poste e que deixou o Benfica no jogo e que também deu mais um susto aos adeptos do Benfica. Logo a seguir, numa jogada de insistência, Nuno Gomes (quem mais?) conseguiu, finalmente, colocar a bola na baliza e evitar o prejuízo maior.

Ainda faltavam mais de dez minutos, o jogo estava aberto e emotivo. O Benfica acreditava, até porque nos últimos quatro jogos na Luz tinha começado a perder e tinha conseguido dar a volta. Desta vez não conseguiu e, ao fim de mais de um ano, permitiu o primeiro empate.
Bom, é isso! Já está, passou, mas mesmo assim somos Benfica!!!
VIVA BENFICA!!!
 
Cronista: John Samuel Fernandes 10ºG    Nº21

Crónica de Ivandro Pereira Monteiro

Oportunidade
Eu vejo todos os dias pessoas que não tem condições de frequentar a escola.
Pergunto-me: O que essas pessoas querem ser amanhã? Um "ratchador” de lenha ou um lavador de carro?
A resposta certa é que eles tem sempre na ponta da língua “ somos filhos de família pobre e “tcheu”, mas todas essas pessoas tem um sonho lindo, todos querem ser Advogado, Piloto, Médico, mas onde está a oportunidade de um dia virem os seus sonhos a realizar? Parece difícil, mas nada é impossível.
Dizem que a oportunidade não bate em todas as portas de uma só vez, quem sabe se ela um dia bater, o que essas pessoas fariam?
Uma coisa eu sei, temos várias opções: Não abrir a porta, abrir e dizer: Você chegou tarde demais ou és bem-vindo aqui, abri porque estava precisando de ti.

Cronista: Ivandro Pereira Monteiro
Nº 17    Ano :10º    Turma  :G

Mornas eram as noites: Com todo o respeito, um camarada



ESCOLA SECUNDÁRIA ABÍLIO DUARTE
Trabalho individual de língua portuguesa
Aluna: Maria Samira Tavares

Introdução

Este trabalho foi feita com toda a dedicação e empenho, a mando do professor Ricardinho Rocha de análise de um texto “Mornas eram as noites” do conto com todo orespeito, um camarada e que eu vou trabalhar sobre vários tópicos.

Vida e obra da autora

Dina Salústo (Bernardina de Oliveira Salústo) naceu em Santo Antão, Cabo Verde. Professora assistente social e jornalista, trabalhou em Portugal Angola e Cabo Verde. Tem colaboração em prosa e poesia da empresa cabo-verdiana e no estrangeiro. Em 1994 foi lhe atribuido o rimeiro premio de literatura infantil em Cabo Verde e no mesmo ano publicou “morna s eram as noites” uma colectania de 35 contos. Membro de associação dos escritores cabo-verdianos, participou na antologia e poesia cabo-verdiana Mirabilis de veias ao sol e na coletania Cabo Verde: - Insulariadade e Literatura, tanto na versão portufguesa como na francesa. Em 1999 ganhou o 3º prémio de literatura infantil dos PALOP. A estrelinha tlim, tlim, livro infantil, e a louca da cerana seu primeiro romance foram editados em 1998.

Contextualização

O título da obra “morna eram as noites” tem haver com a temeratura porque as noites eram mornas e esse tipo de título não tem nada a ver com o texto que eu trabalhei que é a religião, eu acho que deviam atribuir um outro titulo a obra.

Categorias da narrativa

Narrador:

Quanto a presença
Trata-se de um narrador participante porque narra a história na primeira pessoa com verbos e pronomes pessoais. Exemplo: - 1º paragrafo 1ª linha página 53, aprendi com a minha mãe e a igreja a temer e a adorar a Deus.

Papel na acção

O narrador é homodiegético porque participa na história como perssonagem secundaria.
Quanto a ciencia
O narrador é não omnisciente porque não sabe tudo que passa com a perssonagem.
Quanto a visão:
Focalização externa apenas relata o que vê.
Exemplo: - página 54 1º paragrafo 1ª linha um dia, cansada de um ver crusificado, resolvi tira-lo da cruz onde o pregaram.

Personagens:

Principal: - mãe, Deus e Jesus.
Personagem secundaria:
Narrador.
Figurantes: - o homem meio carrancudo.
Carecterização directa – heterocaracterização quando uma personagem ou narrador carateriza uma outra personagem. Exemplo pagina 53 4º paragrafo 1ª linha:
Com Jesus caso é outro. Com todo o respeito, é um camarada.
Caracterização indirecta – através das acções das personagens, o leitor faz a sua caraterização. Exemplo pagina 54 5º paragrafo, por outro lado, há departementos da sua vida quais não quero nem o enderço.
Caraterização fisica
Exemplo: gosto de o ver de braços abertos, pé juntos, tenso, olhando para mim, para além de mim.
Caraterização psicologica
 Exemplo: - página 54 1º paragrafo 2ª linha, estando ele triste…

Acções

Acção principal
Exemplopagina 54 1º paragrafo 1ª linha, um dia cansada de o ver crucificado, resolvi tira-lo da cruz onde o pregaram.
Acção secundaria
Exemplo pagina 54 6º paragrafo 1ª e 2ª linha, na igreja, o homem que me atendeu, meio carrancudo, informou-me que não vendiam velas que eu fosse comprar na loja ao lado.
Sequencia narrativa: - temos o encadeamento.
Delimitação é uma narrativa aberta porque não sabemos o destino final da história.
Espaço:
Espaço físico
Exemplo: - página 54 6º paragrafo 1ª linha, an igreja.
Espaço social onde existe tam convivencia entre as personagens.
Exemplo pagina 53 4º paragrafo 2ª linha, “há espaços meus onde ele não entra porque, a partida, eu digo-lhe que são coisas minhas e de outras pessoas”.    

 Tempo:

Tempo psicologico, a vivencia das personagens em que elas são condicionadas a ter uma noção da personagem tempo mais rapido ou mais lento.
Exemplo: - “um dia, cansada de o ver crucificado”… pagina 54 1º parágrafo.
Tempo cronológico é quando o narrador quer tomar uma historia verdadeiro recorre as expressões temporais.
Exemplo pagina 54 5º parágrafo, “há dias, prometi-lhe uma vela”.

Analepse é o recuo da historia.

Exemplo pagina 54 1º parágrafo, “acho que eu teria ser muito cruel”.

Monólogo

Exemplo pagina 54 7º parágrafo, “eu queria uma vela diferente”…
“na igreja, o homem que me atendeu, meio carrancudo informou-me”…

Discrição:

Exemplo pagina 54 1º paragrafo, “estando ele triste sangrando”.
Figuras de estilo:
Comparação - exemplo pagina 54 9º paragrafo, “terá que ser uma coisa bonita. Como o soriso de um camarada. Como o soriso da sua ternura”.
Interrogação
Exemplo: “como lhe poderia falar de uma cena alegre e brilhante, estando ele triste e sagrando?”
Anafora
Exemplo: “como o soriso de um camarada. Como o soriso da sua ternura”.
Adjectivação
Exemplo: “como lhe poderia falar de uma cena alegre e brilhante, estando ele triste e sangrando?”
Hiperbole:
Exemplo 2º paragrafo pg 54, “sem o madeiro, numa representação d ferro”.
Nivel de lingua:
Toda a narração do texto é feita numa linguagem corrente.

Resumo do conto

O texto fala do narrador que aprendeu com a sua mãe ir a igreja a temer a Deus. Os seus olhos nunca se levantaram para ele, ficaram sempre caidos com o peso dos seus pecados. Apesar das distancias que tinham de ser cumpridas, na sua impotencia e na homnipotencia de Deus. Mas com o Jesus o caso era outro. Com todo o respeito ele diz que Jesus é um camarada. Eles falam-se e entendem-se. Por outro lado, há departimentos da sua vida dos quais ele não quer nem o endereço. Apesar da proteção que ele lhe da. Um dia, cansado de o ver crucificado, resolveu tira-lo da cruz. Ela gosta de ver braços abertos pés juntos, tenso a olhar para ele. Ele sente-se mais avontade de falar da sua vida com todo o respeito. Há dias que ele, prometeu-lhe uma vela, mas ele queria uma vela diferente. Cumprida e amarela, teria que ser uma coisa bonita, como soriso de um camarada.

Conclusão

Ao longo deste trabalho eu tive a oportunidade de aprender um pouco das categorias da narrativa mas ao realizar este trabalhofoi um pouco dificil mas tive a chance de saber da vida da autora Dina Salúste e também do texto que eu trabalhei que é “com todo o rspeito, um camarada”, achei que é um texto muito interressante, e o professor me deu a oportunidade de testar a minha capacidade e espero que o professor intenda o meu trabalho.


Para realizar este trabalho basiei um pouco nos exercicios que fizemo na sala, consultei gramaticas de portugues, meu caderno de ano passado e tive a ajuda do meu colega de turma Rubem.

Professor de Língua Portuguesa em Cabo Verde

O que é ser professor de português em Cabo Verde?
Aspectos positivos e negativos

     Começo por dizer que, a missão de professor é uma tarefa nobre, bonita, cheia de responsabilidade mas, que, às vezes, traz alguma frustração. Em relação às duas primeiras características consegue-se fazer desabrochar no aluno, sujeito do processo educativo, o interesse por aquilo que se transmite. Quando assim acontece, o trabalho torna-se mais fácil. Pena que na maior parte das vezes não se passa assim.
     No que toca à responsabilidade, é porque se trabalha com pessoas que, de uma forma ou de outra, estão a ser preparadas para o futuro e que se triunfarem é motivo de orgulho, se fracassarem pode ser que o outro interveniente no processo educativo, o professor, tem alguma responsabilidade. Por isso, deve-se cumprir esta tarefa da melhor forma possível, com sentido de responsabilidade, empenho, amor e muita dedicação.
Passando para o que se propôs como tema para este texto a pergunta “O que é ser professor de português em Cabo Verde?”, responderia que é um cargo de muita responsabilidade, tarefa espinhosa, tarefa de muita entrega, que exige preparação constante, é um desafio grande, é ser um investigador permanentemente e, muitas vezes, um verdadeiro artista das palavras escritas e orais.
     Muitas vezes não se consegue alcançar o sucesso desejado, porque as turmas são numerosas e heterogéneas, os alunos não trazem os objectivos mínimos exigidos como perfil de entrada para o ensino secundário, a falta de material didáctico, ausência de hábitos de leitura, não gostar de fazer leitura silenciosa, a interferência do crioulo na língua portuguesa e, por último, o não saber estar na sala de aula. São alguns aspectos negativos que contribuem para o fracasso do trabalho do professor.
Há um aspecto importante que não pode ficar de fora, que é a extensão do programa. Quando numa turma a maior parte dos alunos tem problemas de base fica difícil o professor fazer um trabalho de recuperação dos alunos mais fracos, porque tem que cumprir o programa. O que acontece, na maior parte das vezes, é que o professor passa por cima, deixa as dificuldades dos alunos e vai prosseguindo com a matéria, os alunos fracassam e ele também. Fica a vontade de se fazer diferente e não se conseguir. É a frustração que está referida no início do texto.
     Ser professor de português é bom porque há a possibilidade de enriquecimento cultural e linguístico devido às consultas que se faz para se preparar as aulas.
      Há um outro enriquecimento que tem a ver com o contacto que se estabelece com vários alunos de diversos níveis, o que proporciona experimentar diferentes dificuldades e tentar resolvê-las. O professor sente-se renovado e capacitado sempre que consegue ultrapassar, com sucesso, as barreiras com que se depara.
Espero ter correspondido às suas expectativas.


Professor: Silvino Cardoso

Crónica de Ailine Correia Rocha Afonso


Violência
A violência é uma das maiores preocupações do nosso país. Hoje não podemos andar nas ruas com segurança, porque podemos ser assaltados ou agredidos a qualquer momento por um grupo chamado «thugs» ou até podemos morrer vítima de guerra entre os grupos. Não podemos ir ao lado nenhum com tanta confiança porque podemos ser confundidos com um dos elementos dos grupos ou eles pensam que nós somos informantes e acabamos por ser maltratados pelos elementos do grupo.
Inclusive, há época em que um grupo ataca outro grupo em que vários pessoa ficam feridos ou até mortos. Eles atacam os policiais e começam tiroteio onde pode haver sangue. Eles intimidam os policiais e eles ficam com medo de reagir contra esses grupos para não serem atacados depois quando estão sozinhos e serem mortos por ter feito o seu trabalho. E o grupo ataca as pessoas e toma tudo o que temos e levam. Mas também se nós não temos, eles batem, violam e até nos faz engolir a moeda. Perante tanta violência as autoridades ficam com medo de reagir perante o acontecimento, ele ameaçam autoridades, os familiares dos elementos do grupo, amigos, etc.
Agora eu pergunto: O que podemos fazer para combater essa violência? O que é que as autoridades estão a fazer? Para que é que servem as autoridades? O que levam os jovens a ter essas atitudes? O que é que a família pensa disso? O que é que a família faz perante esse acto?  
A violência no nosso país só esta aumentar. Os jovens abandonam as suas casas, escolas e outras actividades que eles faziam para entrar no vandalismo, outros por curiosidade, por fala dos apoios das famílias, dos amigos, Estado, outros pelas sociedades em que estão inseridos. O Estado tem uma parcela de culpa porque apenas está a dar mais oportunidades para aqueles que tem melhor condições de vida. A maior parte de jovem que estão nessa vida são aqueles que as famílias não tem recursos para ajudá-los e vão a procura de oportunidade e não encontram ficam a pensar que não há oportunidades para eles e que nada está dar certo na vida. Começam a experimentar outra vida, começam a assaltar casas e quando vão dar conta de si mesmo já é tarde porque a família estão afastado cada vez mais. Ficam mal vistos pela sociedade, pelos amigos esqueçam de tudo, formam grupo e dão nome aos grupos e atacam pessoas não querem saber se é amigo ou não. O Estado devem dar mais oportunidades aos jovem, criar mais espaço para os jovens.  
        
Cronista: Ailine Correia Rocha Afonso.
Nº 2
Turma: 10º D                                                            

PROGRAMA DAS LETRAS E DOS NÚMEROS PROJETO JOSÉ APARECIDO DE OLIVEIRA

PROGRAMA DAS LETRAS E DOS NÚMEROS
PROJETO JOSÉ APARECIDO DE OLIVEIRA
CRONOGRAMA PALESTRAS – PRAIA-CABO VERDE
MARÇO 2012   
Local: Praia Cabo Verde 
Dia:                  Docente:                                  Módulo:

    16 de março    Ana Célia Clementino Moura    Aprendizagem Cooperativa em sala de aula: princípios e técnicas
    17 de março    José Américo Bezerra Saraiva    Leitura e produção de textos verbais e não-verbais
    19 de março    Maria Ednilza Oliveira Moreira    “Lidando bem com as palavras”: um relato de experiência
    20 de março    José William Craveiro Torres    O texto literário em sala de aula
    21 de março    Maria Claudete Lima        Papel das Tecnologias de Informação e Comunicação no ensino

Mornas eram as noites: Liberdade adiada

Trabalho individual de língua portuguesa

Ailine Correia Rocha Afonso

Liberdade adiada
Sentia-se cansada. A barriga, as pernas a cabeça, o corpo todo era um enorme peso que lhe caía irremediavelmente em cima.
Esperava que qualquer momento o coração lhe perfurasse o peito, lhe rasgasse a blusa.
- Como seria o coração?
- Teria mesmo aquela forma bonita dos postais coloridos?
- Seriam todos os corações do mesmo formato?
- ...será que as dores deformam os corações?
Pensou em atirar a lata de água ao chão, esparramar-se no liquido, encharcar-se no liquido,  fazer-se lama, confundir-se com aqueles caminhos que durante anos e mais anos lhe comiam e mais anos lhe comiam a sola dos pés, lhe roubavam as forças.
Imaginou os filhos que aguardavam e já deviam estar acordados. Os filhos que ela odiava!
Aos vinte e três anos disseram-lhe que tinha o útero descaído. Bom seria se caísse de vez! Estava farta daquele bocado de si que ano após ano, enchia, inchava, desenchia e lhe atirava para os braços e para os cuidados mais um pedacinho de gente.
Não. Não voltaria para casa.
O barranco olhava-a, boca aberta, num sorriso irresistível, convidando-a para o encontro final.
Conhecia aquele tipo de sorriso e não tinha boas recordações dos tempos que vinham depois. Mas um dia havia de o eternizar. E se fosse agora, no instante que madrugava? A lata e ela, para sempre, juntas no sorriso do barranco.
Gostava da sua lata de carregar água. Tratava-a bem. Ás vezes, em momentos de raiva ou simplesmente indefinidos, areava-a uma, dez, mil vezes, até que ficava a luzir e a cólera, ou a indefinição se perdiam no brilho prateado. Com fundo de madeira que tivera que lhe mandar colocar, quando começou a espirrar água e já não suportava uma torcida de farrapo, ficou mais pesada, mas não eram daí os seus tormentos.
Atirar-se-ía pelo barranco abaixo. Não perdia nada. Alías nunca perdeu nada. Nunca teve nada para perder.
Disseram-lhe  que tinha perdido a virgindade, mas nunca chegou a saber o que aquilo era.
À borda do barranco, com lata de àgua à cabeça e a saia batida pelo vento, pensou nos filhos e levou as mãos no peito.
O que tinha a ver os filhos com o coração?  Os filhos...Como ela os amava, Nossenhor!
Apressou-se a ir ao encontro deles. O mais novito devia estar a chamar por ela.
Correu deixando o barranco e o sonho de liberdade para trás.
Quando a encontrei na praia, ela esperando a pesca, eu atrás de outros desejos, contou-me aquele pedaço da sua vida, em resposta ao meu comentário de como seria bom montar numa onda e partir rumo a outros destinos, a outros desertos, a outros natais.

Biobibliografia de Dina Salústio

Escritora e poetisa cabo-verdiana nascida em 1941, em Santo Antao/ Cabo Verde, com o nome de Bernardina Oliveira, adoptando depois o pseudônimo de Dina Salústio.
Foi professora, assistente social e jornalista, tendo trabalhado em Cabo Verde, assim como em Portugal e em Angola. Foi também produtora de rádio, dirigindo um programa radiofônico dedicado a assuntos educativos.
Em 1994 publicou uma colectania de 35 contos, “Mornas eram as noites”, que lhe valeu o Prémio de Literatura Infantil de Cabo Verde.
Estriou-se no romance, em 1998, “A Louca do Serrano” e este foi considerado o primeiro romance feminino na literatura cabo-verdiano.
Em 1999 ganhou o 3º prémio de literatura infantil de Cabo Verde, dos PALOP.
Trabalhou no Ministério de negócios estrangeiros e desempenha actualmente (2005) o cargo de conselheira do Ministério da Cultura, em Cabo Verde.  

Interpretação do texto
•    Todos os textos tem um tema. Este fala sobre um momento da vida de uma mulher, trabalhadora, dona de casa, mãe e com uma grande fome pela liberdade.
•    Cansada da sua vida dependente das necessidades  da sua família, decide suicidar-se, mas ao lembrar-se de seus filhos, percebe que não são só eles que precisam dela mas também ela precisa deles para ser feliz.
•    Sendo assim, podemos relacionar o titulo com o texto. ”Liberdade adiada”, porque a personagem principal, farta do seu quotidiano, escolhe abandonar tudo para tirar todos os pesos e responsabilidades de seus ombros, mas quando pensa naquilo que realmente e importante para ela, tenta apagar estes pensamentos de responsabilidades, pensamentos de sua cabeça e concentrar naquilo que realmente precisa, escolhendo então a responsabilidade, a liberdade.
•    O narrador do texto é participante e homodiégetico, porque apesar da historia não contar o momento da vida dele, ele reconta esse momento da viva de alguém por suas próprias palavras, e o texto termina com uma observação feita por ele, que serviu de comentário a historia que ele tinha acabado de ouvir, naquele dia, naquela praia.  O narrador também é também omnisciente, porque descreve os pensamentos da personagem principal.
•    As personagens do texto são: a mulher, os seus filhos e o narrador.
•    A personagem principal em “Liberdade adiada” é a mulher que queria se suicidar. O narrador é presente como personagem secundaria e os filhos figurantes.
•    A personagem principal sentia-se cansada, angustiada, confusa, triste. Já tinha mais de 23 anos e, era mãe e chefe de família e um pouco ignorante.
•    O texto ocorre em duas ações. A principal em que fala da mulher a pensar na sua vida e a beira de um barranco. a secundaria na praia, esperando a pesca, na companhia do narrador.
•    O texto ocorre a beira de um barranco, ou seja, precipício(micro-espaco) e na praia(macro-espaco).
•    O tempo do texto e após 23 anos de vida da personagem principal, numa época da pesca, em que o narrador relembra uma historia de um momento já vivido, mas não por ele.
•    A função da linguagem predominante no texto é emotiva.


1.    Os modos de expressão literária presentes no texto:
A narração é feita  na 1ª pessoa( accao principal) e na 3ª pessoa( accao secundaria)
Ex.:
    Narração na 1ª pessoa: “ Quando a encontrei na praia(...) a outros natais.”
    Narração na 3 ª pessoa: “Sentia-se cansada.”
                    O dialogo não esta presente entre as personagens.
           O texto inteiro faz parte de um momento de reflexão por parte das personagens, podendo encontrar alguns comentários.
Ex.: “(...) em resposta ao meu comentário de como seria bom montar uma onda e partir do rumo a outros destinos, a outros desertos, a outros natais.”
O nível de língua do texto é norma, padrão, porque apresenta frases simples vocabulários do dia- a- dia, uma temática não muito complexa.

2.    Figuras de estilo
O texto apresenta varias figuras de estilo.
    Eufemismo- a personagem transmite uma ideia desagradável de uma forma mais suave  (ex.: “A lata e ela, juntas no sorriso do barranco.”)
    Perífrase- dizer por varias palavras o que podia dizer em poucas (ex.:”Estava farta daquele bocado de que ano após ano, enchia, inchava, desenchia e lhe atirava para os braços e para os cuidados mais um bocadinho de gente.”)
    Personificação- dar vida e características humanas a objetos inanimados ou animais (ex.: “O barranco o olhava-a boca aberta, num  sorriso irresistível, convidando-a para o encontro final.”)
   Enumeração- apresenta sucessivamente vários elementos da mesma natureza (ex.: “A barriga, as pernas, a cabeça, o corpo todo era um enorme peso que lhe caia e irremediavelmente em cima”.
           
 Resumo do texto
Sentia-se muito cansada, com a sensação que o coração lhe iria sair pelo peito a qualquer momento.
Varias questões sobre o coração ecoavam na sua cabeça.
Pensou em deitar-se no chão e camuflar-se com o caminho que lhe cansava durante tanto tempo.
Odiava os seus filhos, que já deviam estar acordados à espera da sua chegada. Desde os vinte e três anos que lhe tinham dito que tinha o útero descaído e queria ela que ele caísse mesmo de vez, para impedir de engravidar mais vezes.
Decidira então não voltar para casa.
O precipício a seu lado, atraia-lhe como se chamasse pelo seu nome. Recordações pouco agradáveis vieram a sua memoria. A ideia de saltar daquele precipício invadiu a sua cabeça.
A única companhia que tinha naquele momento era a sua lata de carregar água. Servia para descontar a sua raiva em alguns momentos da sua vida, talvez fosse por isso que começara a deixar cair água e ela tivera que mandar por fundo de madeira, tornando-a mais pesada.
A ideia de se suicidar continuava na sua cabeça. Estava decidida. Só quando veio a imagem de seus filhos a memoria, bateu no peito, e percebeu que afinal os amava, e muito!
Correu então para casa, ao encontro dos de seus filhos.
Sentou-se na praia à espera da pesca, desabafando. Como seria bom abandonar e recomeçar tudo e recomeçar a vida em outros destinos.

Conclusão
Finalizei então o meu trabalho. Posso concluir que ao estudarmos de uma forma mais profunda um texto, fica mais fácil a interpretação do mesmo, ou seja, entender melhor a ideia que o texto nos quer transmitir. Todos os textos tem algo a dizer, uma mensagem a passar. “Liberdade adiada” transmite que devemos amar e valorizar a vida que temos, pois é no momento em que queremos mudar tudo, que percebemos o quanto precisamos daquilo que já temos.
Espero ter alcançado as expectativas do professor em relação ao trabalho, e sinto satisfeita com o resultado final.
“Liberdade não é sentirmos- nos livres no mundo, é sentirmos- nos livres dentro de nós mesmos.”